domingo, 24 de junho de 2012

ESTRATÉGIAS p/ promover e avaliar a Aprendizagem......

Estratégias para promover e avaliar a aprendizagem, a interação e a construção de conhecimento O tipo de atividades e trabalhos que podem ser desenvolvidos durante um curso em regime de e-learning são muito variados. A sua escolha deve ser condicionada, em primeiro lugar, pelo tipo de curso, a sua temática, o seu formato e duração, o número de participantes e também o número de horas de trabalho que o(s) formador(es) poderão disponibilizar. Apesar de já termos referido anteriormente diversas atividades síncronas e assíncronas, referimos seguidamente, e a título meramente ilustrativo, alguns tipos de atividades que podem ser realizadas: - Pesquisa - Os formandos podem ser solicitados a pesquisar na Internet, de forma mais ou menos orientada, no sentido de localizar sites e documentos relevantes. As atividades podem restringir-se inicialmente à localização e seleção de informação, mas podem também incluir a avaliação, síntese, análise crítica e comparação entre as diversas fontes de informação identificadas; - Trabalhos escritos - Os trabalhos escritos servem para os formandos construírem, aprofundarem, desenvolverem e demonstrarem os conhecimentos ou competências adquiridas, e podem ser semelhantes aos usados em cursos presenciais. Ensaios, relatórios, análises de textos, redação de textos originais, podem ser alguns dos tipos de trabalhos escritos realizados num curso em regime de e-learning; - Discussão no fórum - A discussão de um determinado assunto ou tópico, a partir de uma mensagem ou questão inicial do formador. No final, o formador deverá sintetizar o conteúdo e as eventuais conclusões da discussão; - Trabalhos práticos - Apesar da dificuldade que em muitas circunstâncias existe para se desenvolverem trabalhos práticos em cursos em regime de e-learning, esta é uma hipótese que não se deve afastar. Se possível e adequado, deverão ser incluídas atividades e trabalhos práticos, cuja realização ou resultados possam ser documentadas por escrito, áudio ou vídeo pelo formando, ou por terceiros; - Testes e questionários - Permitem aos formandos e formadores realizar avaliações de tipo diagnóstico, formativo e somativo. Um dos tipos de atividades assíncronas comumente usados no e-learning são os testes e questionários. Estes podem assumir diversas formas, de acordo com os diferentes objetivos que podem assumir. Os testes e questionários têm sempre uma função de avaliação. Em alguns casos podem servir para os formandos e o formador avaliarem os conhecimentos iniciais (geralmente designada avaliação de diagnóstico). Em outros casos, podem servir também para monitorizar os progressos realizados durante o curso e para que os formadores forneçam retomo, comentário e orientação aos formandos (designada avaliação formativa). Finalmente, os testes e questionários podem ser usados para certificar a aprendizagem, classificar os formandos e preencher os requisitos necessários para que obtenham uma qualificação (avaliação somativa e sumativa).

NETIQUETA

Netiqueta • Evitar enviar mensagens exclusivamente em maiúsculas, grifos exagerados ou em HTML. • Não usar recursos de edição de texto, como cores, tamanho da fonte, tags especiais, etc, em excesso. • Respeitar para ser respeitado e trate os outros como gostaria de ser tratado. • Lembrar-se de que dialogar com alguém através do computador, não faz com que seja imune às regras comuns da sociedade , por exemplo, o respeito com o próximo. • Usar sempre a força das idéias e dos argumentos. Nunca responder com palavrões. • Apesar de compartilhar apenas virtualmente um ambiente, ninguém é obrigado a suportar ofensas e má-educação. • Evitar enviar mensagens curtas em várias linhas. • Ninguém é obrigado a usar a norma culta, mas é preciso usar um mínimo de pontuação. Ler um texto sem pontuação, principalmente quando ele é grande, gera desconforto, e, além disso, as chances dele ser mal interpretado são muitas. • Evite escrever em outra língua quando não solicitado. • Evitar ser arrogante ou inconveniente. • Não interromper o assunto tratado pela outra pessoa. • Evitar ao máximo usar emotions de letras, palavras e coisas do gênero. • Usar a funcionalidade de se auto-determinar um status ou estado como away ou ausente, se possível. • Procurar ser o mais claro possível pra não gerar confusão. • Não sair do mensageiro sem se despedir da pessoa com quem está “falando”. • Em fóruns e listas de discussão, deixar o papel de moderador para o próprio moderador. • Em textos muito longos, deixar uma linha em branco em algumas partes do texto, paragrafando-o. • Dependendo do destinatário de seu texto, evitar o uso de acrônimos e do internetês. • Não copiar textos de sites ou qualquer outra fonte que possua conteúdo protegido por registro e que não permita cópias e sempre, mesmo com autorização de cópia, cite as fontes quando utilizá

