terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pensando na Educação do futuro....

Pensando na educação do futuro, uma educação para um outro mundo possível. A educação para um outro mundo possível será necessariamente, uma educação para a sustentabilidade. Não se pode mudar o mundo sem mudar as pessoas: mudar o mundo e mudar as pessoas, são processos interligados. No século XXI, numa sociedade que utiliza cada vez mais um papel decisivo na criação de outros mundos possíveis, mais justos, produtivos e sustentáveis para todos e todas. Mudar o mundo é entender o poder como capacidade de fazer, como serviço, afirmando que “nós” é que podemos mudar o mundo, nós, as “pessoas comuns”, temos a capacidade de mudar o mundo. Educar para um outro mundo não formal, um espaço de formação crítica e não apenas de formação de mão-de-obra para o mercado, é inventar novos espaços de formação complementares ao sistema formal de educação e negar a sua forma hierarquizada numa estrutura de mando e subordinação; é educar para articular as diferentes rebeldias que negam hoje as relações sociais capitalistas; é educar para mudar radicalmente nossa maneira de produzir e de reproduzir nossa existência no planeta; portanto, é uma educação para a sustentabilidade. Educar para um outro mundo possível é educar para viver em rede, ser capaz de comunicar e de agir em comum é educar para produzir formas cooperativas de produção e reprodução da existência humana, educar para a autodeterminação. Educar para um outro mundo possível exige dos educadores um compromisso pela desmercantilização da educação e uma postura ético-eco-político-pedagógica de escuta do universo, do qual todas e todos fazemos parte. Educar para um outro mundo possível é educar para ter uma relação sustentável com todos os seres da Terra, sejam eles humanos ou não. Educar para viver no cosmos educação planetária, cosmos e cosmológica, ampliando nossa compreensão da Terra e do universo. Educar para ter uma perspectiva cósmica. Só assim poderemos entender mais amplamente os problemas da desertificação, do desflorestamento, do aquecimento da Terra e dos problemas que atingem humanos e não humanos. Educar para um outro mundo possível supõe um novo paradigma, um paradigma holístico.

Modalidades de Atendimento

Modalidades de Atendimento Educação Infantil Descrição : abrange o período de desenvolvimento que vai desde o nascimento até a idade de 6 anos e 11 meses. As atividades ofertadas na educação infantil priorizam a estimulação das áreas sensório - motora, sócio - emocional, desenvolvimento da linguagem, atividades de vida diária e psicomotor. As atividades são propostas através de objetos sonoros e táteis para exploração e reconhecimento de estímulos auditivos, táteis e sinestésicos. Busca desenvolver os mesmos conteúdos planejados para o pré - escolar, acrescidos da estimulação necessária dos sentidos remanescente. Objetivos e Público alvo: os recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas no ILITC se fazem presentes através de três modalidades de atendimento: 1 - Estimulação Precoce (O a 3 anos e 11 meses): o objetivo principal consiste em proporcionar à criança experiências de caráter neuro-psico-motor e psico-sócio-educativo que permitam prevenir e/ou minimizar seus déficits e auxiliá-la no desenvolvimento de suas potencialidades nos 3 primeiros anos de vida. São atendidas crianças com deficiência visual total e visão subnormal. 2 - Educação Pré - escolar (4 anos a 6 anos e 11 meses): modalidade de atendimento que visa garantir condições de aprendizagem à criança com déficit visual (total ou parcial), através de intervenção pedagógica e medidas extras que atendam as necessidades individuais. Funciona como apoio básico à criança em idade pré - escolar com o objetivo de resgatar sua auto - estima estimulando sua participação ativa no processo de aprendizagem, conduzindo assim à aquisição de segurança para atuar em seu grupo familiar e social. 3 - Estimulação Essencial (atendimento à múltipla deficiência): essa modalidade destina-se ao atendimento às crianças que possuem, além do déficit visual, dupla ou múltipla deficiência, visto que o nível de comprometimento se apresenta mais elevado necessitando de um tempo maior de trabalho (após os 3 anos de idade). As crianças que freqüentam essas modalidades recebem atendimento nos setores de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e atendimento hidroterápico no Centro de Tratamento Hidroterápico. Apoio Escolar Descrição: para alunos da educação fundamental ( 7 a 14 anos), que possuem deficiência visual total ou visão subnormal. As atividades oferecidas priorizam a alfabetização, o domínio da técnica de leitura e escrita em Braille e de cálculo matemático através do Sorobã. Nesta faixa etária o professor é responsável pelo levantamento das dificuldades encontradas pelo aluno nas atividades de vida diária, pelo atendimento itinerante onde seu aluno está inserido, pela estimulação visual (no caso de baixa visão) e pelo encaminhamento do material didático utilizado pelo aluno à Central de Produção de Material Adaptado. Apoio Pedagógico Descrição: destinado aos alunos acima de 14 anos e para aqueles que freqüentam ensino médio e/ou superior, com deficiência visual total ou parcial. As atividades oferecidas buscam iniciar/preparar e/ou aperfeiçoar as técnicas de escrita e leitura em Braille e Sorobã. Para esta faixa etária, no período inicial de ingresso no Instituto, é realizada avaliação no programa de Atividades de Vida Diária visando promover, se necessário, o domínio destas atividades. Fonte: http://www.ilitc.org.br/oferecemos_vt.php

Educação Especial como Direito

Educação Especial Como Direito Vicente Martins A legislação, no Brasil, evolui mais do que as leis em se tratando, especialmente, de educação escolar. Para ilustrar, uma metáfora: as leis andam a passos de tartaruga e, por isso, cedo, caducam; enquanto a legislação, a saltos de canguru, permanentemente, atualizam-se no espaço e no tempo. Os conceitos de educação especial e necessidades educacionais especiais exemplificam bem a assertiva e a metáfora acima. A Carta Magna é a lei maior de uma sociedade política, como o próprio nome nos sugere. Em 1988, a Constituição Federal, de cunho liberal, prescrevia, no seu artigo 208, inciso III, entre as atribuições do Estado, isto é, do Poder Público, o "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino". A garantia constitucional resultava do compromisso liberal do Estado brasileiro de educar a todos, sem qualquer discriminação ou exclusão social, de tal modo que o acesso ao ensino fundamental, para os educandos, em idade escolar, sejam normais ou especiais, passa a ser, a partir de 1988, um direito público subjetivo, isto é, inalienável, sem que as famílias pudessem abrir mão de sua exigência perante o Poder Público. No dispositivo da Constituição de 1988, conforme observamos, há avanço e recuo jurídicos. Avanço quando diz que os portadores de deficiência devem receber atendimento especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. Não obstante, há recuo quando traz ainda, no final dos anos 80, uma terminologia tacanha, excludente, ao fazer referência às pessoas com alguma necessidade especial, no âmbito escolar, como "portadores de deficiência". Em se tratando de análise terminológica, no ordenamento jurídico brasileiro, fazemos hoje um desconto nas expressões jurídicas, relativas às pessoas com necessidades especiais, da Constituição Federal de 1988, porque estávamos, nos anos 80, em pleno final do século XX, cujo conceito de deficiência era herança da Medicina e dos enfoques clínico-patológicos de séculos anteriores. A terminologia "portadores de deficiência" nos remete a um Brasil excludente que tratava seus doentes, deficientes ou não, como "portadores de moléstia infecciosa". Este enfoque clínico, assim, perdurou até a Constituição Federal de 1988. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB, é exemplo também de lei, mas não Lei Maior, e sim, ordinária, isto é, abaixo, hierarquicamente, no ordenamento jurídico do país, da Constituição Federal. Trata-se da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a chamada LDB é uma lei derivada da Constituição Federal, que fará, a partir de 1997, o conserto (correção social) e o concerto (sintonia internacional) da terminologia "portadores de deficiência" para "educandos com necessidades educacionais especiais". No seu artigo 4°, inciso III, a LDB diz que o dever do Estado, com a educação escolar pública, será efetivado mediante a garantia de "atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino". (grifo nosso) De logo, vemos os avanços do dispositivo da Lei 9.394/96: a) O atendimento educacional é gratuito. Portanto, a oferta do atendimento especializado, no âmbito da rede oficial de ensino, não pode ser cobrada; b) Pessoas em idade escolar são considerados "educandos com necessidades especiais", o que pressupõe um enfoque pedagógico, ou mais, precisamente, um enfoque psicopedagógico, em se tratando do atendimento educacional. O corpo e a alma dos educandos são de responsabilidade de todos os que promovem a formação escolar. O artigo 58, da LDB, no entanto, vai misturar um pouco os enfoques clínico e pedagógico ao conceituar a educação especial "como modalidade de educação escolar, oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para educando portadores de necessidades especiais". No § 1°, do artigo 58, da LDB, o legislador diz que "haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial". Aqui, revela a faceta mais médica do atendimento especializado, ao tratar os educandos com necessidades especiais como uma clientela. Clientela, como se sabe, refere-se ao doente, em relação ao médico habitual. Estaria aqui, também, a faceta neoliberal da LDB? Os pareceres e a Resolução manifestos pelo Conselho Nacional de Educacional são exemplos de legislação infraconstitucional. Em geral, para ter força jurídica, são homologados pelo Ministro da Educação e Desporto que os respaldam para aplicação na organização da educação nacional. Mais recentemente, as manifestações do Conselho Nacional de Educação, no esforço de construir um arcabouço de diretrizes nacionais para a educação especial, assinalam, no Parecer CNE/CEB n.o 17/2001, de 03 de julho de 2001 e a Resolução CNE/CEB n.o 02, de 11 de setembro de 2001, que os sistemas de ensino devem matricular todos os educandos com necessidades educacionais especiais. Uma pergunta, agora, advém: quem, no processo escolar, pode ser considerado um "educando com necessidade educacional especial?" A Resolução CNE/CEB n.o 02, de 11 de setembro de 2001, assim se pronuncia sobre o assunto, no seu artigo 5°: 1) Os educandos com dificuldades acentuadas de aprendizagem (inciso I). Esses educandos são aqueles que têm, no seio escolar, dificuldades específicas de aprendizagem, ou "limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares". As crianças com dislexia e dificuldades correlatas (dislalia, disgrafia e disortografia), por exemplo, estão no grupo daqueles educandos com dificuldades "não vinculadas a uma causa orgânica específica", enquanto as crianças desnutridas e com dificuldades de assimilação cognitiva, por seu turno, estão enquadradas entre "aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências". 2) Os educandos com dificuldades de comunicação e sinalização. Estas crianças, no entender dos conselheiros, são as "diferenciadas dos demais alunos", o que demandaria a utilização de linguagens e códigos aplicáveis. As crianças cegas de nascença, por exemplo, se enquadrariam neste grupo. 3) Os educandos com facilidades de aprendizagem. Os conselheiros observam que há alunos, que, por sua acentuada facilidade de assimilação de informações e conhecimentos não podem ser excluídas da rede regular de ensino. Aqui, o valor da Resolução está em avaliar que são especiais aqueles que "dominam rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes" no meio escolar. A inserção de educandos com necessidades educacionais especiais, no meio escolar, é uma forma de tornar a sociedade mais democrática. Da mesma forma, a transformação das instituições de ensino em espaço de inclusão social é tarefa de todos que operam com a alma e o corpo das crianças especiais. Sobre o autor: Vicente Martins é professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral, Estado do Ceará. E-mail: vicente.martins@uol.com.br Matéria publicada em 01./09/2002 - Edição Númer

