domingo, 25 de setembro de 2011

Como se deu a formação do povo brasileiro

Como se deu a formação do povo brasileiro

Dados das Aulas
Duração das Atividades
4 aulas de 50 minutos
O que o aluno poderá aprender com esta aula:

• Identificar as principais matrizes formadoras do povo brasileiro;
• Analisar a diversidade étnica e cultural existente entre os povos do Brasil;
• Verificar a contribuição de cada etnia para a formação do povo brasileiro.

Estratégias e recursos da aula

• Os recursos que serão utilizados na aula são: laptop, projetor de imagens, caixa de som e internet.

Atividade 1 - Conhecendo as matrizes formadoras do povo brasileiro

Para iniciar a discussão sobre a aula e com o objetivo de despertar o interesse da turma sobre o tema proposto o professor irá primeiramente através de um projetor de imagens e caixa de som, passar uma música para a turma que resgata as origens formadoras do povo brasileiro.

Música: Samba Enredo 2009 - A Mangueira Traz Os Brasis do Brasil Mostrando a Formação do Povo Brasileiro
G.R.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ)
Composição: Lequinho, Jr. Fionda, Gílson Bernini e Gusttavo.



Deus me fez assim filho desse chão
Sou povo, sou raça ... miscigenação
Mangueira viaja nos brasis dessa nação
O branco aqui chegou
No paraíso se encantou
Ao ver tanta beleza no lugar
Quanta riqueza pra explorar
Índio valente guerreiro
Não se deixou escravizar, lutou ...
E um laço de união surgiu
O negro mesmo entregue a própria sorte
Trabalhou com braço forte
Na construção do meu Brasil
É sangue, é suor, religião
Mistura de raças num só coração
Um elo de amor à minha bandeira
Canta a Estação Primeira
Cada lágrima que já rolou
Fertilizou a esperança
Da nossa gente, valeu a pena
De Norte a Sul desse país
Tantos brasis, sagrado celeiro
Crioulo, caboclo, retrato mestiço,
De fato, sou brasileiro!
Sertanejo, caipira, matuto ... sonhador
Abraço o meu irmão
Pra reviver a nossa história
Deixar guardado na memória ... o seu valor
Sou a cara do povo ... Mangueira
Eterna paixão
A voz do samba é verde e rosa
E nem cabe explicação".

Música disponível em: http://www.youtube.com/watch ?v=CIN3B5A5qZk.

Após terem ouvido a música, com o objetivo de fazer uma reflexão da música com o tema proposto, o professor irá levantar um debate em sala a partir das seguintes questões:
• O que a turma entende por matrizes formadoras do povo brasileiro?
• Para a turma o que é miscigenação?
• Quais são as matrizes formadoras que a música traz?
• Quais reflexões a partir da música podem ser levantadas sobre a formação do povo brasileiro?

Neste momento, cabe ao professor fazer os questionamentos para instigar a turma a falar sobre as reflexões que fizeram sobre a música, incentivando todos os alunos a participarem do debate.

Sendo o professor o mediador das discussões ele deverá fazer o fechamento das idéias levantadas pelos alunos a partir da música e reflexões sobre o tema proposto.

Atividade 2 - A Formação do povo brasileiro

Para dar continuidade ao tema, o professor irá solicitar à turma que se divida em grupos de cinco alunos.
A proposta da atividade é que o grupo realize um trabalho tentando responder as seguintes questões:

• Quais são os povos que deram origem ao povo brasileiro?
• Qual a influência étnico e cultural desses povos para o Brasil? Citando os índios, os brancos imigrantes e os negros trazidos da África.
• Como podemos caracterizar o povo brasileiro? Tentando retratar a mistura de raças.

Para isso, eles farão uma pesquisa através dos laptops interligados à internet, em sítios e vídeos para responder as questões colocadas no trabalho.

Sugestão de sítios para serem usados na pesquisa

http://www.brasilescola.com/historiag/brasileiro.htm

http://www.brasilescola.com/brasil/as-origens-povo-brasifeiro.htm

http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/537837

http://www.escolakids.com/o-povo-brasileiro.htm.

Sugestão de vídeos para serem usados na pesquisa

http://www.youtube.com/watch?v=xlqY8VAiAyw






Atividade 3 - Apresentação dos Trabalhos

Depois de realizado o trabalho, os grupos irão apresentar os resultados, para isso, deverá ter em sala um
projeto de imagens e caixa de som.