DISCUSSÕES ASSÍNCRONAS e DISCUSSÕES SÍNCRONAS

As discussões assíncronas O ensino online distingue-se de um programa tutorial online pela possibilidade de interação entre todos os participantes. Essa interação pode ser estimulada com o recurso a fóruns de discussão, em que os interlocutores comunicam em tempos diferentes. A moderação destes fóruns por parte dos tutores exige alguns cuidados. • Estabeleça um calendário para cada discussão de forma a que os estudantes conheçam o tempo a ela dedicado e possam ter tempo de intervir e de refletir sobre as contribuições dos colegas; • Utilize uma questão norteadora para despoletar e centrar a discussão; • Procure manter a discussão centrada em poucas idéias ao mesmo tempo; • Estabeleça regras para a discussão (ex: mínimo de contribuições, como encadear as contribuições tendo em conta a existência de raízes, resposta, etc); • Procure equilibrar as suas participações, de forma a dar espaço a que os alunos desenvolvam a sua autonomia e a não transformar a discussão numa série de perguntas/respostas; • Elabore comentários abertos, que suscitem o debate; • Evite comentários muito extensos e complexos já que, em geral, este tipo de comentário origina o silêncio; • Convide os estudantes a comparar pontos de vista e a argumentarem as suas posições; • Elabore sínteses, direcionando a discussão se esta parecer não seguir uma linha condutora ou no caso de os estudantes se desviarem das idéias em discussão; • Realce as contribuições positivas e ignore as negativas; • No caso de alguma postura incorreta, reaja de imediato enviando uma mensagem privada ao autor; • Envie mensagens privadas (via correio eletrônico) aos estudantes que pretende estimular para a discussão; • Seja paciente e não se apresse a elaborar comentários sobre o tema em discussão se notar falta de participação dos estudantes. Em vez disso, envie mensagens privadas procurando saber se há problemas técnicos ou outros. As discussões síncronas A discussão síncrona tem lugar através da ferramenta de chat. Entre as várias desvantagens que possui, exige a presença simultânea dos participantes e o conseqüente acerto prévio de uma data e hora de encontro. A sua utilização útil para objetivos de comunicação específicos: • Procure usar o chat com parcimônia; a sua utilidade reside, sobretudo na possibilidade de despoletar brainstorming, de trocar impressões sobre um assunto, de combinar metodologias de trabalho ou simplesmente de promover o convívio; • Limite o número de participantes por chat: se o número é elevado a discussão redunda com facilidade em confusão; • Procure que o chat tenha um moderador, que pode ser o Professor/Tutor ou não. É o moderador quem faz a gestão da "conversa"; • No início do chat dê um tempo para os diversos participantes entrarem e se ambientarem, promovendo uma pequena conversa informal; • Organize regras para facilitar a participação de todos os intervenientes e evitar que um deles monopolize a conversa, como por exemplo: • pedir a palavra para intervir (digitar PP);