Caracterização do Alunado com Deficiência Visual

Caracterização do Alunado com Deficiência Visual Deficiência refere-se a qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, podendo resultar numa limitação ou incapacidade no desempenho normal de uma determinada atividade que, dependendo da idade, sexo, fatores sociais e culturais, pode se constituir em uma deficiência. Desta forma, uma doença ou trauma na estrutura e funcionamento do sistema visual pode provocar no indivíduo a incapacidade de "ver' ou de "ver bem", acarretando limitações ou impedimentos quanto à aquisição de conceitos, acesso direto à palavra escrita, à orientação e mobilidade independente, à interação social e ao controle do ambiente, o que poderá trazer atrasos no desenvolvimento normal. A criança deficiente visual é aquela que difere da média a tal ponto que irá necessitar de professores especializados, adaptações curriculares e ou materiais adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível de desenvolvimento proporcional às suas capacidades. Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo homogêneo, com características comuns de aprendizagem, sendo também, um erro considerá-los como um grupo à parte, uma vez que suas necessidades educacionais básicas são, geralmente as mesmas que as das crianças de visão normal. Os portadores de deficiência visual apresentam uma variação de perdas que poderão se manifestar em diferentes graus de acuidade visual que pode ir desde a ausência da percepção de luz até 0,3 (Snellen), conforme detalhado nas definições médica e educacional. No trabalho com crianças cegas ou portadoras de visão subnormal há necessidade de um conhecimento prévio de cada caso, para elaboração de um plano educacional adequado às características e necessidades do educando. Algumas informações importantes devem ser colhidas junto aos pais ou responsáveis pela mesma, as quais serão posteriormente ampliadas ou rejeitadas de acordo com o desenvolvimento das atividades no contato direto com o aluno. Desta forma, além dos efeitos diretos da deficiência sobre o indivíduo segundo Lowenfeld e Ochaitá, algumas variáveis intervenientes afetam o grau da perda visual, dentre elas Scholl (1982) destaca: a idade em que se manifestou o problema visual, forma de manifestação, etiologia, tipo e grau de visão, nos casos em que existe algum resíduo de visão. a) Idade em que Manifestou o Problema Visual: uma criança com cegueira congênita dependerá da audição e do tato para adquirir conhecimentos e formar imagens mentais, enquanto uma criança cuja cegueira ou perda acentuada da visão ocorra depois do nascimento, poderá reter imagens visuais e ser capaz de relacioná-las com as impressões recebidas pelos outros sentidos. No entanto, segundo LOWENFELD (1963), aquelas que perdem a visão antes dos cinco anos, não são capazes de reter imagens visuais. Outro ponto a ser considerado é se a deficiência ocorreu antes ou depois da alfabetização, uma vez que poderá haver maior resistência ou dificuldade para a aceitação da escrita Braille. Tais informações são importantes, tanto para os aspectos educacionais, quanto pelos efeitos emocionais que o aparecimento da deficiência pode causar no indivíduo, conforme o período de desenvolvimento em que se encontra. b) Forma de Manifestação: a criança ou jovem de baixa visão que vai perdendo-a progressivamente, poderá estar melhor preparada para a aceitação da perda total, enquanto aqueles que a perdem subitamente, podem ter reações diferentes, requerendo apoio e compreensão por mais tempo para poderem aceitar sua nova condição; embora em ambos os casos seja comum o aparecimento de problemas ou interferências no ajustamento emocional. No entanto, a experiência tem mostrado que, tanto no trabalho com crianças, jovens ou adultos com perda recente de visão, um fator importante para a obtenção de melhores resultados, é a aceitação da deficiência pelo indivíduo. Enquanto este não se convencer de ser portador de uma incapacidade, às vezes, irreversível e que deverá conviver com ela, qualquer programa, por melhor elaborado e conduzido que seja, estará fadado ao fracasso. c) Etiologia: há certos tipos de afecções que precisam ser cuidadosamente observadas e controladas, o glaucoma congênito, por exemplo, além de doloroso, em certas ocasiões, poderá interferir na conduta da criança; por outro lado, os cuidados especiais recomendados para certos tipos de patologias ou problemas adicionais que a criança possa ter, poderão provocar na mesma comportamentos diferentes. Por outro, certos problemas decorrentes de doenças sexualmente transmissíveis, poderão causar interferências no relacionamento entre os pais e com a própria criança. Outro aspecto que poderá interferir no grau de eficiência visual, é a iluminação, uma vez que existem patologias que requerem pouca luz, enquanto outras necessitam de muita iluminação. Cabe ao professor observar e decidir com o aluno qual o melhor lugar para ele ficar na classe. No que se refere à iluminação, é oportuno lembrar que os casos de catarata, glaucoma, aniridia, ceratocone e albinismo, respondem melhor quando há menor intensidade de luz, enquanto alguns erros de refração, a retinose pigmentar, a atrofia óptica e degeneração macular requerem maior quantidade de luz para estimular as células da fóvea (componente do sistema visual) e melhorar a clareza e agudeza visual. No entanto, poderão ocorrer variações entre dois indivíduos com a mesma etiologia, onde um poderá exigir maior, e outro, menor quantidade de luz (BARRAGA, 1971). d) Tipo e Grau de Visão Residual: o grau de visão subnormal, acrescido do tipo de afecção existente poderá causar interferências no aproveitamento do aluno devido ao esforço que poderá fazer na tentativa de querer enxergar mais do que realmente pode, provocando tensão, tanto física, quanto emocional. A necessidade do uso de materiais impressos em tipos ampliados e em Braille ao mesmo tempo, ou a dificuldade na aceitação de recursos ópticos, por vezes nada estéticos, constituem-se situações difíceis para a criança e, principalmente, para o jovem enfrentar, levando-os, muitas vezes, a frustrações e baixa no rendimento escolar. Alguns estudos mostram que a criança portadora de cegueira total pode apresentar um melhor ajustamento do que a de visão subnormal; o que, talvez, possa ser explicado, pela dicotomia de precisarem viver entre dois mundos e porque os pais e os educadores tendem a esperar mais delas do que das totalmente cegas, sem fazer idéia de quão defeituosa é essa visão, ou em que características particulares reside a sua deficiência (ZIMMERMAN, 1965). Além destes itens pontuados por SCHOLL, podemos acrescentar outro, mencionado nos estudos de NORRIS (1957). e) Oportunidades para Aprender: a criança privada de uma modalidade sensorial tão importante como a visão, terá necessidade de experiências sensoriais compensatórias através das outra vias perceptivas não afetadas. No entanto, para que o aprendizado se efetive, essas experiências devem ser significativas para a criança. Norris e colaboradores realizaram um estudo durante cinco anos, com aproximadamente trezentas crianças pré-escolares, o que os levou a concluírem que tais crianças necessitam de oportunidades para aprender e não, simplesmente, de estimulação. Isto é lógico, se entendermos por estimulação algo dado à criança com um conhecimento prévio de seu sistema de motivação, bem como do que é apropriado ao seu nível de desenvolvimento. Oportunidade para aprender implica "um clima emocional dentro do qual é dada à criança orientação e liberdade em proporções justas e relativas às suas necessidades como uma personalidade em desenvolvimento" (NORRIS et al., 1957). De acordo com estas colocações, pode-se entender o quanto a criança deficiente visual pode ser mal conduzida em seu desenvolvimento e aprendizagem, quando guiada pela insegurança, super-proteção e, mesmo, desconhecimento das pessoas que a cercam. Um dos aspectos que pode ser decorrente da falta de oportunidade para aprender, é o desenvolvimento de atitudes inadequadas, freqüentemente, conhecidas como "ceguismo" ou "anopcismos", encontradas em crianças ou adultos cegos, como por exemplo, o balançar constante do tronco para frente e para trás, movimentar a cabeça para os lados ou em movimentos circulares, sacudir ou esfregar as mãos, pressionar um, ou ambos os olhos com as mãos e outros. Estas atitudes ocorrem pela falta de atividade, levando o indivíduo a descarregar suas energias em si mesmo, ou seja, se auto-estimular.

NOTÍCIAS

Notícias JAWS: software desenvolvido nos Estados Unidos e mundialmente conhecido como o leitor de tela mais completo e avançado. Possui uma ampla gama de recursos e ferramentas com tradução para diversos idiomas, inclusive para o português. No Brasil, não há alternativa de subvenção ou distribuição gratuita do Jaws, que é o mais caro entre os leitores de tela existentes no momento. Outras informações sobre esse software estão disponíveis em: http://www.lerparaver.com http://www.laramara.org.br Existem, ainda, outras ferramentas que possibilitam a produção de livros em formato digital, em áudio e em braille, É o caso, por exemplo, de scanner, de programas de reconhecimento óptico de caracteres para a digitalização de textos e programas que permitem converter o texto digitalizado em arquivo de áudio. Além disso, há programas magnificadores de tela, geralmente, conjugados com síntese de voz, desenvolvidos para quem tem baixa visão. É necessário que essas ferramentas estejam disponíveis no âmbito do sistema escolar, nos serviços e centros de apoio que visam promover a inclusão escolar e social. Os laboratórios de informática, os telecentros e os programas de inclusão digital devem contar com meios informáticos acessíveis para pessoas cegas e com baixa visão, porque o uso de computadores e de outros recursos tecnológicos são tão fundamentais para elas quanto os olhos são para quem enxerga.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Encontro Internacional de Educação 2012 -2013 www.encontro.educarede.org.br

domingo, 24 de junho de 2012

ESTRATÉGIAS p/ promover e avaliar a Aprendizagem......

Estratégias para promover e avaliar a aprendizagem, a interação e a construção de conhecimento O tipo de atividades e trabalhos que podem ser desenvolvidos durante um curso em regime de e-learning são muito variados. A sua escolha deve ser condicionada, em primeiro lugar, pelo tipo de curso, a sua temática, o seu formato e duração, o número de participantes e também o número de horas de trabalho que o(s) formador(es) poderão disponibilizar. Apesar de já termos referido anteriormente diversas atividades síncronas e assíncronas, referimos seguidamente, e a título meramente ilustrativo, alguns tipos de atividades que podem ser realizadas: - Pesquisa - Os formandos podem ser solicitados a pesquisar na Internet, de forma mais ou menos orientada, no sentido de localizar sites e documentos relevantes. As atividades podem restringir-se inicialmente à localização e seleção de informação, mas podem também incluir a avaliação, síntese, análise crítica e comparação entre as diversas fontes de informação identificadas; - Trabalhos escritos - Os trabalhos escritos servem para os formandos construírem, aprofundarem, desenvolverem e demonstrarem os conhecimentos ou competências adquiridas, e podem ser semelhantes aos usados em cursos presenciais. Ensaios, relatórios, análises de textos, redação de textos originais, podem ser alguns dos tipos de trabalhos escritos realizados num curso em regime de e-learning; - Discussão no fórum - A discussão de um determinado assunto ou tópico, a partir de uma mensagem ou questão inicial do formador. No final, o formador deverá sintetizar o conteúdo e as eventuais conclusões da discussão; - Trabalhos práticos - Apesar da dificuldade que em muitas circunstâncias existe para se desenvolverem trabalhos práticos em cursos em regime de e-learning, esta é uma hipótese que não se deve afastar. Se possível e adequado, deverão ser incluídas atividades e trabalhos práticos, cuja realização ou resultados possam ser documentadas por escrito, áudio ou vídeo pelo formando, ou por terceiros; - Testes e questionários - Permitem aos formandos e formadores realizar avaliações de tipo diagnóstico, formativo e somativo. Um dos tipos de atividades assíncronas comumente usados no e-learning são os testes e questionários. Estes podem assumir diversas formas, de acordo com os diferentes objetivos que podem assumir. Os testes e questionários têm sempre uma função de avaliação. Em alguns casos podem servir para os formandos e o formador avaliarem os conhecimentos iniciais (geralmente designada avaliação de diagnóstico). Em outros casos, podem servir também para monitorizar os progressos realizados durante o curso e para que os formadores forneçam retomo, comentário e orientação aos formandos (designada avaliação formativa). Finalmente, os testes e questionários podem ser usados para certificar a aprendizagem, classificar os formandos e preencher os requisitos necessários para que obtenham uma qualificação (avaliação somativa e sumativa).