Lembrando que cada grupo terá dez minutos para apresentação e no intervalo delas o professor irá colocar
suas considerações sobre os trabalhos e ampliar as discussões sobre o tema abordado .

Neste momento, cabe ao professor ser o mediador das discussões, incentivando aos alunos expor o que
compreenderam sobre o que foi apresentado tanto pelo grupo quanto pelo professor.

Ao final das apresentações o professor irá fazer o fechamento das discussões levantadas em sala, e solicitar
Que os grupos encaminhem por e-mail as apresentações, para assim fazer as correções, se necessário.

Atividade 4 - Reflexão sobre o tema

Após todos terem maior conhecimento sobre o assunto em questão o professor irá através de um projetor de
imagens, trabalhar com a turma o seguinte poema:

Poema de Jorge Lima

Tempos e tempos passaram
Sobre teu ser
Da era cristã de 1500
Até estes tempos severos de hoje,
Quem foi que formou de novo teu ventre,
Teus olhos, tua alma?
Os modos de rir, o jeito de andar,
Pele,
Gozo, coração
Negro, índio ou cristão?
Quem foi que te deu esta sabedoria,
Mais dengo e alvura,
Cabelo escorrido, tristeza do mundo,
Desgosto de vida, orgulho de branco, algemas, resgates
{alforrias?
Foi negro, foi índio ou cristão?
Quem foi que mudou teu leite,
Teu sangue, teus pés,
Teu modo de amar,
Teus santos, teus ódios
Teu fogo
Teu suor,
Tua espuma,
Tua saliva, teus braços, teus suspiros, tuas
[comidas,
te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão?


http://pt.shvoong.com/books/1988088-poema-jorge-lima/



Para se trabalhar o poema, o professor irá abrir para debate, com o objetivo de conhecer as impressões da turma e as relações que eles conseguem fazer com o contexto trabalhado em sala e a vivência deles enquanto cidadãos inseridos neste espaço de miscigenação. Neste momento, cabe ao professor mediar às discussões trazidas pela turma e fazer este elo de comparações caso os alunos não consigam atingir este objetivo.

Avaliação

O processo de avaliação será no decorrer das aulas durante a realização das atividades onde o professor irá avaliar o aluno nos seguintes aspectos: compromisso no desenvolvimento das tarefas envolvimento com a pesquisa; participação; comunicação; interação com o outro; e, a forma com que os alunos conseguem expor suas idéias na apresentação e nos debates.


Fonte:Portaldoprofessor.mec.gov.br/fichatecnicaaula

DIVERSIDADE CULTURAL

Diversidade Cultural

A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões. Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.
Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão abordados.

Região Nordeste

Entre as manifestações culturais da região estão danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. Manifestações religiosas como A festa de Iemanjá e lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina. O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão verde, canjica, arroz doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha.

Região Norte

A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi bumbá do país, que ocorre em junho no Amazonas. Outros elementos culturais da região Norte são: o carimbo, o congo ou congada, a folia de reis, a festa do divino.
A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro,ada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outros Festival de Parintins (AM)

Região Centro-Oeste

A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, recebendo contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goiás, o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, maria isabel, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como o Pintado, Pacu e Dourado, entre outros.

Região Sudeste

Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó. A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etc.

Região Sul

O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. As festas típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã). Também integram a cultura sulista: o fandango de influência portuguesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho.

POVOS NO BRASIL

Povos no Brasil

As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis de mestiçagem e pureza. É difícil afirmar até que ponto cada elemento étnico era ou não previamente mestiçado.
A miscigenação no Brasil deu origem a três tipos fundamentais de mestiço:

Caboclo = branco + índio

Mulato = negro + branco

Cafuzo = índio + negro

Brancos

Os portugueses trouxeram um complicado caldeamento de lusitanos, romanos, árabes e negros, que habitaram em Portugal. Os demais grupos vindos em grande número para o Brasil em diversas épocas -- italianos, espanhóis, alemães, eslavos, sírios -- também tiveram mestiçagem semelhante. A partir de então, a migração tomou-se mais constante. O movimento de portugueses para o Brasil foi relativamente pequeno no século XVI, mas cresceu durante os cem anos seguintes e atingiu cifras expressivas no século XVIII. Embora o Brasil fosse, no período, um domínio de Portugal, esse processo tinha, na realidade, sentido de imigração.
A descoberta de minas de ouro e de diamantes em Minas Gerais foi o grande fator de atração migratória. Calcula-se que nos primeiros cinqüenta anos do século XVIII entraram, só em Minas, mais de 900.000 pessoas. No mesmo século, registra-se outro movimento migratório: o de açorianos para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazônia, estados em que fundaram núcleos que mais tarde se tornaram cidades prósperas.
Os colonos nos primeiros tempos estabeleceram contato com uma população indígena em constante nomadismo. Os portugueses, embora possuidores de conhecimentos técnicos mais avançados tiveram que aceitar numerosos valores indígenas indispensáveis à adaptação ao novo meio. O legado indígena tomou-se um elemento da formação do brasileiro. A nova cultura incorporou o banho de rio, o uso da mandioca na alimentação, cestos de fibras vegetais e um numeroso vocabulário nativo, principalmente tupi, associado às coisas da terra: na toponímia, nos vegetais e na fauna, por exemplo. As populações indígenas não participaram inteiramente, porém, do processo de agricultura sedentária implantado, pois seu padrão de economia envolvia a constante mudança de um lugar para outro. Daí haver o colono recorrido à mão-de-obra africana.
O Brasil é o país de maior população branca do mundo tropical.

Negros

Os negros, trazidos para o Brasil como escravos, do século XVI até 1850, destinados à lavoura canavieira, à mineração e à lavoura cafeeira, pertenciam a dois grandes grupos: os sudaneses e os bantos. Os primeiros, geralmente altos e de cultura mais elaborada, foram sobretudo para a Bahia. Os bantos, originários de Angola e Moçambique, predominaram na zona da mata nordestina, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Surgiu assim o terceiro grupo importante que participaria da formação da população brasileira: o negro africano. É impossível precisar o número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas.

Índios

Os indígenas brasileiros pertencem aos grupos chamados paleoameríndios, que provavelmente migraram em primeiro lugar para o Novo Mundo. Estavam no estádio cultural neolítico (pedra polida). Agrupam-se em quatro troncos lingüísticos principais: o tupi ou tupi-guarani, o jê ou tapuia, o caraíba ou karib e o aruaque ou nu-aruaque. Há além disso pequenos grupos lingüísticos, dispersos entre esses maiores, como os pano, tucano, bororo e nhambiquara. Atualmente os índios acham-se reduzidos a uma população de algumas dezenas de milhares, instalados sobretudo nas reservas indígenas da Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste. A esses três elementos fundamentais vieram inicialmente acrescentar-se os mestiços surgidos do cruzamento dos três tipos étnicos anteriores, e cujo número observou tendência sempre crescente. Ocupam portanto lugar de grande destaque na composição étnica da população brasileira, representados pelos caboclos (descendentes de brancos e ameríndios), mulatos (de brancos e negros) e cafuzos (de negros e ameríndios).
A marca da imigração no Brasil pode ser percebida especialmente na cultura e na economia das duas mais ricas regiões brasileiras: Sudeste e Sul.
A colonização foi o objetivo inicial da imigração no Brasil, visando ao povoamento e à exploração da terra por meio de atividades agrárias. A criação das colônias estimulou o trabalho rural. Deve-se aos imigrantes a implantação de novas e melhores técnicas agrícolas, como a rotação de culturas, assim como o hábito de consumir mais legumes e verduras. A influência cultural do imigrante também é notável.
A imigração teve início no Brasil a partir de 1530, quando começou a estabelecer-se um sistema relativamente organizado de ocupação e exploração da nova terra. A tendência acentuou-se a partir de 1534, quando o território foi dividido em capitanias hereditárias e se formaram núcleos sociais importantes em São Vicente e Pernambuco. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e indígenas.

Outros Grupos

Os principais grupos de imigrantes no Brasil são portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses, que representam mais de oitenta por cento do total. Até o fim do século XX, os portugueses aparecem como grupo dominante, com mais de trinta por cento, o que é natural, dada sua afinidade com a população brasileira. São os italianos, em seguida, o grupo que tem maior participação no processo migratório, com quase trinta por cento do total, concentrados sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país. Seguem-se os espanhóis, com mais de dez por cento, os alemães, com mais de cinco, e os japoneses, com quase cinco por cento do total de imigrantes.