Conselhos e Aspectos Essenciais na Utilização de FÓRUNS de Discussão

Conselhos e aspectos essenciais na utilização de fóruns de discussão • Planear cuidadosamente a utilização do fórum de discussão - definir as atividades que deverão decorrer no fórum, estabelecer o respectivo calendário, escolher a sua designação e preparar as mensagens iniciais, que originarão as respectivas linhas de discussão; • Definir e divulgar as regras de funcionamento e utilização do fórum - os formandos devem conhecer as regras e normas de funcionamento, ter oportunidade de experimentar e aprender a sua utilização na fase inicial do curso, conhecer as regras de netiquette que deverão ser usadas, quais as expectativas quanto à sua participação (qual a freqüência aconselhável de acesso, o número mínimo de mensagens que deverão colocar e a forma corno será avaliada participação - se aplicável); • Acompanhar o andamento do fórum com regularidade - aceder ao fórum com freqüência, sobretudo no início do curso, ou dos seus módulos. A freqüência do acesso dependerá também da duração da ação: num curso de poucas semanas, o acesso deverá ser no mínimo diário; num curso que se estenda por vários meses, pode limitar-se a 2 ou 3 vezes por semana. • Manter o funcionamento do fórum - garantindo a sua utilização de acordo com as normas e regras definidas, arquivando as discussões encerradas em outra área do fórum ou da plataforma (se isso for possível no sistema utilizado), movendo ou apagando as mensagens que não digam respeito à linha de discussão onde foram inseri das, etc. • Moderar as discussões e atividades do fórum - mantendo as linhas de discussão dentro dos objetivos definidos e reconduzindo-as ao seu tópico, quando dele se afastem, colocando comentários regulares de síntese e análise (reconhecendo os contributos individuais e relacionando-os de forma a sublinhar) no caso das linhas de discussão se prolongarem por muitos dias e contarem com muitas participações. O formador deve fazer sentir a sua presença, mas deve evitar intervir em demasia, ou cedo demais (por exemplo, quando está a decorrer uma discussão, unia mensagem opinativa do formador na sua fase inicial pode "matá-la", pois será provavelmente entendida por alguns formandos como a palavra "final" sobre o assunto).

Conselhos Essenciais sobre a utilização do CHAT

Conselhos essenciais sobre a utilização do Chat • Planejar e preparar cuidadosamente as sessões – definir os objetivos formato/tipo da sessão, duração, tópico e regras de funcionamento. Escrever previamente os textos e questões que antecipadamente se pretendem colocar no chat, e fazer Copiar/Colar, durante a sessão; • Anunciar/agendar a sessão de chat antecipadamente - as sessões devem ser anunciadas com, pelo menos, 24 a 48 horas de antecedência; • Definir as regras de participação - as regras de participação devem ser claras e divulgadas por todos antes das sessões. Entre elas devem constar também algumas regras básicas de Netiquette; • Limitar a duração das sessões - na generalidade dos casos 60 minutos, ou menos, será adequado. As sessões de chat são cansativas, para os formandos e o formador, e é difícil manter a concentração por muito tempo. A disponibilidade dos formandos para participar até ao final é inversamente proporcional à duração da sessão; • Limitar o número de participantes - No limite máximo 10 a 12 pessoas, mas o ideal será de 6 a 8. É sempre melhor realizar 2 ou 3 sessões semelhantes, dividindo a turma, do que realizar um chat com 15 ou 20 pessoas; • Respeitar os horários definidos - Iniciar e terminar a sessão nos horários previamente anunciados. Solicitar aos formandos que "entrem" no chat 5 min. antes da hora prevista para o início e fazer respeitar a hora de encerramento, mesmo contra a vontade de algum "entusiasta"; • Manter o chat dentro do tópico definido - No caso de sessões para debater um tópico (e não devem existir vários tópicos numa sessão assim), limitar a conversa apenas a esse tópico, contrariando qualquer tendência ou tentativa de introduzir novos assuntos; • Disponibilizar transcrição da sessão - Após a sua realização deve disponibilizar-se uma transcrição da sessão. No caso de várias sessões sobre o mesmo tópico (para limitar o número de participantes), solicitar aos formandos uma leitura comparativa das várias transcrições pode ser uma atividade interessante. Para além das sessões de chat coletivas de que temos vindo a falar, conduzidas ou participadas pelo e-formador, o chat pode ainda ser usado para o contato direto entre o formador e cada formando individualmente, e para o contato, individual ou em grupo, entre formandos.