NETIQUETA

Netiqueta • Evitar enviar mensagens exclusivamente em maiúsculas, grifos exagerados ou em HTML. • Não usar recursos de edição de texto, como cores, tamanho da fonte, tags especiais, etc, em excesso. • Respeitar para ser respeitado e trate os outros como gostaria de ser tratado. • Lembrar-se de que dialogar com alguém através do computador, não faz com que seja imune às regras comuns da sociedade , por exemplo, o respeito com o próximo. • Usar sempre a força das idéias e dos argumentos. Nunca responder com palavrões. • Apesar de compartilhar apenas virtualmente um ambiente, ninguém é obrigado a suportar ofensas e má-educação. • Evitar enviar mensagens curtas em várias linhas. • Ninguém é obrigado a usar a norma culta, mas é preciso usar um mínimo de pontuação. Ler um texto sem pontuação, principalmente quando ele é grande, gera desconforto, e, além disso, as chances dele ser mal interpretado são muitas. • Evite escrever em outra língua quando não solicitado. • Evitar ser arrogante ou inconveniente. • Não interromper o assunto tratado pela outra pessoa. • Evitar ao máximo usar emotions de letras, palavras e coisas do gênero. • Usar a funcionalidade de se auto-determinar um status ou estado como away ou ausente, se possível. • Procurar ser o mais claro possível pra não gerar confusão. • Não sair do mensageiro sem se despedir da pessoa com quem está “falando”. • Em fóruns e listas de discussão, deixar o papel de moderador para o próprio moderador. • Em textos muito longos, deixar uma linha em branco em algumas partes do texto, paragrafando-o. • Dependendo do destinatário de seu texto, evitar o uso de acrônimos e do internetês. • Não copiar textos de sites ou qualquer outra fonte que possua conteúdo protegido por registro e que não permita cópias e sempre, mesmo com autorização de cópia, cite as fontes quando utilizá

DISCUSSÕES ASSÍNCRONAS e DISCUSSÕES SÍNCRONAS

As discussões assíncronas O ensino online distingue-se de um programa tutorial online pela possibilidade de interação entre todos os participantes. Essa interação pode ser estimulada com o recurso a fóruns de discussão, em que os interlocutores comunicam em tempos diferentes. A moderação destes fóruns por parte dos tutores exige alguns cuidados. • Estabeleça um calendário para cada discussão de forma a que os estudantes conheçam o tempo a ela dedicado e possam ter tempo de intervir e de refletir sobre as contribuições dos colegas; • Utilize uma questão norteadora para despoletar e centrar a discussão; • Procure manter a discussão centrada em poucas idéias ao mesmo tempo; • Estabeleça regras para a discussão (ex: mínimo de contribuições, como encadear as contribuições tendo em conta a existência de raízes, resposta, etc); • Procure equilibrar as suas participações, de forma a dar espaço a que os alunos desenvolvam a sua autonomia e a não transformar a discussão numa série de perguntas/respostas; • Elabore comentários abertos, que suscitem o debate; • Evite comentários muito extensos e complexos já que, em geral, este tipo de comentário origina o silêncio; • Convide os estudantes a comparar pontos de vista e a argumentarem as suas posições; • Elabore sínteses, direcionando a discussão se esta parecer não seguir uma linha condutora ou no caso de os estudantes se desviarem das idéias em discussão; • Realce as contribuições positivas e ignore as negativas; • No caso de alguma postura incorreta, reaja de imediato enviando uma mensagem privada ao autor; • Envie mensagens privadas (via correio eletrônico) aos estudantes que pretende estimular para a discussão; • Seja paciente e não se apresse a elaborar comentários sobre o tema em discussão se notar falta de participação dos estudantes. Em vez disso, envie mensagens privadas procurando saber se há problemas técnicos ou outros. As discussões síncronas A discussão síncrona tem lugar através da ferramenta de chat. Entre as várias desvantagens que possui, exige a presença simultânea dos participantes e o conseqüente acerto prévio de uma data e hora de encontro. A sua utilização útil para objetivos de comunicação específicos: • Procure usar o chat com parcimônia; a sua utilidade reside, sobretudo na possibilidade de despoletar brainstorming, de trocar impressões sobre um assunto, de combinar metodologias de trabalho ou simplesmente de promover o convívio; • Limite o número de participantes por chat: se o número é elevado a discussão redunda com facilidade em confusão; • Procure que o chat tenha um moderador, que pode ser o Professor/Tutor ou não. É o moderador quem faz a gestão da "conversa"; • No início do chat dê um tempo para os diversos participantes entrarem e se ambientarem, promovendo uma pequena conversa informal; • Organize regras para facilitar a participação de todos os intervenientes e evitar que um deles monopolize a conversa, como por exemplo: • pedir a palavra para intervir (digitar PP);

Conselhos e Aspectos Essenciais na Utilização de FÓRUNS de Discussão

Conselhos e aspectos essenciais na utilização de fóruns de discussão • Planear cuidadosamente a utilização do fórum de discussão - definir as atividades que deverão decorrer no fórum, estabelecer o respectivo calendário, escolher a sua designação e preparar as mensagens iniciais, que originarão as respectivas linhas de discussão; • Definir e divulgar as regras de funcionamento e utilização do fórum - os formandos devem conhecer as regras e normas de funcionamento, ter oportunidade de experimentar e aprender a sua utilização na fase inicial do curso, conhecer as regras de netiquette que deverão ser usadas, quais as expectativas quanto à sua participação (qual a freqüência aconselhável de acesso, o número mínimo de mensagens que deverão colocar e a forma corno será avaliada participação - se aplicável); • Acompanhar o andamento do fórum com regularidade - aceder ao fórum com freqüência, sobretudo no início do curso, ou dos seus módulos. A freqüência do acesso dependerá também da duração da ação: num curso de poucas semanas, o acesso deverá ser no mínimo diário; num curso que se estenda por vários meses, pode limitar-se a 2 ou 3 vezes por semana. • Manter o funcionamento do fórum - garantindo a sua utilização de acordo com as normas e regras definidas, arquivando as discussões encerradas em outra área do fórum ou da plataforma (se isso for possível no sistema utilizado), movendo ou apagando as mensagens que não digam respeito à linha de discussão onde foram inseri das, etc. • Moderar as discussões e atividades do fórum - mantendo as linhas de discussão dentro dos objetivos definidos e reconduzindo-as ao seu tópico, quando dele se afastem, colocando comentários regulares de síntese e análise (reconhecendo os contributos individuais e relacionando-os de forma a sublinhar) no caso das linhas de discussão se prolongarem por muitos dias e contarem com muitas participações. O formador deve fazer sentir a sua presença, mas deve evitar intervir em demasia, ou cedo demais (por exemplo, quando está a decorrer uma discussão, unia mensagem opinativa do formador na sua fase inicial pode "matá-la", pois será provavelmente entendida por alguns formandos como a palavra "final" sobre o assunto).

Conselhos Essenciais sobre a utilização do CHAT

Conselhos essenciais sobre a utilização do Chat • Planejar e preparar cuidadosamente as sessões – definir os objetivos formato/tipo da sessão, duração, tópico e regras de funcionamento. Escrever previamente os textos e questões que antecipadamente se pretendem colocar no chat, e fazer Copiar/Colar, durante a sessão; • Anunciar/agendar a sessão de chat antecipadamente - as sessões devem ser anunciadas com, pelo menos, 24 a 48 horas de antecedência; • Definir as regras de participação - as regras de participação devem ser claras e divulgadas por todos antes das sessões. Entre elas devem constar também algumas regras básicas de Netiquette; • Limitar a duração das sessões - na generalidade dos casos 60 minutos, ou menos, será adequado. As sessões de chat são cansativas, para os formandos e o formador, e é difícil manter a concentração por muito tempo. A disponibilidade dos formandos para participar até ao final é inversamente proporcional à duração da sessão; • Limitar o número de participantes - No limite máximo 10 a 12 pessoas, mas o ideal será de 6 a 8. É sempre melhor realizar 2 ou 3 sessões semelhantes, dividindo a turma, do que realizar um chat com 15 ou 20 pessoas; • Respeitar os horários definidos - Iniciar e terminar a sessão nos horários previamente anunciados. Solicitar aos formandos que "entrem" no chat 5 min. antes da hora prevista para o início e fazer respeitar a hora de encerramento, mesmo contra a vontade de algum "entusiasta"; • Manter o chat dentro do tópico definido - No caso de sessões para debater um tópico (e não devem existir vários tópicos numa sessão assim), limitar a conversa apenas a esse tópico, contrariando qualquer tendência ou tentativa de introduzir novos assuntos; • Disponibilizar transcrição da sessão - Após a sua realização deve disponibilizar-se uma transcrição da sessão. No caso de várias sessões sobre o mesmo tópico (para limitar o número de participantes), solicitar aos formandos uma leitura comparativa das várias transcrições pode ser uma atividade interessante. Para além das sessões de chat coletivas de que temos vindo a falar, conduzidas ou participadas pelo e-formador, o chat pode ainda ser usado para o contato direto entre o formador e cada formando individualmente, e para o contato, individual ou em grupo, entre formandos.

domingo, 3 de junho de 2012

DICAS PRÁTICAS para exercício da TUTORIA

Dicas Práticas que podem ajudar no Aperfeiçoamento Contínuo da Equipe Docente, Especialmente quem Exerce a Tutoria • Ser amigável, educado, profissional e atencioso nas interações; • Dialogar com uma variedade de alunos e não se concentrar em apenas um grupo ou indivíduo; • Responder consistentemente às perguntas e questões dos discentes dentro do prazo estabelecido, preferencialmente em menos de 24 horas úteis: • Demonstrar animação e entusiasmo com o processo de aprendizagem; • Monitorar os grupos de estudo e encorajar a colaboração; • Elaborar novidades a partir da participação dos estudantes e acrescentar outros estímulos à discussão sempre que possível; • Manter a turma focada nos objetivos de aprendizagem propostos, sem abrir mão da empatia; • Acompanhar indivíduos para que não se ausentem do espaço virtual por mais de uma semana; • Emitir comentários específicos, detalhados e construtivos a respeito de atividades entregues por alunos, que oriente quanto a possíveis melhoras tanto no presente quanto em futuros trabalhos. • Organizar a aprendizagem de forma cooperativa e colaborativa, por meio da interação entre a diversidade de ritmos de aprendizagens. • Promover um espaço dialógico para a construção do conhecimento. • Tornar suas mensagens claras, despertando a curiosidade. • Buscar alternativas para possíveis soluções. • Medir as relações entre os educandos e as tecnologias que mudam constantemente as formas de ensinar e aprender. • Desenvolver estratégias pedagógicas capazes de motivar os alunos para a utilização crítica e dinâmica nas mais variadas tarefas do cotidiano. • Trocar experiências. Expressem seus pontos de vista e construa juntos aprendizagens significativas. • Incentivar a pesquisa e a investigação graças às formas digitais. • Estimular a comunicação com os alunos, criando grupos virtuais, listas de discussão, comunidades virtuais, salas de bate-papo, fóruns de discussão, a fim de motivar trocas de informações. • Agendar chats temáticos ou chats tira-dúvidas no sentido de dinamizar a interatividade. • Mediar interações virtuais dos alunos via e-mail como troca de mensagens, envio de arquivos, agenda de atividades. • Sintetizar as principais idéias discutidas. • Diversificar as atividades e estratégias ajustando-as a graus crescentes de dificuldade para se tornar possível a qualquer participante encontrar forma de intervir e de se adaptar gradualmente ao espaço. • Dar as boas vindas aos participantes quando estes entram numa discussão. • Ser encorajador simpático e dar apoio na condução das discussões. • Projetar a sua personalidade enquanto professor e permitir que os alunos o conheçam como pessoa num grau adequado. • Sugerir aos alunos que se liguem, pelo menos uma vez por semana. • Encorajar os alunos a identificar os colegas quando responderem a contribuições específicas. • Elogiar as contribuições quando for adequado. • Ser informal na comunicação. • Encorajar os alunos mais passivos a participar. • Exprimir os seus sentimentos, mas evitar o despoletar de conflitos. • Ser cuidadoso na utilização do humor pelo menos até atingir um certo grau de familiaridade. • Encorajar os alunos a informar o professor por e-mail de quaisquer tensões ou ansiedades. • Selecionar os recursos materiais e ferramentas apropriadas de acesso. • Estabelecer laços de empatia, de afeto, de colaboração, de incentivo, de manter o equilíbrio entre flexibilidade e organização. • Ser aberto, humano, valorizar a busca, o estímulo, o apoio e ser capaz de estabelecer formas democráticas de pesquisa e comunicação. • Fornecer feedback, orientar e definir as regras das interações. • Promover a participação de todos nas discussões, girando-as e focando-as em linhas construtivas. • Focar a discussão nos conceitos, princípios e competências essenciais. • Criar um ambiente amigável, que promova aprendizagem, através do incentivo às relações humanas, desenvolvendo o trabalho e a coesão do grupo. • Fazer com que a tecnologia seja transparente para o aluno. • Estabelecer ligação, gerar entusiasmo, manter interesse, e ajudar nas dificuldades. • Fazer acontecer, ser um catalisador (quando necessário), identificar quando é necessário agir e fazê-lo. • Compreender as necessidades de cada um dos alunos e do grupo e ter a flexibilidade de ajustar o curso, na medida do possível, a essas necessidades. • Manter o foco no essencial, impedindo os alunos de se afastarem, e resolver os problemas técnicos ou de outra natureza. • Aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com o outro. • Não ter medo de se colocar e compartilhar suas experiências significantes com outros colegas. • Colocar nossas dúvidas e experiências sobre determinado tema. • Discutir o assunto com os colegas. • Acessar o ambiente diariamente e tirar suas dúvidas com o tutor. • Buscar orientação dos tutores. • Trocar experiências significativas, visando a construção crítica do conhecimento. • Construir seu próprio ponto de vista sobre o tema proposto e participe do fórum temático de discussão. • Compreender o computador como um ambiente cognitivo de aprendizagem. • Organizar sem tempo e desenvolver uma metodologia de estudo para aprimorar seu desempenho. • Dar as boas vindas aos participantes quando estes entram numa discussão.