Repensar a INDISCIPLINA

Projeto Institucional
Repensar a indisciplina


Introdução

Para mudar a perspectiva em relação à indisciplina, é imprescindível que a escola se responsabilize cotidianamente por garantir um ambiente de cooperação, em que o valor humano, o respeito, a dignidade e a integridade marquem as relações. Essa conquista pode se dar por meio de um percurso de formação continuada para toda a equipe. Ao mesmo tempo, é preciso ter em mente que conflitos sempre vão ocorrer e não é possível esperar o fim da formação para resolvê-los. Lembre-se de que o mais importante é lidar com a causa do conflito e não apenas atribuir culpa e impor punições. Pouco importa quem começou uma discussão. O fundamental é analisar o que levou as pessoas a ter dificuldade de negociar soluções justas e respeitosas. Para ajudar nesse momento intermediário, apresentamos quatro estratégias.

1. Demonstrar que a honestidade será sempre considerada importante. Os alunos devem aprender que o que têm a dizer pode, sim, irritar o professor. Mas, em qualquer circunstância, em vez ser punido por ter sido autêntico, ele deve ser orientado a perceber que o sentimento de bem-estar por ter seguido o valor da verdade é o que mais conta.

2. Não agir de improviso. Manter-se calmo e controlar suas reações. Os problemas não precisam ter uma resposta imediata por parte da equipe escolar. Agir de improviso pode levar a atitudes pouco adequadas.

3. Reconhecer sentimentos e orientar comportamentos. Ficar bravo e com raiva é uma reação natural de qualquer ser humano. Dizer ao aluno "você não pode se sentir assim" ou "você não pode ficar com raiva do seu amigo" é, portanto, inadequado. Oriente-o dizendo algo do tipo: "Você deve mesmo ter ficado muito bravo, mas bater no colega resolveu o problema?"

4. Acreditar que o conflito pertence aos envolvidos. Isso não significa aceitar qualquer alternativa de resolução ou se alienar do problema. Você deve ser um mediador, ajudando-os a descrever o problema, incentivar que falem sobre os sentimentos e as ações e busquem soluções, sempre incidindo sobre a causa e respeitando princípios. Acompanhe, a seguir, uma proposta de formação para a equipe, fundamentada na bibliografia indicada em cada etapa.

Objetivos

• Promover uma mudança de olhar em relação à indisciplina, estudando conceitos de desenvolvimento moral e ético e adotando-os como conhecimento necessário ao processo educacional.
• Estimular a equipe a refletir sobre a própria postura.
• Conhecer os princípios de um ambiente de cooperação.
• Analisar o regimento da escola.
• Orientar a atuação da equipe frente a situações de conflito.

Conteúdos

• Desenvolvimento moral.
• Ética.
• Valores humanos.

Tempo estimado

No mínimo um ano, com reuniões semanais no horário de trabalho coletivo. Os problemas não acabam depois desse período. O objetivo é que todos aprendam a lidar com eles.



Desenvolvimento

1ª etapa

Para começar, levante com a equipe quais as principais situações de indisciplina na visão deles. Organize o grupo em duplas. Cada uma deverá classificar as situações em categorias e apresentá-las. Anote os resultados e guarde-os para retomá-los no fim da formação. O próximo passo é aproximá-los do significado de indisciplina. O que a distingue da violência, por exemplo? Para isso, além de consultar a bibliografia, use o mapa conceitual disponível no site para orientar a discussão dos seguintes pontos:

• A indisciplina escolar é um sintoma de que algo não vai bem. Se há conflitos, a falha está na relação e não nas pessoas.
• O comportamento indisciplinado é algo a ser alterado, mas isso só vai acontecer se as responsabilidades forem divididas entre todos. Não é mais possível dizer que "aqueles alunos do professor X são bagunceiros". Os alunos são de todos e deve haver parceria para transformar a situação.

BIBLIOGRAFIA O Mapa do Problema Escolar: Quando a Cidadania Parece Não Ser Possível (Anais do XXII Encontro Nacional de Professores do Proepre - Educação e Cidadania), Luciene Tognetta

2ª etapa

O foco da discussão se desloca para a origem da indisciplina. A idéia é discutir a prática da equipe escolar, as propostas didáticas, o domínio do professor sobre o conteúdo, sua postura frente ao aluno e sua ação em situações de conflito (como citado na introdução).