domingo, 3 de junho de 2012

DICAS PRÁTICAS para exercício da TUTORIA

Dicas Práticas que podem ajudar no Aperfeiçoamento Contínuo da Equipe Docente, Especialmente quem Exerce a Tutoria • Ser amigável, educado, profissional e atencioso nas interações; • Dialogar com uma variedade de alunos e não se concentrar em apenas um grupo ou indivíduo; • Responder consistentemente às perguntas e questões dos discentes dentro do prazo estabelecido, preferencialmente em menos de 24 horas úteis: • Demonstrar animação e entusiasmo com o processo de aprendizagem; • Monitorar os grupos de estudo e encorajar a colaboração; • Elaborar novidades a partir da participação dos estudantes e acrescentar outros estímulos à discussão sempre que possível; • Manter a turma focada nos objetivos de aprendizagem propostos, sem abrir mão da empatia; • Acompanhar indivíduos para que não se ausentem do espaço virtual por mais de uma semana; • Emitir comentários específicos, detalhados e construtivos a respeito de atividades entregues por alunos, que oriente quanto a possíveis melhoras tanto no presente quanto em futuros trabalhos. • Organizar a aprendizagem de forma cooperativa e colaborativa, por meio da interação entre a diversidade de ritmos de aprendizagens. • Promover um espaço dialógico para a construção do conhecimento. • Tornar suas mensagens claras, despertando a curiosidade. • Buscar alternativas para possíveis soluções. • Medir as relações entre os educandos e as tecnologias que mudam constantemente as formas de ensinar e aprender. • Desenvolver estratégias pedagógicas capazes de motivar os alunos para a utilização crítica e dinâmica nas mais variadas tarefas do cotidiano. • Trocar experiências. Expressem seus pontos de vista e construa juntos aprendizagens significativas. • Incentivar a pesquisa e a investigação graças às formas digitais. • Estimular a comunicação com os alunos, criando grupos virtuais, listas de discussão, comunidades virtuais, salas de bate-papo, fóruns de discussão, a fim de motivar trocas de informações. • Agendar chats temáticos ou chats tira-dúvidas no sentido de dinamizar a interatividade. • Mediar interações virtuais dos alunos via e-mail como troca de mensagens, envio de arquivos, agenda de atividades. • Sintetizar as principais idéias discutidas. • Diversificar as atividades e estratégias ajustando-as a graus crescentes de dificuldade para se tornar possível a qualquer participante encontrar forma de intervir e de se adaptar gradualmente ao espaço. • Dar as boas vindas aos participantes quando estes entram numa discussão. • Ser encorajador simpático e dar apoio na condução das discussões. • Projetar a sua personalidade enquanto professor e permitir que os alunos o conheçam como pessoa num grau adequado. • Sugerir aos alunos que se liguem, pelo menos uma vez por semana. • Encorajar os alunos a identificar os colegas quando responderem a contribuições específicas. • Elogiar as contribuições quando for adequado. • Ser informal na comunicação. • Encorajar os alunos mais passivos a participar. • Exprimir os seus sentimentos, mas evitar o despoletar de conflitos. • Ser cuidadoso na utilização do humor pelo menos até atingir um certo grau de familiaridade. • Encorajar os alunos a informar o professor por e-mail de quaisquer tensões ou ansiedades. • Selecionar os recursos materiais e ferramentas apropriadas de acesso. • Estabelecer laços de empatia, de afeto, de colaboração, de incentivo, de manter o equilíbrio entre flexibilidade e organização. • Ser aberto, humano, valorizar a busca, o estímulo, o apoio e ser capaz de estabelecer formas democráticas de pesquisa e comunicação. • Fornecer feedback, orientar e definir as regras das interações. • Promover a participação de todos nas discussões, girando-as e focando-as em linhas construtivas. • Focar a discussão nos conceitos, princípios e competências essenciais. • Criar um ambiente amigável, que promova aprendizagem, através do incentivo às relações humanas, desenvolvendo o trabalho e a coesão do grupo. • Fazer com que a tecnologia seja transparente para o aluno. • Estabelecer ligação, gerar entusiasmo, manter interesse, e ajudar nas dificuldades. • Fazer acontecer, ser um catalisador (quando necessário), identificar quando é necessário agir e fazê-lo. • Compreender as necessidades de cada um dos alunos e do grupo e ter a flexibilidade de ajustar o curso, na medida do possível, a essas necessidades. • Manter o foco no essencial, impedindo os alunos de se afastarem, e resolver os problemas técnicos ou de outra natureza. • Aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com o outro. • Não ter medo de se colocar e compartilhar suas experiências significantes com outros colegas. • Colocar nossas dúvidas e experiências sobre determinado tema. • Discutir o assunto com os colegas. • Acessar o ambiente diariamente e tirar suas dúvidas com o tutor. • Buscar orientação dos tutores. • Trocar experiências significativas, visando a construção crítica do conhecimento. • Construir seu próprio ponto de vista sobre o tema proposto e participe do fórum temático de discussão. • Compreender o computador como um ambiente cognitivo de aprendizagem. • Organizar sem tempo e desenvolver uma metodologia de estudo para aprimorar seu desempenho. • Dar as boas vindas aos participantes quando estes entram numa discussão.