Para LER e COMPREENDER

Para Ler e Compreender A leitura é fundamenta! para o desenvolvimento humano. Para que a leitura decorra tranquilamente, é necessário que a criança já tenha desenvolvido algumas habilidades lingüísticas. Para o processo de compreender, é importante extrair significados, correlacioná-los ao conhecimento de mundo, realizar inferências - habilidades que devem estar presentes também na língua oral. Mas não é só. Pelo menos nos primeiros anos de alfabetização. a compreensão depende da fluência da leitura (evitando um padrão muito segmentado que sobrecarregue a memória operacional), assim como da qualidade da leitura em termos de exatidão (precisão, ler as palavras corretamente, sem adivinhações ou trocas exacerbadas) 1. As crianças hoje em dia não vão mais à escola com o objetivo único de se alfabetizar, pois há muito mais exigências sociais e culturais numa sociedade moderna e letrada. Nesta perspectiva, leitura é uma atividade plural e tem, no mínimo, três frentes a serem consideradas: 1 - A frente instrumental da atividade de leitura: um leitor confrontado com um texto vai criar uma série de operações, de processos cognitivos, que são estratégias para identificar palavras escritas. 2 - A frente da compreensão da atividade de leitura: as operações, os métodos que o leitor lança mão diante de um texto, têm uma finalidade, um objetivo imediato - entender o texto. 3 - A frente cultural da atividade de leitura: o leitor deve ter um projeto que ultrapasse seu objetivo imediato de compreensão, um projeto como leitor, que inclui o conhecimento explícito das várias funções da escrita, bem como das diversas práticas culturais de leitura. Fonte: http://portalcienciaevida.uol.com.br

Por que INTERDISCIPLINARIDADE ?

Por que Interdisciplinaridade? A Interdisciplinaridade Os Projetos: sugestões de atividades interdisciplinares Em primeiro lugar, temos de ter em mente que a interdisciplinaridade é uma atitude a ser assumida. A seguir, ilustraremos como poderia ser desenvolvido um projeto interdisciplinar na escola, levando em conta as disciplinas incluídas. O tema será cidadania. Cidadania é um assunto bastante rico e uma necessidade dos nossos dias. Em um projeto pedagógico interdisciplinar, ela poderá ser enfocada por todas as disciplinas sob vários pontos de vista, o importante é que os alunos aprendam a olhar o mesmo objeto de estudo sob perspectivas diferentes. A Cidadania sob diversos olhares Vamos transitar pelas disciplinas (matérias), escolhendo o tema Cidadania, enxergando-a de pontos de vista diferentes, que algumas vezes se encontram e se complementam; em outros momentos se ampliam, se questionam, se negam ou se confirmam, mas na maioria das vezes se iluminam. A Cidadania do ponto de vista das Áreas do Conhecimento Quando enfocamos a Cidadania sob a ótica das Ciências Humanas, por exemplo, devemos estudar o conceito e escolher de que forma desejamos abordá-la. Se a Cidadania tem a ver com os direitos e deveres dos cidadãos de um país e está diretamente ligada à Constituição Federal, lei máxima de uma nação, pode­ mos começar pesquisando sobre o porquê da necessidade da Constituição. O que vem a ser Constituição? Qual foi a data da última Constituição outorgada em nosso país? Podemos investigar também a Declaração Universal dos Direitos Humanos, correlacionar Cidadania e direitos humanos. Estudar os direitos do cidadão, como igualdade, direito do consumidor, direito à moradia, direito à educação etc. Avançar nos estudos dos princípios para uma prática democrática de participação efetiva e pesquisar os modos de participação comunitária são conceitos diretamente proporcionais. Do ponto de vista da História, podemos nos perguntar: qual foi a primeira constituição elaborada na história da humanidade? Outra pergunta que poderemos fazer: qual foi a data e as circunstâncias da elaboração da primeira constituição do país, no caso o Brasil? Passando pela Geografia, abordando-a sob a ótica da Geografia Humana, isto é, o homem é um ser histórico, capaz de atuar no seu meio para transformá-lo, podendo melhorá-lo. Pode transformar seu bairro, criando órgãos para defesa de seus direitos; pode melhorar a escola, criando espaços físicos e de participação social e cultural. Este trabalho inicial traçado poderá partir da parte diversificada do currículo: filosofia, sociologia, antropologia, política e psicologia. Esta área de Fundamentos nos auxilia a construir o conceito Cidadania e, no trabalho com as outras áreas do conhecimento, exploramos, a praticabilidade dos conteúdos, conceitos e tecnologias que possam nos ajudar a transformar o meio por meio de projetos idealizados que venham ao encontro das necessidades da comunidade escolar e local. Podemos transformar o meio do ponto de vista ecológico, a partir de uma consciência cidadã, mantendo nosso espaço limpo, arborizado, estudando conceitos que nos oferece, passando pelo Tema Transversal Meio Ambiente. Podemos também lançar mão da Matemática, quando houver necessidade de transformar o espaço físico, por meio de mutirões para construção ou reforma dos espaços, fazendo cálculos, construindo maquetes etc. Na construção de cenários para peças teatrais, a Matemática pode ser trabalhada em conjunto com as disciplinas Língua Portuguesa e Arte, a fim de levar a mensagem aos espectadores. Os projetos nos levam a ações práticas, em que podemos exercitar a interdisciplinaridade e assim perceber o significado do que aprendemos, aplicando os conceitos. A cidadania poderá ser colocada em prática a partir da participação efetiva da comunidade escolar em algo que ela considere importante em sua escola ou na sua própria comunidade. A idéia levantada deverá ser realizada de maneira democrática; aqui aprofundaremos o conceito de democracia e entraremos pelo tema transversal Ética. A experiência mostra que, quando trabalhamos por meio de projetos, colocando em prática os conceitos e conteúdos aprendidos, a partir da convivência entre os indivíduos, o indivíduo e o grupo, os grupos entre si, e os grupos no coletivo, potencialidades, limitações e conflitos aparecem, auxiliando-nos no crescimento como indivíduos e como um todo. O exercício da democracia e da ética no dia-a-dia para a construção da cidadania é de grande importância para o indivíduo, como sujeito participativo de um coletivo e para o sujeito como indivíduo que constrói sua identidade a partir da convivência com os outros. Este é o lado mais humanizado do ensino, que tentamos resgatar. Necessidades como aprender a fazer, aprender a conhecer, aprender a conviver e aprender a ser são exercitadas diariamente. Quando os alunos começam a trabalhar por meio de projetos, percebem a importância prática de enviar a mensagem de forma clara ao público-alvo, seja a própria comunidade escolar ou local, por meio da elaboração de cartazes, de faixas, de murais, de textos informativos, de pequenos jornais escolares e decoração, que chamem a atenção para o que se deseja atingir; aqui promovemos o encontro da Língua Portuguesa, Arte e Informática. As disciplinas Língua Portuguesa, Arte e Educação Física poderão trabalhar de forma integrada, complementando-se, por meio de atividades como performances, teatro, números musicais, jograis etc., levando a mensagem da reflexão desenvolvida durante o processo do trabalho interdisciplinar. É por este trabalho que acontece o desenvolvimento integrado das habilidades e competências.