BIBLIOGRAFIA Estratégias de Intervenção nos Processos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal Docentes (11 Congresso Internacional do CIDInE: Novos Contextos de Formação, Pesquisa e Mediação), Ana Aragão e Idália Sá-Chaves

3ª etapa

Realize o acompanhamento direto do trabalho docente em sala de aula, com gravação em vídeo ou observação e registro realizado pelo coordenador durante as aulas, momentos de recreio, entrada e saída, dependendo de onde o problema se localiza. Em seguida, o grupo deverá discutir a postura do professor e dos alunos com base nos conceitos estudados. Aqui, é obrigatório que o observado consinta em ser objeto de análise e discussão.

BIBLlOGRAFIA Autoscopia: Um Procedimento de Pesquisa e de Formação (Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 30, n. 3, p.419-433), Ana Aragão e Priscila Larocca

4ª etapa

Para seguir uma regra, é preciso entender sua razão de ser. Se não houver explicação que a justifique,
a restrição pode e deve ser questionada. A idéia, nessa etapa, é analisar o regimento da escola. Os problemas têm mais a ver com as regras morais ou com as convencionais? Os princípios que fundamentam o projeto pedagógico devem ser discutidos. Como sugestão, tome como base a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

BIBLIOGRAFIA Viajantes Destemidos sem Mapas Precisos: Professores-Formadores (Professor Formador: Histórias Contadas e Cotidianos Vividos, Ed. Mercado de Letras), Vera Lucia Sabongi de Rossi

Avaliação

Por meio de questionários, peça aos alunos, funcionários e pais que analisem se houve avanços. Resgate a listagem feita no começo do projeto e peça que a equipe docente altere o que achar necessário, revendo as categorias definidas anteriormente.

Consultoria ANA ARAGÃO, professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de

terça-feira, 23 de agosto de 2011

MEU HERÓI


Meu herói

Meu herói. Este é o nome de matéria de uma revista de circulação
nacional, que apresentou ao público relatos muito valiosos.
Abaixo do título do artigo veio escrito:
Todo mundo tem um ídolo assim: em vez de voar ou soltar raios, seu
superpoder é o de repassar valores que moldam nosso caráter e nos
acompanham pela vida inteira.
Em seguida, as jornalistas apresentam diversos relatos de pessoas
falando sobre seus ídolos especiais – esses heróis que lhes deixaram
uma contribuição imensurável para a vida.
Deixaram bons exemplos, bons valores. Deixaram uma referência de
conduta que lhes permitiu passar pela vida com maior segurança.
Os relatos são belíssimos, singelos, emocionantes.
Um deles, de uma menina de 18 anos, dizia assim:
Meu avô abandonou a família quando meu pai tinha 5 anos. Tempos depois,
apareceu em nossa casa, velho e doente.
Meu pai cuidou dele até a morte. Naquele dia, jurei fazer o mesmo:nunca
abandonar esse homem tão generoso: meu pai, meu exemplo, meu herói.
Percebamos a beleza desta breve narrativa. Imaginemos que exemplo esse
pai está deixando para as próximas gerações!
Um exemplo de amor, de dedicação, de perdão.
Filhos criados em lares que lhes apresentam estas referências elevadas,
honrosas, têm muito mais chance de se tornarem homens e mulheres de
bem.
Os pais da nova era precisam ter esta vontade de se tornarem heróis
para seus filhos, heróis da dignidade, da honestidade, da fraternidade.
Se os filhos encontram seus ídolos dentro do lar, quem sabe possam ser
menos influenciados pelos ídolos do momento, pelos ícones instantâneos
dos dias atuais, tão perigosos.
Se é natural que as crianças, que os adolescentes e jovens imitam
aquilo que julgam interessante, que esta imitação possa ter, no seio da
família, uma fonte inesgotável e de qualidade superior.
Depois da vontade, precisam ter o esforço e a abnegação, pois para ser
herói de verdade é preciso se dedicar, planejar as ações. Construir em
casa uma fonte de boas referências em tudo.
O exemplo vivenciado entre as paredes de um lar possui uma força
inimaginável, na construção do caráter da alma infantil.
Não se exige perfeição dos progenitores, de forma alguma. Aliás: a
constatação das falhas, das deficiências também é parte importante da
construção de um herói.
Heróis não são seres perfeitos: são seres que buscam a perfeição, dia
após dia, batalha após batalha.
Que os pais possam ter em mente este objetivo: de deixarem, a cada dia,
ano após ano, um jardim de boas referências a seus filhos.
Tais exemplos terão a força de modificar as próximas gerações, pois se
forem fortes o suficiente, se marcarem a vida dos filhos, certamente
seguirão na direção de netos, bisnetos, etc.
Que os pais deixem belas histórias, belas lembranças, que serão sempre
um grande farol a guiar os filhos nos momentos de dificuldade.
Estes são os heróis dos novos tempos: os homens e mulheres de bem que
deixarão o legado dos exemplos inesquecíveis, das lições que jamais se
poderá olvidar.