Para LER e COMPREENDER

Para Ler e Compreender A leitura é fundamenta! para o desenvolvimento humano. Para que a leitura decorra tranquilamente, é necessário que a criança já tenha desenvolvido algumas habilidades lingüísticas. Para o processo de compreender, é importante extrair significados, correlacioná-los ao conhecimento de mundo, realizar inferências - habilidades que devem estar presentes também na língua oral. Mas não é só. Pelo menos nos primeiros anos de alfabetização. a compreensão depende da fluência da leitura (evitando um padrão muito segmentado que sobrecarregue a memória operacional), assim como da qualidade da leitura em termos de exatidão (precisão, ler as palavras corretamente, sem adivinhações ou trocas exacerbadas) 1. As crianças hoje em dia não vão mais à escola com o objetivo único de se alfabetizar, pois há muito mais exigências sociais e culturais numa sociedade moderna e letrada. Nesta perspectiva, leitura é uma atividade plural e tem, no mínimo, três frentes a serem consideradas: 1 - A frente instrumental da atividade de leitura: um leitor confrontado com um texto vai criar uma série de operações, de processos cognitivos, que são estratégias para identificar palavras escritas. 2 - A frente da compreensão da atividade de leitura: as operações, os métodos que o leitor lança mão diante de um texto, têm uma finalidade, um objetivo imediato - entender o texto. 3 - A frente cultural da atividade de leitura: o leitor deve ter um projeto que ultrapasse seu objetivo imediato de compreensão, um projeto como leitor, que inclui o conhecimento explícito das várias funções da escrita, bem como das diversas práticas culturais de leitura. Fonte: http://portalcienciaevida.uol.com.br

Por que INTERDISCIPLINARIDADE ?