Apresentando os TEMAS TRANSVERSAIS

Apresentando os Temas Transversais Além desses temas, trabalhar com os temas locais selecionados pelas comunidades escolares, que devem levar em conta a realidade local, ou seja, a comunidade onde a escola está inserida. Por esse motivo, o aluno, além de estudar as disciplinas e conteúdos, passará, juntamente com seu educador e colegas, a desenvolver trabalhos conjuntos considerando os Temas Transversais que entendo como proposta interdisciplinar. Dizem os Parâmetros Curriculares Nacionais que "a proposta da interdisciplinaridade é estabelecer ligações de complementaridade, interconexões e passagens entre os conhecimentos". O aluno deverá desenvolver a capacidade de relacionar teoria e prática, no ensino de cada disciplina, ser capaz de fazer conexões entre todas as disciplinas que compõem seu currículo para a construção do conhecimento, que deverá supor a compreensão dos significados; e este processo deverá ter sentido para o aluno, um ensino contextualizado. A intenção aqui é a de que o aluno possa fazer uso do que aprendeu para sua vida e, especialmente, que desenvolva uma visão crítica da realidade, e mais, que possa participar desta realidade efetivamente. De acordo com a Nova LDB, na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista. Esse é o desafio para as escolas, professores e alunos, e o eixo integrador pode ser um objeto de conhecimento, um projeto de investigação ou um plano de intervenção, que deve partir da necessidade da comunidade escolar ou local. Isso é contextualização. Como vimos, os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem uma educação comprometida com a cidadania, em que as questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e reflexão do aluno. O trabalho com os Temas Transversais requer acima de tudo uma reflexão ética. Por quê? Dizem os PCNs: "Porque ética, além de ser um dos temas mais trabalhados do pensamento filosófico contemporâneo, é também um tema presente no cotidiano de cada um de nós. Ela reflete sobre as condutas humanas e discute a liberdade de escolha. Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético da convivência humana nas relações com várias dimensões da vida social: o ambiente (meio ambiente), a cultura (pluralidade cultural), a sexualidade (orientação sexual) e a saúde" (PCNs, v. 8, p. 29). Por que Ética? A Ética, segundo os PCNs, resume: "a reflexão sobre as diversas faces das condutas humanas deve fazer parte dos objetivos maiores da escola comprometida com a formação para a cidadania". (PCNs, v. 8, p. 32). A Ética, além de ser abordada nas disciplinas e nos demais Temas Transversais (pois estes também tratam de valores e normas), é o eixo norteador e discute a liberdade de escolha, de conduta, que implica a escolha de valores e normas, isto é, o posicionamento que tomamos na vida. E a pergunta que nos fazemos é: como vamos posicionar-nos e agir perante os outros? Com relação à Ética, à escola caberá realizar um trabalho que desenvolva a autonomia moral, no qual o respeito mútuo, o diálogo, a solidariedade e as noções de justiça estão incluídos e são também fundamentos da nossa Constituição, portanto, referências aos alunos. Por que Meio Ambiente? O conceito Meio Ambiente vem sendo construído e é utilizado para indicar o espaço em que um ser vive e se desenvolve (no caso do ser humano, ao espaço físico e biológico soma-se o "espaço sociocultural"). E lembre-se de que a educação ambiental está diretamente ligada ao exercício da cidadania e devemos nos perguntar: de que forma podemos intervir para melhorar o nosso meio? Por que Saúde? No tema transversal Saúde, o aluno deverá aprender a expressar suas necessidades de atenção à sua saúde e responsabilizar-se por ela. A Saúde deve ser discutida levando-se em conta que ela é produzida nas relações com o meio físico, social e cultural. O exercício da cidadania aqui compreende a motivação e a capacitação para o autocuidado, assim como a compreensão da saúde como direito e responsabilidade pessoal e social. Por que Orientação Sexual? Outro tema transversal é Orientação Sexual, devido à importância de estar bem informado sobre este assunto em nossos dias, bem como sobre a questão das doenças sexualmente transmissíveis (OST), principalmente a AIOS, que é considerada uma questão de saúde pública, pelo número alarmante de casos. Daí a necessidade de cuidados. No volume que trata de sexo, falamos de sentimentos, responsabilidade, de prevenção etc. Por que Pluralidade Cultural? Na construção do tema Pluralidade Cultural, o aluno vai notar noções importantes: conviver com os diferentes grupos respeitando os direitos e as liberdades dos outros, principalmente no Brasil, que é um país multifacetado; combater a discriminação, a exclusão e a violência, assegurando a solidariedade e a tolerância para podermos viver em sociedade. Por que Trabalho e Consumo? Existe ainda o Tema Transversal proposto com o título Trabalho e Consumo, que discute as formas de produção e comercialização da cultura. O trabalho e as leis trabalhistas, assim como o consumo e as leis de consumo, são tratados por este Tema Transversal
Esquema Conceitual 1 - O Ser Humano, tende à Igualdade no Princípio, e à Diferença na Realização. Isto é, ao nascermos, somos muito mais iguais do que ao sermos adultos. Todos os bebês têm necessidades bem simples e muito parecidas. Mas adultos, embora também compartilhem necessidades básicas equivalentes, tem outras necessidades existenciais que tendem a maior diferença. Sensibilidades, idéias, percepções e opiniões divergentes, bem como em muitos casos necessidades físicas mais complexas em virtude do modo distinto e pouco previsível com que o hábito, o desenvolvimento biológico e a interferência do meio influenciam cada um. 2 - Lamentavelmente, A maior parte dos sistemas sociais historicamente registrados tendem a desigualar os indivíduos no Princípio, e igualá-los na Realização. Crianças distintas nascem no mundo tendo suas necessidades atendidas de formas radicalmente diferentes. Umas sequer têm o básico, outras tem luxos demais, e suas oportunidades são fatalmente desiguais. Curiosamente, os adultos tendem a ser os mais igualados possível dentro das possibilidades do contexto. Estão submetidos às mesmas leis, com os mesmos direitos e deveres, espera-se deles os mesmos consensos, e quase toda a batalha cultural humana é uma tentativa quase desesperada de fazer o máximo possível de pessoas pensarem da mesma forma. 3 - Um sistema ideal deveria tratar os humanos com o máximo de igualdade possível na infância, para permitir o máximo de diferença possível na realização. E como a infância vem primeiro, é óbvio que deve receber alguma prioridade. A dicotomia Liberalismo X Progressismo, ou Direita X Esquerda, ou Conservadora X Reformadora, contempla parte deste esquema, mas não todo, e acaba caindo em erro. A "Esquerda" tem preocupação maior com a necessidade básica dos seres humanos, mas tem falhado na questão de suas necessidades mais sofisticadas, em sua realização. A "Direita" dá ênfase na liberdade individual desta realização, mas tem negligenciado a igualdade fundamental. Isso explica porque, nos casos de regimes que tendem mais à esquerda, ocorrem melhores condições de igualdade básica, no sistema de saúde e educação, e ao mesmo tempo piores condições de exercício da diferença, por meio da liberdade de associação política, comunicação e livre expressão de idéias, ou mesmo na capacidade de deslocamento. Também explica porque nos regimes que tendem mais à direita, ao mesmo tempo que existe essa possibilidade liberal de pensamento, ação e movimento, há menor igualdade de oportunidade, visto que crianças e jovens não estão, por herança, em condições equivalentes de realização, o que, afinal, termina por limitar a própria idéia de liberdade. Há que se considerar um mérito para a esquerda, doravante chamada somente de Progressismo, pelo simples fato de dar mais ênfase ao essencial, as condições fundamentais da existência. Mas também um demérito por terminar prejudicando a finalidade maior do ser humano, que é a realização de seu virtualmente infinito potencial. Mas voltando à simples dicotomia, espero que meu esquema conceitual esclareça um pouco a questão. Somos ao mesmo tempo iguais e diferentes, essencialmente iguais, mas potencialmente diferentes. Da igualdade essencial creio ser necessário falar pouco. Por mais díspares que sejam os comportamentos, pensamentos e hábitos de duas pessoas, nada muda o fato de que ambas precisam respirar e se alimentar, que pensam por processos cognitivos equivalentes e que em última instância canalizam para um mesmo objetivo final o resultado de seus esforços, isto é, a necessidade de uma realização pessoal com vista a uma noção, ainda que oculta, de Bem. Marcus Valério XR www.xr.pro.br/EnsaioslIgualdade-Liberdade.html

domingo, 29 de abril de 2012

Comunidades Virtuais de Aprendizagem

Comunidades virtuais de aprendizagem: revisão da literatura A expressão "comunidade virtual de aprendizagem" tem sido muito usada para designar grupos no ciberespaço que, por meio de interação online, desenvolvem aprendizagens. Mas trata-se de uma expressão ainda em discussão entre pesquisadores que atuam na inter-relação Educação e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Na Educação, diz Silva (2005), o conceito de comunidades virtuais de aprendizagem nos remete aos movimentos da Educação (Escola) Nova. Embora com idéias diferenciadas conforme as visões pedagógicas dos seus criadores (Montessori, Decroly, Freinet, etc.), esses movimentos "adotaram em comum os princípios da aprendizagem construtivista e da utilização de metodologias ativas, centradas na realização de projetos, na resolução de problemas e na aprendizagem cooperativa" (2005, p. 46). No entanto, os meios até então utilizados raramente permitiam a realização destes princípios - já os recursos atuais de comunicação virtual contribuem para a renovação pedagógica, acredita Silva. A partir da compreensão de que as comunidades virtuais de aprendizagem estariam centradas no aluno, o processo de ensino-aprendizagem se daria da seguinte forma: • pela interação direta com os conteúdos ( ... ) • pela participação ativa na pesquisa e exploração de informação; • pelo estabelecimento de uma relação direta com os criadores do conhecimento, sem esquecer que cada comunidade representa, ela própria, um potencial informativo pelo conhecimento que disponibiliza aos utilizadores da rede, pela importância da conversação desenvolvida em torno do jogo da comunicação e da negociação do seu sentido; • pelo confronto e repartição da diversidade de interpretações( ... ); • pelo apoio tutorial facultado ao aluno no desempenho de uma tarefa cognitiva complexa, papel que passa a constituir o principal desempenho do professor, a par da maior envolvência nos aspectos de natureza formativa (pessoal-afetivo-social. (SILVA, 2005, p. 47). Sob outra perspectiva, Rodríguez lllera (2007) destaca o caráter social da aprendizagem nas comunidades virtuais, pensando a aprendizagem "sempre como resultado de uma situação comunal ou societal, mais do que como matéria meramente individual ou pessoal': O autor explica que essa linha provém de Vygotsky e seus seguidores, assim como de outras tradições como o pragmatismo norte-americano de Dewey e, mais recentemente, da perspectiva antropológica, psicológica e pedagógica que "criticaram a visão meramente cognitiva/cognitivista da aprendizagem a partir de uma perspectiva que coloca em primeiro lugar o caráter altamente contextualizado de qualquer aprendizagem" (2007, p. 117). Como resultado de todas elas, teríamos uma concepção que "enfatiza o caráter social e comunitário da aprendizagem e a importância dos diferentes contextos de socialização, ou de prática, como geradores dessa mesma aprendizagem" (2007, p.117). Neste contexto, Rodríguez lllera recupera a distinção feita por Riel e Polin entre as comunidades de aprendizagem orientadas para tarefas, para práticas e para a construção do conhecimento. A primeira, como a própria classificação já indica, tem como finalidade a realização de uma tarefa e a elaboração de um produto - um tipo específico de trabalho/aprendizagem colaborativo em que a relevância recai sobre o contexto organizacional. Nas comunidades de prática, os integrantes se interessam por partilhar uma prática comum. A aprendizagem na partilha pode apresentar características assinaladas por Wenger (apud RODRIGUEZ lllera) que, ao estudar as inter-relações nas comunidades de prática, mostrou "uma nova visão da aprendizagem, a identidade que resulta de pertencer à comunidade e o significado que se atribui às práticas comuns" (2007, p. 118). Ainda segundo Rodríguez lllera, também baseado em Dewey e IIleris, as comunidades de prática pressupõem uma mudança nas concepções de aprendizagem, relacionando-a ao "conjunto da vida pessoal e social" e não em um "fim em si mesma" - como ocorre em abordagens meramente pedagógicas ou psicológicas -, mas como um "componente a mais do conjunto da experiência" (2007, p.119). Ressaltamos que tal reflexão é feita sobre comunidades não-virtuais, mas que contribui para pensá-Ias no ciberespaço. Voltando à Riel e Polin, as comunidades de aprendizagem baseadas na construção de conhecimento, embora semelhantes às anteriores, visam produzir conhecimento a partir de discussão sobre a prática. Rodríguez lIIera explica que essa distinção entre as comunidades de aprendizagem é elaborada focando-se as tarefas ou os objetivos de aprendizagem do grupo, o sentimento de pertencimento a ele, as estruturas de participação e os mecanismos de crescimento e reprodução - critérios, portanto, funcionais. Hakkarainen et ai (apud RODRIGUEZ ILLERA) também levantaram diferentes modalidades entre as comunidades virtuais de aprendizagem, segundo Rodríguez lllera. Mas, neste caso, os critérios foram a participação e os objetivos dos participantes. Assim, os autores distinguem as comunidades que "procuram a aquisição do conhecimento, participam ativamente, ou, por fim, criam conhecimento novo conjuntamente com outros participantes" (2007, p. 120). Tal abordagem enfatiza a análise das comunidades virtuais em ambientes intencionalmente educativos, mas direcionando a construção do conhecimento de forma colaborativa e reflexiva entre os integrantes. Em Beltrán Llera (2007) encontramos uma definição mais ampla de comunidades virtuais de aprendizagem: "organizações sociais criadas por pessoas que compartilham metas, valores e práticas sobre a experiência da aprendizagem': Sua compreensão se dá a partir dos elementos essenciais das comunidades - sujeito, comunidade, objetivo, instrumentos, divisão de tarefas e regras - e dos seus desafios: eleger os elementos adequados para trabalhar em comunidade e para cada tarefa, conciliar os objetivos pessoais e comunitários, dividir as tarefas em função das capacidades pessoais e objetivos almejados, e estabelecer regras adequadas para manter um clima favorável.

MINHA PROFISSÃO

MINHA PROFISSÃO Entre imagens de cansaço e desalento, encontro a face do PRAZER e da ESPERANÇA. "Sou uma professora persistente, ainda crédula, paciente e alegre. Tento dar uma parcela de contribuição para a construção de um mundo mais digno". Sou uma professora com letra maiúscula. Tenho consciência de que vale a pena fazer o que faço, pois percebo que sou espelho, modelo de vida para meus alunos. Assim posso influir na sociedade, ser útil". Acho que a minha opção de ser professora valeu a pena, do ponto de vista do contato com os jovens, do crescimento e da aprendizagem que acontece neste relacionamento. E até da possibilidade de ajudar as pessoas a descobrir um MUNDO MELHOR. Mesmo não acreditando em perspectivas de mudança no futuro do professor, continuarei na profissão, "até bem velhinha". Eu acredito no que faço e encaro a escola como um espaço de luta, onde me empenho para melhorar o ensino. "Na medida em que você o eleva, terá cidadãos competentes". A escola é a arena onde o meu sonho de mudar a sociedade poderá realizar-se. Desse sonho eu não abro a mão mesmo ganhando pouco, porque minha RESPONSABILIDADE maior é com o ALUNO. Sou uma profissional e me entrego ao trabalho de corpo e alma. A imagem que tenho do professor é a de uma peça fundamental na sociedade. Sou PROFESSORA e EDUCADORA, pois professor é profissão e educador, ao contrário, não é profissão; é VOCAÇÃO. E toda vocação nasce de um grande AMOR, de uma grande ESPERANÇA; Os professores são os eucaliptos, árvores absolutamente iguais umas às outras; educadores são jequitibás, árvores que revelam um habitat, têm cidadania pr6pria num mundo especifico. Os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, uma estória a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale e a relação que os liga aos ALUNOS. Em classe eu me considero mais como AIMIGA, PSICÓLOGA, CONSELHEIRA, até MÃE, e só por último, PROFESSORA. Eu sou uma profissional que me reconheço como importante, indispensável, interessada por minha atividade e tenho uma penetrante consciência crítica. A atividade do professor é desgastante e mal reconhecida. Sou uma mestra do EQUILIBRISMO. Embora não seja de circo, é assim que eu me sinto a cada final de mês, quando tenho de somar MAGIA e MALABARISMO. Quando preciso combinar o salário com as contas a pagar e o dinheiro necessário para se agüentar por mais 30 dias de muito SUOR e TRABALHO. Professor não tem STATUS, um servente de pedreiro ganha mais do que nós, mas não me arrependo da escolha, uma realização pessoal mesmo. Salvador, 29 de dezembro de 1989. Maria Conceiçã

60 Anos DIREITOS HUMANOS

60 Anos Direitos Humanos – Iguais na Diferença Artigo 1.° Versão Abreviada Liberdade e igualdade de todos os seres humanos Artigo 2.° Não discriminação Artigo 3.° Direito à vida, liberdade e segurança pessoal Artigo 4.° Proibição de escravatura Artigo 5.° Proibição de torturado e tratamento degradante Artigo 6.° Direito à personalidade jurídica Artigo 7.° Direito à igualdade perante a lei Artigo 8.° Direito a recurso efetivo perante jurisdições nacionais Artigo 9.° Proibição de prisão, detenção e exílio arbitrários Artigo 10.° Direito a ser julgado em público num tribunal independente Artigo 11.º Direito a ser considerado inocente até prova em contrário Artigo 12.º Direito à vida privada, familiar e proteção da correspondência Artigo 13.º Direito a circular livremente no país e de sair e entrar em qualquer país Artigo 14.º Direito de requerer e receber asilo Artigo 15.º Direito à nacionalidade Artigo 16.º Direito de casar e de constituir família Artigo 17.º Direito à propriedade Artigo 18.º Liberdade de pensamento, consciência e religião Artigo 19.º Liberdade de expressão, opinião e informação Artigo 20.º Liberdade de reunião e associação pacíficas Artigo 21.º Direito de participar nos assuntos públicos do seu país e em eleições livres através do voto secreto Artigo 22.º Direito à segurança social Artigo 23.º Direito ao trabalho, a remuneração suficiente favorável e a aderir a sindicatos Artigo 24.º Direito ao repouso e ao lazer Artigo 25.º Direito a um nível de vida adequado Artigo 26.º Direito à educação Artigo 27.º Direito de participar na vida cultural da comunidade Artigo 28.º Direito a uma ordem social para a plena aplicação dos direitos aqui enunciados Artigo 29.º Deveres dos indivíduos para com a comunidade Artigo 30.º Nenhum indivíduo ou Estado pode atentar contra os direitos e liberdades acima mencionados Como é que os objetivos do desenvolvimento humano e relacionam com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio? Capacidades fundamentais Objetivos de Desenvolvimento para o desenvolvimento humano do Milênio correspondentes Viver uma vida longa e saudável objetivos 4, 5 e 6: reduzir a mortalidade de crianças, melhorar a saúde materna e combater as principais doenças. Ser instruído objetivos 2 e 3: alcançar o ensino primário universal, promover a igualdade de gênero (especialmente na educação) e capacitar as mulheres. Ter um nível de vida digno Objetivo 1: reduzir a pobreza e a fome Gozar de liberdades políticas e civis Não é um Objetivo mas uma importante Para participar na vida da sua comunidade meta mundial incluída na Declaração do Milênio Condições essenciais para Objetivos de Desenvolvimento O desenvolvimento humano do Milênio correspondentes Sustentabilidade ambiental Objetivo 7: garantir a sustentabilidade ambiental Equidade – em particular equidade de gênero Objetivo 3: promover a igualdade de gênero E capacitar as mulheres Facilitar o ambiente econômico mundial Objetivo 8: reforçar a parceria entre países ricos e pobres

Rede ou COMUNIDADE ON-LINE:laços e colaboração

Rede ou Comunidade online: laços e colaboração Algumas vezes ouvimos/lemos a expressão comunidades virtuais de aprendizagem como sinônimo de redes de aprendizagem online. Harassim et ai entende essas redes de aprendizagem como "grupos de pessoas que utilizam as redes de CMC para aprender juntas, no horário e no ritmo mais adequados para elas mesmas e para a tarefa em questão" (2005, p. 21). Só a partir da convivência entre essas pessoas na rede, a comunidade passaria a existir. "A comunidade que se forma entre os usuários de uma rede pode ser enriquecedora do ponto de vista tanto pessoal quanto educacional" (p. 55, grifo nosso). Entendemos que rede e comunidade online se diferenciam pela qualidade das relações estabelecidas entre seus integrantes. Ambas reúnem participantes em torno de um interesse comum. Mas, nas comunidades, os laços entre as pessoas seriam mais estreitos do que nas redes podendo desencadear um compromisso com o outro. A partir desta perspectiva, uma comunidade, ou várias, pode ser formada dentro de uma rede online e, ainda, uma rede pode constituir-se toda como uma comunidade se houver laços estreitos entre os integrantes - vale ressaltar que tratamos aqui dos diversos tipos de redes e comunidades online, não apenas as de aprendizagem. Mas além dos laços fortes que constituem um sólido grupo de pessoas, as comunidades teriam outro elemento diferenciador: colaboração elou cooperação constante entre seus integrantes. No início deste artigo, apresentamos definições de comunidades virtuais de aprendizagem estabelecidas por diversos autores. Entre os muitos aspectos em comum, encontramos a colaboração elou a cooperação entre os membros de uma comunidade durante o processo de aprendizagem. Paloff e Pratt (2002) consideram que, em ambientes virtuais, a Educação online tem mais chances de alcançar os objetivos propostos quando consegue fazer surgir uma comunidade, na qual as interações e "a colaboração na aprendizagem que resulta de tais interações" preparam o terreno para bons resultados. Kenski (2001) ressalta que nem todos os cursos oferecidos em ambiente online dão origem a comunidades, inclusive, elas podem surgir após o encerramento deles: A comunidade específica de "aprendizagem" vai além do tempo de uma disciplina ou curso, ainda que possam surgir de iniciativas nestes momentos de ensino-aprendizagem. Em muitos casos ela se solidifica após o encerramento destes. Não se constituem também apenas de períodos finitos, previamente estabelecidos pelas instituições ou pelos seus coordenadores e professores. As comunidades de aprendizagem ultrapassam as temporalidades regimentais estabelecidas pela cultura educacional e vão além. Seu tempo é o tempo em que seus membros se interessam em ali permanecerem em estado de troca, colaboração e aprendizagem (KENSKI, 2001 ). Frequentemente, colaboração e cooperação se confundem por suas similaridades, mas, de fato, são conceitos complexos, explicados de acordo com a abordagem. No âmbito da aprendizagem, o processo de colaboração pode ser entendido de acordo com os autores abaixo destacados: • a aprendizagem colaborativa é uma filosofia de ensino, não apenas como técnica em sala de aula; ela sugere uma maneira de lidar com as pessoas por meio do respeito, como um modo de viver e lidar com outras pessoas (PANITZ apud BARBOSA, 2008) • o trabalho colaborativo depende de cooperação entre os membros da equipe; por conseguinte, uma subordinação da colaboração à cooperação (CORO apud BARBOSA. 2008) Já a cooperação: • é uma estrutura de interação projetada para facilitar a realização de um objetivo ou produto final. (PANITZ apud BARBOSA, 2008). Entre os pesquisadores que diferenciam a cooperação e a colaboração pelo modo como a tarefa do grupo é organizada, a aprendizagem cooperativa pode ser compreendida por um viés mais técnico: • a cooperação apresenta-se como um conjunto de técnicas e processos que grupos de indivíduos aplicam para a concretização de um objetivo final ou a realização de uma tarefa específica. E um processo mais direcionado do que o processo de colaboração e mais controlado pelo professor (PANITZ apud BARBOSA, 2008) • na cooperação, a estrutura hierárquica prevalece e cada um dos membros da equipe é responsável por uma parte da tarefa. A coordenação nas atividades cooperativas é apenas obrigatória na montagem dos resultados parciais (DILLENBOURG apud BARBOSA, 2008) Após levantamento bibliográfico, Barbosa (2008, tese) observou que tanto a colaboração quanto a cooperação designam atividades de grupos para atingir um objetivo. Sua diferenciação estaria na regularidade da troca, na organização do trabalho e na coordenação. Abaixo, a autora apresenta uma comparação a partir da sua pesquisa bibliográfica: Abordagem colaborativa Abordagem cooperativa Característica conceitual Filosofia de ensino: engloba questões teóricas, políticas e filosóficas. Técnica de trabalho: estrutura de interação projetada para facilitar a realização de um objetivo ou produto final. Concepção Promove a “aculturação” dos alunos nas comunidades de conhecimento. Aumenta as habilidades cognitivas e sociais por meio de um conjunto de técnicas aprendidas. Estruturação Compartilhamento de autoridade e aceitação de responsabilidades entre os membros, nas ações do grupo. Estrutura hierárquica em um processo mais direcionado pelo professor. Foco Processo mais aberto, com um papel mais ativo do aluno. Processo centrado no professor e controlado por ele. Forma de organização Compromisso mútuo dos participantes num esforço coordenado, visado a conclusão de um problema. Cada um é responsável pelo desenvolvimento de uma parte do problema. Prescrição de atividades Atividade sincronizada, resultado de um esforço continuado de construir e manter uma concepção compartilhada de um problema.