Por que Interdisciplinaridade? A Interdisciplinaridade Os Projetos: sugestões de atividades interdisciplinares Em primeiro lugar, temos de ter em mente que a interdisciplinaridade é uma atitude a ser assumida. A seguir, ilustraremos como poderia ser desenvolvido um projeto interdisciplinar na escola, levando em conta as disciplinas incluídas. O tema será cidadania. Cidadania é um assunto bastante rico e uma necessidade dos nossos dias. Em um projeto pedagógico interdisciplinar, ela poderá ser enfocada por todas as disciplinas sob vários pontos de vista, o importante é que os alunos aprendam a olhar o mesmo objeto de estudo sob perspectivas diferentes. A Cidadania sob diversos olhares Vamos transitar pelas disciplinas (matérias), escolhendo o tema Cidadania, enxergando-a de pontos de vista diferentes, que algumas vezes se encontram e se complementam; em outros momentos se ampliam, se questionam, se negam ou se confirmam, mas na maioria das vezes se iluminam. A Cidadania do ponto de vista das Áreas do Conhecimento Quando enfocamos a Cidadania sob a ótica das Ciências Humanas, por exemplo, devemos estudar o conceito e escolher de que forma desejamos abordá-la. Se a Cidadania tem a ver com os direitos e deveres dos cidadãos de um país e está diretamente ligada à Constituição Federal, lei máxima de uma nação, pode­ mos começar pesquisando sobre o porquê da necessidade da Constituição. O que vem a ser Constituição? Qual foi a data da última Constituição outorgada em nosso país? Podemos investigar também a Declaração Universal dos Direitos Humanos, correlacionar Cidadania e direitos humanos. Estudar os direitos do cidadão, como igualdade, direito do consumidor, direito à moradia, direito à educação etc. Avançar nos estudos dos princípios para uma prática democrática de participação efetiva e pesquisar os modos de participação comunitária são conceitos diretamente proporcionais. Do ponto de vista da História, podemos nos perguntar: qual foi a primeira constituição elaborada na história da humanidade? Outra pergunta que poderemos fazer: qual foi a data e as circunstâncias da elaboração da primeira constituição do país, no caso o Brasil? Passando pela Geografia, abordando-a sob a ótica da Geografia Humana, isto é, o homem é um ser histórico, capaz de atuar no seu meio para transformá-lo, podendo melhorá-lo. Pode transformar seu bairro, criando órgãos para defesa de seus direitos; pode melhorar a escola, criando espaços físicos e de participação social e cultural. Este trabalho inicial traçado poderá partir da parte diversificada do currículo: filosofia, sociologia, antropologia, política e psicologia. Esta área de Fundamentos nos auxilia a construir o conceito Cidadania e, no trabalho com as outras áreas do conhecimento, exploramos, a praticabilidade dos conteúdos, conceitos e tecnologias que possam nos ajudar a transformar o meio por meio de projetos idealizados que venham ao encontro das necessidades da comunidade escolar e local. Podemos transformar o meio do ponto de vista ecológico, a partir de uma consciência cidadã, mantendo nosso espaço limpo, arborizado, estudando conceitos que nos oferece, passando pelo Tema Transversal Meio Ambiente. Podemos também lançar mão da Matemática, quando houver necessidade de transformar o espaço físico, por meio de mutirões para construção ou reforma dos espaços, fazendo cálculos, construindo maquetes etc. Na construção de cenários para peças teatrais, a Matemática pode ser trabalhada em conjunto com as disciplinas Língua Portuguesa e Arte, a fim de levar a mensagem aos espectadores. Os projetos nos levam a ações práticas, em que podemos exercitar a interdisciplinaridade e assim perceber o significado do que aprendemos, aplicando os conceitos. A cidadania poderá ser colocada em prática a partir da participação efetiva da comunidade escolar em algo que ela considere importante em sua escola ou na sua própria comunidade. A idéia levantada deverá ser realizada de maneira democrática; aqui aprofundaremos o conceito de democracia e entraremos pelo tema transversal Ética. A experiência mostra que, quando trabalhamos por meio de projetos, colocando em prática os conceitos e conteúdos aprendidos, a partir da convivência entre os indivíduos, o indivíduo e o grupo, os grupos entre si, e os grupos no coletivo, potencialidades, limitações e conflitos aparecem, auxiliando-nos no crescimento como indivíduos e como um todo. O exercício da democracia e da ética no dia-a-dia para a construção da cidadania é de grande importância para o indivíduo, como sujeito participativo de um coletivo e para o sujeito como indivíduo que constrói sua identidade a partir da convivência com os outros. Este é o lado mais humanizado do ensino, que tentamos resgatar. Necessidades como aprender a fazer, aprender a conhecer, aprender a conviver e aprender a ser são exercitadas diariamente. Quando os alunos começam a trabalhar por meio de projetos, percebem a importância prática de enviar a mensagem de forma clara ao público-alvo, seja a própria comunidade escolar ou local, por meio da elaboração de cartazes, de faixas, de murais, de textos informativos, de pequenos jornais escolares e decoração, que chamem a atenção para o que se deseja atingir; aqui promovemos o encontro da Língua Portuguesa, Arte e Informática. As disciplinas Língua Portuguesa, Arte e Educação Física poderão trabalhar de forma integrada, complementando-se, por meio de atividades como performances, teatro, números musicais, jograis etc., levando a mensagem da reflexão desenvolvida durante o processo do trabalho interdisciplinar. É por este trabalho que acontece o desenvolvimento integrado das habilidades e competências.