Rede e Comunidade Virtual de Aprendizagem

Rede e Comunidade Virtual de Aprendizagem Os laços fortes e as constantes colaborações e/ou cooperações entre os integrantes seriam, para nós, o indicativo de que eles formam uma comunidade no ciberespaço, embora nas redes online possamos encontrar colaboração/cooperação, mas com menor freqüência. No entanto, como diferenciar redes e comunidades de aprendizagem online das demais redes sociais? Pela intencional idade educativa. A aprendizagem é um processo inerente à existência humana, independe de local, de tempo e pode surgir das mais diversas situações. Se partimos deste pressuposto, um sujeito pode aprender em qualquer tipo de rede e comunidade virtual. Mas acreditamos que apenas as de aprendizagem possuiriam este objetivo explícito. As atividades desenvolvidas neste tipo de rede/comunidade teriam como objetivo final a aprendizagem, e as discussões se dariam, principalmente, com vistas a atingir o que se propuseram a aprender. Não importaria o ambiente no qual as redes e comunidades virtuais de aprendizagem se desenvolvem, nem o tempo de duração, podendo surgir em listas de discussão, blogs, por meio de troca de e-mails, espaços desenvolvido para cursos, etc. Encontramos no ciberespaço agrupamentos criados com fins educacionais, vinculados ou não a instituições educativas, mas que possuem este objetivo explícito da aprendizagem. Nestas redes, é possível perceber que há um planejamento prévio, um ou mais responsáveis por orientar/estimular a aprendizagem do grupo, algumas discussões e atividades sugeridas por estes responsáveis com vista a atingir os objetivos propostos, mas sempre com abertura para proposições dos participantes. Poderíamos chamar estes agrupamentos de redes de aprendizagem - redes sociais organizadas para a aprendizagem. E, como nas demais redes do ciberespaço, elas podem se transformar, ou terem em si, comunidades virtuais, no caso, de aprendizagem. Pierre Lévy, um dos principais autores que estudam o ciberespaço, defende a presença de líderes nas redes/comunidades virtuais de aprendizagem. "Não acredito que haja uma pura espontaneidade em aprendizagens escolares. Elas precisam ser organizadas. As únicas redes que funcionam sem mediador são as de entretenimento" (CARVALHO, 2007). A aprendizagem pressupõe a elaboração de conhecimento por parte do sujeito, um nível acima da simples troca de informações, do compartilhamento entre os integrantes - atividades comuns em qualquer tipo de comunidade. É claro que o compartilhamento e o "estar" em rede/comunidade oferecem uma gama de informações fundamentais para a aprendizagem de seus participantes. Mas ela só acontece quando eles constroem conhecimento, e "falar de conhecimento é falar de teoria, de visão, de compreensão ( ... ) uma visão articulada organizada que leva à compreensão" (MACHADO, 2004). O conhecimento prevê que as informações trocadas em comunidade sejam inter-relacionadas, conectadas, organizadas pelo integrante da comunidade, constituindo para ele algo significativo. Trata-se de uma construção individual, mas alcançada a partir do coletivo, das trocas, da vivência em rede/comunidade. As redes e comunidades virtuais de aprendizagem propiciariam aprendizagens a partir deste objetivo explícito, para o qual dirigem suas ações e reflexões por um tempo suficiente para que seja alcançado pelo coletivo e/ou pelo sujeito participante, mas sempre como resultado das interações. As redes e comunidades de aprendizagem online ofereceriam mais condições para que a aprendizagem ocorra. Machado ressalta que na construção de conhecimento, "sempre são necessários disciplina, ordenação, procedimentos algorítmicos, ainda que tais elementos não bastem, isoladamente ou em conjunto, para compor uma imagem dos processos cognitivos" (2000, p. 133). A organização/preparação encontrada nestas redes/comunidades também contribuiria para a aprendizagem do participante. Após estas considerações, chegamos ao seguinte entendimento: Comunidades virtuais de aprendizagem seriam grupos de pessoas que possuem estreitos laços de relacionamento, baseados na colaboração e/ou cooperação, contribuindo umas com as outras durante o processo de aprendizagem. Elas se distinguem das demais por sua intencionalidade educativa, na qual encontramos a presença de um orientador, um planejamento inicial e o objetivo explícito da aprendizagem para o qual as interações são voltadas. Enfim, relacionamos comunidades virtuais de aprendizagens ao que é explícito, intencional, à imagem da narrativa e do filme, em contra posição às cenas isoladas, aos fragmentos, à informação e ao que é tácito nas demais comunidades. Como distinção das redes de aprendizagem online, nas comunidades encontramos laços fortes e colaboração e/ou a cooperação voltados para a intencional idade educativa.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

PROBLEMAS SOCIAIS DO BRASIL

Problemas Sociais do Brasil
Os principais problemas brasileiros, suas causas, consequências e influências
na vida das pessoas

Introdução

Embora o Brasil tenha avançado na área social nos últimos anos, ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros. Abaixo listaremos uma relação dos principais problemas brasileiros na atualidade.

Desemprego

Embora a geração de empregos tenha aumentado nos últimos anos, graças ao crescimento da economia, ainda existem milhões de brasileiros desempregados. A economia tem crescido, mas não o suficiente para gerar os empregos necessários no Brasil. A falta de uma boa formação educacional e qualificação profissional de qualidade também atrapalham a vida dos desempregados. Muitos têm optado pelo emprego informal (sem carteira registrada), fator que não é positivo, pois estes trabalhadores ficam sem a garantia dos direitos trabalhistas.

Violência e Criminalidade

A violência está crescendo a cada dia, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios e tvs presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas. A falta de um rigor maior no cumprimento das leis, aliada as injustiças sociais podem, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país.

Poluição

Este problema ambiental tem afetado diretamente a saúde das pessoas em nosso país. Os rios estão sendo poluídos por lixo doméstico e industrial, trazendo doenças e afetando os ecossistemas.
O ar, principalmente nas grandes cidades, está recendo toneladas de gases poluentes, derivados da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo - gasolina e diesel principalmente). Este tipo de poluição afeta diretamente a saúde das pessoas, provocando doenças respiratórias. Pessoas idosas e crianças são as principais vítimas.

Saúde

Nos dias de hoje, pessoas que possuem uma condição financeira melhor estão procurando os planos de saúde e o sistema privado, pois a saúde pública encontra-se em estado de crise aguda. Hospitais superlotados, falta de medicamentos, greves de funcionários, aparelhos quebrados, filas para atendimento, prédios mal conservados são os principais problemas encontrados em hospitais e postos de saúde da rede pública. A população mais afetada é aquela que depende deste atendimento médico, ou seja, as pessoas mais pobres.

Educação

Os dados sobre o desempenho dos alunos, principalmente da rede pública de ensino, são alarmantes. A educação pública encontra vários problemas e dificuldades: prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. Este quadro é resultado do baixo índice de investimentos públicos neste setor. O resultado é a deficiente formação dos alunos brasileiros.

Desigualdade social

O Brasil é um país de grande contraste social. A distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto.

Habitação

O déficit habitacional é grande no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é muito comum a presença de favelas e cortiços. Encontramos também pessoas morando nas ruas, embaixo de viadutos e pontes. Nestes locais, as pessoas possuem uma condição inadequada de vida, passando por muitas dificuldades.

O Direito como Instrumento de Combate aos Preconceitos

O DIREITO COMO INSTRUMENTO DE COMBATE AOS PRECONCEITOS


Os preconceitos provocam grandes malefícios, principalmente às classes média e pobre - onde a discriminação é muito mais forte.
Os preconceitos infiltram-se no tecido social, tal como a água subterrânea se infiltra nos poros das rochas. Eles estão nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nas universidades, nas festas, nas igrejas, em nossas casas, dentro de nós, causando tristeza, depressão, angústia, perda de auto-estima, redução da autoconfiança, sofrimento, conflitos inter(pessoais) e guerras inter(nacionais).
Eles intimidam os discriminados, facilitando a sua dominação pela classe hegemônica.
Por preconceito, o continente africano foi desprezado, durante séculos! Por preconceito, o Ocidente julga-se superior ao Oriente. Por preconceito, mães repelem, agridem e se envergonham de seus filhos gays. Por preconceito, as mulheres foram (e ainda são, em muitos países e em muitos lares brasileiros) inferiorizadas e violentadas, Por preconceito, negros e mulheres já foram tratados como coisas.
Preconceito FERE! Preconceito DÓI! Preconceito MATA!
Todos nós discriminamos e somos discriminados - c o t i d i a n a m e n t e - e isso reduz nossa chance de ser feliz. Por esse motivo, devemos nos empenhar em combater todas as formas de preconceito que nos atingem, de forma ostensiva ou, muitas vezes, tão sutil, que a gente nem percebe mas nosso inconsciente sofre as conseqüências, sob a forma de traumas psicológicos, arrogância, timidez etc.

ABUSO SEXUAL -Violação de Direitos na vida de Crianças e adolescentes

ABUSO SEXUAL: VIOLAÇÃO DE DIREITOS NA VIDA DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES

PADOIN, Isabel Graciele

Palavras-chave: Abuso Sexual; Crianças e Adolescentes, Pedofilia.

Introdução

O abuso sexual constitui uma das categorias de maus-tratos contra crianças e adolescentes, definido como qualquer atividade ou interação onde a intenção é estimular e/ou controlar a sexualidade da criança. Nele também está envolvido o abuso físico e psicológico. Por isso, pode ser definido como uma forma de violência a qual envolve poder, coação e/ou sedução (BORGES; DELL' AGLIO, 2008; AMAZZARA Y, KOLLER, 1998).
O abuso sexual vem sendo considerado um relevante problema social e de saúde pública, devido à alta incidência deste em todas as camadas sociais da população. A maioria dos abusos tem ocorrido no contexto intrafamiliar, sendo que a maior parte dos abusadores das crianças e adolescentes são pessoas com as quais a criança mantém um relacionamento de amor e confiança, sendo por isso que, na maioria das vezes, há o "pacto do silêncio" por parte da família (BORGES; DELL' AGLIO, 2008; ABRAPIA, 1997).

Metodologia: A metodologia utilizada fora à pesquisa bibliográfica, tendo por base a consulta de periódicos, artigos científicos e livros.