Apresentando os TEMAS TRANSVERSAIS

Apresentando os Temas Transversais Além desses temas, trabalhar com os temas locais selecionados pelas comunidades escolares, que devem levar em conta a realidade local, ou seja, a comunidade onde a escola está inserida. Por esse motivo, o aluno, além de estudar as disciplinas e conteúdos, passará, juntamente com seu educador e colegas, a desenvolver trabalhos conjuntos considerando os Temas Transversais que entendo como proposta interdisciplinar. Dizem os Parâmetros Curriculares Nacionais que "a proposta da interdisciplinaridade é estabelecer ligações de complementaridade, interconexões e passagens entre os conhecimentos". O aluno deverá desenvolver a capacidade de relacionar teoria e prática, no ensino de cada disciplina, ser capaz de fazer conexões entre todas as disciplinas que compõem seu currículo para a construção do conhecimento, que deverá supor a compreensão dos significados; e este processo deverá ter sentido para o aluno, um ensino contextualizado. A intenção aqui é a de que o aluno possa fazer uso do que aprendeu para sua vida e, especialmente, que desenvolva uma visão crítica da realidade, e mais, que possa participar desta realidade efetivamente. De acordo com a Nova LDB, na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista. Esse é o desafio para as escolas, professores e alunos, e o eixo integrador pode ser um objeto de conhecimento, um projeto de investigação ou um plano de intervenção, que deve partir da necessidade da comunidade escolar ou local. Isso é contextualização. Como vimos, os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem uma educação comprometida com a cidadania, em que as questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e reflexão do aluno. O trabalho com os Temas Transversais requer acima de tudo uma reflexão ética. Por quê? Dizem os PCNs: "Porque ética, além de ser um dos temas mais trabalhados do pensamento filosófico contemporâneo, é também um tema presente no cotidiano de cada um de nós. Ela reflete sobre as condutas humanas e discute a liberdade de escolha. Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético da convivência humana nas relações com várias dimensões da vida social: o ambiente (meio ambiente), a cultura (pluralidade cultural), a sexualidade (orientação sexual) e a saúde" (PCNs, v. 8, p. 29). Por que Ética? A Ética, segundo os PCNs, resume: "a reflexão sobre as diversas faces das condutas humanas deve fazer parte dos objetivos maiores da escola comprometida com a formação para a cidadania". (PCNs, v. 8, p. 32). A Ética, além de ser abordada nas disciplinas e nos demais Temas Transversais (pois estes também tratam de valores e normas), é o eixo norteador e discute a liberdade de escolha, de conduta, que implica a escolha de valores e normas, isto é, o posicionamento que tomamos na vida. E a pergunta que nos fazemos é: como vamos posicionar-nos e agir perante os outros? Com relação à Ética, à escola caberá realizar um trabalho que desenvolva a autonomia moral, no qual o respeito mútuo, o diálogo, a solidariedade e as noções de justiça estão incluídos e são também fundamentos da nossa Constituição, portanto, referências aos alunos. Por que Meio Ambiente? O conceito Meio Ambiente vem sendo construído e é utilizado para indicar o espaço em que um ser vive e se desenvolve (no caso do ser humano, ao espaço físico e biológico soma-se o "espaço sociocultural"). E lembre-se de que a educação ambiental está diretamente ligada ao exercício da cidadania e devemos nos perguntar: de que forma podemos intervir para melhorar o nosso meio? Por que Saúde? No tema transversal Saúde, o aluno deverá aprender a expressar suas necessidades de atenção à sua saúde e responsabilizar-se por ela. A Saúde deve ser discutida levando-se em conta que ela é produzida nas relações com o meio físico, social e cultural. O exercício da cidadania aqui compreende a motivação e a capacitação para o autocuidado, assim como a compreensão da saúde como direito e responsabilidade pessoal e social. Por que Orientação Sexual? Outro tema transversal é Orientação Sexual, devido à importância de estar bem informado sobre este assunto em nossos dias, bem como sobre a questão das doenças sexualmente transmissíveis (OST), principalmente a AIOS, que é considerada uma questão de saúde pública, pelo número alarmante de casos. Daí a necessidade de cuidados. No volume que trata de sexo, falamos de