Resultados e Discussões

O abuso sexual envolve o contato ou a interação entre um adulto e uma criança, em que o primeiro utiliza a última de maneira sexual. Compreende assim, todo ato ou jogo sexual, relação heterossexual ou homossexual que pode variar desde o intercurso sexual havendo ou não a penetração, o uso de agressões físicas ou outras agressões (psicológicas e morais), manipulação, contato oral ou genital, estimulação, voyeurismo (fantasias sexualmente excitantes envolvendo o ato de observar uma pessoa que está nua, a se despir ou em atividade sexual, sem suspeitar que esteja sendo observada), exibicionismo, assim como a exploração de crianças por meio de pornografia e prostituição (MILLER, 2008; BORGES; DELL' ÁGUO, 2008).
Além do exposto, Borges e Dell' Áglio (2008) afirmam que o abuso sexual pode ser definido como o envolvimento de crianças e adolescentes em atividades sexuais que não compreendem em sua totalidade e que não estão aptos a concordar. Assim, o abuso sexual da criança revela-se como uma relação a qual viola as regras sociais e familiares da nossa cultura. Aqui pode haver o uso da violência física que na maioria dos casos pode estar ausente. Na maior parte dos casos o abuso sexual é cometido por familiares e responsáveis, já que são os adultos que mantêm maior contato direto com a criança e o adolescente. Nesse aspecto, estudos revelam que, na maioria das vezes, o abusador é uma pessoa em quem a criança confia e ama. Nesse aspecto, há uma categoria chamada incesto que se configura como uma relação de caráter sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, entre um adolescente e uma criança, ou ainda entre adolescentes, quando existe laço familiar, seja direto ou não (ABRAPIA, 1997).
Na sociedade, os abusos sexuais caracterizados como institucionais são os mais freqüentes. Quando se fala nesta forma de abuso é necessário esclarecer que são cometidos pelas instituições que deveriam estar protegendo e garantindo o bem-estar das pessoas. Logo, é nos espaços tidos como o lar das vítimas que ocorre este tipo de abuso. Tal modalidade de abuso acontece, na maioria dos casos, no interior da estrutura familiar, sendo perpetrados por membros da família como o pai, a mãe, o padrasto, a madrasta, irmãos, tios, avós, primos. É comum que o abuso sexual intrafamiliar inicie na infância ou na adolescência, quando a vítima não tem discernimento do que está acontecendo. (ABRAPIA, 1997).
Desse modo, o adulto busca estimular sexualmente a criança ou o adolescente com ações sexualizadas, que podem ser desde conversas obscenas, masturbação forçada, exposição do corpo nu, mostrar fotografias, filmes eróticos ou pornográficos, exigir a participação em atos libidinosos (carícias e toques inapropriados) e em relações sexuais propriamente ditas, seja anal, genital ou oral. Assim sendo, o adulto passa a executar ações tidas como pervertidas com o objetivo único de ter prazer sexual (BORGES; DELL' ÁGUO, 2008).
A criança ou o adolescente abusado não tem capacidade de discernir o que está acontecendo devido à sua imaturidade emocional e cognitiva e à recente formação de "Seu desenvolvimento psicossexual. A participação destes indivíduos em atividades inapropriadas para sua idade é de responsabilidade do adulto que tem a obrigação de saber que tais ações são extremamente prejudiciais para a população infanto-juvenil. Casos, assim, transgridem as regras sociais e os costumes, já que a criança ou o adolescente são transformados em vítimas, tendo seus direitos completamente violados (MILLER, 2008; BORGES; DELL' ÁGUO, 2008; ABRAPIA, 1997).
É possível afirmar que as crianças são extremamente dependentes dos adultos e, quase sempre confiam naqueles que moram no seu lar. Envolvem-se com os familiares e têm grandes dificuldades de driblar situações que lhes causam desconforto, desprazer ou dor, ainda mais quando tais situações resultam na gratificação e no prazer do adulto. Agravando ainda mais esse quadro, o agressor utiliza-se de estratégias para que a criança não consiga distinguir que algo de errado está acontecendo. Comumente, diz constantemente que a ama e procura adular a vítima, seduzindo-a e envolvendo-a cada vez mais no seu ritual.
Esse ritual envolvente, às vezes uma brincadeira que vai se transformando, aos poucos, em uma armadilha, onde o abusador tem sempre todo o controle da situação, o que provoca, no outro, uma relação de alienação e de responsabilização pelo que está acontecendo. Logo, a vítima é sempre vista pelo agressor como a responsável pelo seu "comportamento inadequado". Todavia, o agressor, de certa forma, sabe que o abuso é errado e que constitui crime, sabe que é prejudicial à criança.
Apesar disso, o abuso acontece; o abuso sexual, como outras adições, não cria primariamente uma experiência prazerosa, mas serve para o alívio de tensão; o processo é conduzido pela compulsão à repetição, os sentimentos de culpa e o reconhecimento de estar prejudicando a criança podem levar a tentativas de parar o abuso (SCHMICKLER, 2006, p.135).
Sendo assim, é possível afirmar que o ato de abusar é como um impulso fora do controle, onde os gestos, sorrisos e comportamentos da vítima são interpretados pelo agressor como um convite sexual e sensual. Para tanto, sem uma terapia específica, é remota a recuperação do abusador.
É pertinente, todavia, aqui, fazer uma diferenciação dos tipos de abusadores. Para Vaz, (2010) existem os abusadores circunstanciais que só têm atitudes abusivas de acordo com as circunstâncias. Utilizam-se destas práticas quando se sentem menosprezados, ou seja, encontram­se desempregados, alcoolizados, com baixa auto-estima. Este abuso pauta-se, especialmente, nas questões relativas à desigualdade de gênero, que sem sombra de dúvidas, respalda-se em valores culturais e históricos específicos.
Outra classificação de abusadores são os pedófilos, os quais buscam se relacionar sexualmente com crianças, independente do sexo a que pertençam. A pedofilia, segundo Vaz (2010), deveria ser encarada como uma doença, contudo, a organização mundial de saúde não a considera como uma patologia.
A ciência não descobriu uma causa concreta para este tipo de abuso, porém, pesquisas indicam que os pedófilos são pessoas que provavelmente sofreram algum tipo de estímulo na fase da primeira infância. Não há cura para esse tipo de desvio da conduta sexual, que diferentemente do que muitos pensam nada tem a ver com homossexualidade.

O pedófilo encontra prazer em manter atos de caráter libidinosos com crianças e adolescentes, até mesmo com bebês. São pessoas que buscam profissões acima de qualquer suspeita, tendo, geralmente, uma família constituída bastante "exemplar". Este tipo de agressor pode ser comparado a um "serial killer", já que sabe que existem leis que condenam a sua conduta, mas busca sempre criar uma exceção a esta norma. Desenvolve, assim, caminhos que negam a lei, procurando explicá-la de acordo com seu entendimento.
O mais interessante de tudo é que em suas ações perversas estes abusadores, quase sempre, deixam pistas, a fim de ser descobertos. Isto é feito como uma forma de acabar com seu sofrimento. Pessoas com este tipo de conduta necessitam ser tratadas por psiquiatras e sempre ter acompanhamento psicológico, mas só conseguem evitar suas condutas por meio da abstinência sexual (VAZ, 2010).

Conclusão

A denúncia é a principal forma de prevenir a violação de direitos. Para tanto, é preciso saber que qualquer tipo de violência contra criança ou adolescente é crime punido com detenção. A prevenção da violência é dever de todos, logo, sempre que houver suspeita ou se souber que uma pessoa está sendo vítima de violência é indispensável fazer uma denúncia de forma anônima ou identificada às autoridades e/ou serviços que recebem este tipo de denúncias e se responsabilizem por notificá-las aos órgãos competentes A partir da realização da denúncia inicia­se um processo de verificação da violência, por meio de visitas domiciliares, entrevistas, encaminhamentos, exame de corpo de delito e médico, etc, tendo o objetivo primordial de proteger a vítima de violência e responsabilizar, com as medidas necessárias, o autor da violência.

Referências Bibliográficas

AMAZARRA Y, M.; KOLLER, S. Alguns aspectos observados no desenvolvimento de crianças vítimas de abuso sexual. Psicologia Reflexão e crítica, 11(3), 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA MULTI-PROFISSIONAL DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA (ABRAPIA). Abuso Sexual: mitos e realidades. 33 Ed. Editora: Autores & Agentes & Associados, 2002.

BORGES, J.; DELL' AGLIO, D. Relações entre abuso sexual na infância, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e prejuízos cognitivos. Pesquisa em estudo, Maringá, 13(2), 371-379, 2008.

SCHMICKLER, Catarina Maria. O Protagonista do Abuso Sexual- sua lógica e estratégias. Chapecó: Argos, 2006.

VAZ, Marlene. Um novo paradigma da violência sexual. Bahia: Faculdade de Medicina, 2007.

O MITO da DEMOCRACIA RACIAL

O Mito da Democracia Racial

A partir dos dados da sociedade, pode-se afirmar que é romântica a concepção de que vivemos numa nação livre de preconceito racial, que deve muito ao antropólogo pernambucano Gilberto Freyre (1900-1987). Em Casa Grande e Senzala (1933), Freyre defendeu a tese de um antagonismo camarada e harmonioso entre as três principais etnias que constituíram o povo brasileiro: os colonizadores portugueses, os escravos africanos e os nativos indígenas.
Mas a história dos 350 anos de escravidão registra revoltas e conflitos, como foi a própria constituição do Quilombo dos Palmares (século XVII), na região do atual estado de Alagoas, por escravos foragidos e seu extermínio por armas. Calcula-se que, do século XVI ao XIX, tenham sido trazidos da África para as Américas 10 milhões de africanos escravizados, dos quais 4 milhões para o Brasil.
Pressionado pela Inglaterra, que impulsionava a Revolução Industrial e o capitalismo com mão de obra assalariada, o Brasil proibiu o tráfico negreiro em 1850. Em 1871, a Coroa assinou a Lei do Ventre Livre. A partir de então, todo filho de escravo nascido no Brasil ou permaneceria com o proprietário de seus pais até os 21 anos, trabalhando como homem livre, ou seria entregue ao governo.
Na prática, a lei nada avançou, pois dos presumíveis 400 mil negros nascidos após a promulgação da lei, apenas 118 foram entregues ao governo. Assim, na prática, aqueles que nasciam livres permaneciam escravos nas fazendas onde haviam nascido.
A Lei do Ventre Livre foi ignorada pela justiça brasileira da época, e o movimento abolicionista só começou a ganhar força em 1880. Em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi sancionada pela princesa Isabel, que ocupava o trono como regente. Quando a escravidão foi abolida, parte dos escravos já havia conseguido alforria ou fugido das fazendas. Os que foram libertos não tinham estudo nem receberam indenização.
Estima-se que, por ocasião da abolição, em 1888, dos 800 mil escravos libertados menos de 1% era alfabetizado. O refúgio nas zonas rurais foi um dos caminhos encontrados. A Fundação Cultural Palmares, ligada ao Ministério da Cultura, registra a existência no país de 1.342 comunidades quilombolas, a maior parte no Nordeste, principalmente na Bahia e no Maranhão.
Mais de um século depois da abolição, o Brasil ainda possui desigualdade em diferentes aspectos sociais, educacionais e de emprego e renda ligados a questões raciais e de sua formação populacional.




2012 – Fonte: Atualidades Vestibular

DESIGUALDADE RACIAL

Desigualdade racial

CONCEITO

O IBGE apura a cor auto-declarada pelas pessoas no Censo: branca, preta, parda, amarela e indígena. A consolidação dos dados, para efeito de estudo e formulação das políticas públicas, considera negros a soma dos que se declararam da cor preta ou parda. Nesse sentido, os negros são hoje a maioria da população brasileira, 51%.

DESIGUALDADE

Mesmo sendo maioria dos brasileiros, os negros enfrentam maiores dificuldades socioeconômicas, como acesso ao emprego, menor escolaridade e renda, menor esperança de vida, maior incidência de gravidez precoce e de morte violenta, comparando com a população branca.

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

Aprovado no Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Lula, entrou em vigor em outubro de 2010. Prevê mecanismos de inserção social. Para que o texto final fosse aprovado, foram retirados pontos considerados polêmicos, como as políticas de cotas de acesso em universidades públicas para afro-descendentes. Essa última questão tramita, desde 2008, no Supremo Tribunal Federal, numa ação que questiona a constitucionalidade da reserva de vagas.

AÇÕES AFIRMATIVAS

São políticas públicas e medidas emergenciais que pretendem eliminar ou diminuir as desigualdades para grupos da sociedade, para alcançar igualdade em oportunidades sociais, econômicas, educacionais e culturais. As políticas de reserva de cotas são ações afirmativas.

DESIGUALDADES HISTÓRICAS

Até a proibição do tráfico de escravos, em 1850, estima-se que o Brasil tenha recebido 4 milhões de negros 40% de todo o contingente trazido da África para as Américas. A abolição da escravatura não foi acompanhada de políticas públicas de indenização, inserção social ou reparação, e os ex-escravos permaneceram pobres. Desde então, os negros têm menos oportunidades e sofrem com a marginalização.




Fonte: 2012 ATUALIDADES VESTIBULAR + ENEM

A Arrogância da Inexperiência

A Arrogância da Inexperiência
Rodolfo Pamplona Filho

Nunca diga que,
desse prato, não comerei,
pois você pode não ter vivido
o suficiente para saber
os motivos que levam alguém
a fazer algo que
nunca se esperava dele ...

Não julgue o comportamento alheio,
com os parâmetros inflexíveis
de uma conduta idealizada,
pois a barema utilizada
pode lhe ser exigida,
não somente como medida
de justiça e coerência
mas também como o preço
que se exige como resposta
de toda aquela consciência
que exigiu demais dos outros (e de si) ....

Aprenda a engolir o orgulho
de não ter feito nada na vida,
bem como a prepotência
do sentimento de auto-suficiência
que a juventude, aliada à inexperiência,
parece impor a uma nova geração,
que não tem problema de falta,
mas, sim, de excesso de informação
e, para quem, é mais fácil,
dizer que o outro é sem noção.

Tenha a hombridade de, um dia,
reconhecer a terrível arrogância
que a inexperiência pode gerar,
não como natural mecanismo
de defesa perante o desconhecido,
mas como uma injustificável rebeldia
contra todos que, um dia,
puderam lhe dar guarida
ou estender uma mão amiga.

Faça antes de reclamar ...
Viva antes de criticar ...
Cresça antes de aparecer ...
E descubra que o mundo
é muito maior do que seu ser ...

Fonte: http://sn110w.sntl10.mail.live.com/mail/PrintMessages