sentimentos, responsabilidade, de prevenção etc. Por que Pluralidade Cultural? Na construção do tema Pluralidade Cultural, o aluno vai notar noções importantes: conviver com os diferentes grupos respeitando os direitos e as liberdades dos outros, principalmente no Brasil, que é um país multifacetado; combater a discriminação, a exclusão e a violência, assegurando a solidariedade e a tolerância para podermos viver em sociedade. Por que Trabalho e Consumo? Existe ainda o Tema Transversal proposto com o título Trabalho e Consumo, que discute as formas de produção e comercialização da cultura. O trabalho e as leis trabalhistas, assim como o consumo e as leis de consumo, são tratados por este Tema Transversal
Esquema Conceitual 1 - O Ser Humano, tende à Igualdade no Princípio, e à Diferença na Realização. Isto é, ao nascermos, somos muito mais iguais do que ao sermos adultos. Todos os bebês têm necessidades bem simples e muito parecidas. Mas adultos, embora também compartilhem necessidades básicas equivalentes, tem outras necessidades existenciais que tendem a maior diferença. Sensibilidades, idéias, percepções e opiniões divergentes, bem como em muitos casos necessidades físicas mais complexas em virtude do modo distinto e pouco previsível com que o hábito, o desenvolvimento biológico e a interferência do meio influenciam cada um. 2 - Lamentavelmente, A maior parte dos sistemas sociais historicamente registrados tendem a desigualar os indivíduos no Princípio, e igualá-los na Realização. Crianças distintas nascem no mundo tendo suas necessidades atendidas de formas radicalmente diferentes. Umas sequer têm o básico, outras tem luxos demais, e suas oportunidades são fatalmente desiguais. Curiosamente, os adultos tendem a ser os mais igualados possível dentro das possibilidades do contexto. Estão submetidos às mesmas leis, com os mesmos direitos e deveres, espera-se deles os mesmos consensos, e quase toda a batalha cultural humana é uma tentativa quase desesperada de fazer o máximo possível de pessoas pensarem da mesma forma. 3 - Um sistema ideal deveria tratar os humanos com o máximo de igualdade possível na infância, para permitir o máximo de diferença possível na realização. E como a infância vem primeiro, é óbvio que deve receber alguma prioridade. A dicotomia Liberalismo X Progressismo, ou Direita X Esquerda, ou Conservadora X Reformadora, contempla parte deste esquema, mas não todo, e acaba caindo em erro. A "Esquerda" tem preocupação maior com a necessidade básica dos seres humanos, mas tem falhado na questão de suas necessidades mais sofisticadas, em sua realização. A "Direita" dá ênfase na liberdade individual desta realização, mas tem negligenciado a igualdade fundamental. Isso explica porque, nos casos de regimes que tendem mais à esquerda, ocorrem melhores condições de igualdade básica, no sistema de saúde e educação, e ao mesmo tempo piores condições de exercício da diferença, por meio da liberdade de associação política, comunicação e livre expressão de idéias, ou mesmo na capacidade de deslocamento. Também explica porque nos regimes que tendem mais à direita, ao mesmo tempo que existe essa possibilidade liberal de pensamento, ação e movimento, há menor igualdade de oportunidade, visto que crianças e jovens não estão, por herança, em condições equivalentes de realização, o que, afinal, termina por limitar a própria idéia de liberdade. Há que se considerar um mérito para a esquerda, doravante chamada somente de Progressismo, pelo simples fato de dar mais ênfase ao essencial, as condições fundamentais da existência. Mas também um demérito por terminar prejudicando a finalidade maior do ser humano, que é a realização de seu virtualmente infinito potencial. Mas voltando à simples dicotomia, espero que meu esquema conceitual esclareça um pouco a questão. Somos ao mesmo tempo iguais e diferentes, essencialmente iguais, mas potencialmente diferentes. Da igualdade essencial creio ser necessário falar pouco. Por mais díspares que sejam os comportamentos, pensamentos e hábitos de duas pessoas, nada muda o fato de que ambas precisam respirar e se alimentar, que pensam por processos cognitivos equivalentes e que em última instância canalizam para um mesmo objetivo final o resultado de seus esforços, isto é, a necessidade de uma realização pessoal com vista a uma noção, ainda que oculta, de Bem. Marcus Valério XR www.xr.pro.br/EnsaioslIgualdade-Liberdade.html