Redação do Momento Espírita com base em matéria de Ana Luísa Vieira e
Juliana Dias, da revista Sorria, de abril/maio 2011.
Em 11.08.2011.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nem JESUS aguentaria ser professor nos dias atuais

Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje....
O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado
sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...?

Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!

E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes..."

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ARTIGO Arnaldo Jabor

> ARTIGO
> Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
> Como tudo na vida.
> Detesto quando escuto aquela conversa:
> - 'Ah, terminei o namoro...'
> - 'Nossa, quanto tempo?'
> - 'Cinco anos....
> Mas não deu certo...acabou
> 'É não deu...?
> Claro que deu!
> Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
> E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
> Não acredito em pessoas que se complementam.
> Acredito em pessoas que se somam.
> Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
> E não temos esta coisa completa.
> Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
> Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
> Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
> Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
> Tudo nós não temos.
> Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
> Pele é um bicho traiçoeiro.
> Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
> E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
> Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate....se joga...se não bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
> Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
> O outro tem o direito de não te querer.
> Não lute, não ligue, não dê pití.
> Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
> Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
> O ser humano não é absoluto.
> Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta.
> Nada de drama.
> Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
> O legal é alguém que está com você por você.
> E vice versa.
> Não fique com alguém por dó também.
> Ou por medo da solidão.
> Nascemos sós.
> Morremos sós.
> Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
> E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
> Tem gente que pula de um romance para o outro.
> Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
> Gostar dói.
> Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
> Faz parte.
> Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
> E nem sempre as coisas saem como você quer...
> A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
> Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
> Se não quer se envolver, namore uma planta.
> É mais previsível.
> Na vida e no amor, não temos garantias.
> E nem todo sexo bom é para namorar.
> Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
> Nem todo beijo é para romancear.
> Nem todo sexo bom é para descartar.
> Ou se apaixonar.
> Ou se culpar.
> Enfim...quem disse que ser adulto é fácil? Arnaldo Jabor

sábado, 23 de julho de 2011

DIVERSIDADE CULTURAL

A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões.

Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.

Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão abordados.

Região Nordeste

Entre as manifestações culturais da região estão danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. Manifestações religiosas como A festa de Iemanjá e lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina. O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão verde, canjica, arroz doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha.

Região Norte

A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi bumbá do país, que ocorre em junho no Amazonas. Outros elementos culturais da região Norte são: o carimbo, o congo ou congada, a folia de reis, a festa do divino.
A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro. ada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outrosFestival de Parintins (
Região Centro-Oeste

A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, recebendo contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goiás, o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, maria isabel, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como o Pintado, Pacu e Dourado, entre outros.
Região Sudeste

Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó.
A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etcRegião Sul.
Região Sul

O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. As festas típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã). Também integram a cultura sulista: o fandango de influência portuguesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A SOCIOLOGIA e a MISÉRIA HUMANA

A Sociologia e a miséria humana

Levar à consciência os mecanismos que tornam a vida dolorosa, inviável até, não é neutralizá-los; explicar as contradições não é resolvê-las. Mas, por mais cético que se possa ser sobre a eficácia social da mensagem sociológica, não se pode anular o efeito que ela pode exercer ao permitir aos que sofrem que descubram a possibilidade de atribuir seu sofrimento a causas sociais e assim se sentirem desculpados; e fazendo conhecer amplamente a origem social, coletivamente oculta, da infelicidade sob todas as suas formas, inclusive as mais íntimas e as mais secretas.


BOURDIEU, Pierre (coord.). A miséria do mundo.
Petrópolis: Vozes, 1997. p. 735.





Tarefa da Sociologia

Não há escolha entre maneiras "engajadas" e "neutras" de fazer sociologia. Uma sociologia descomprometida é uma impossibilidade. Buscar uma posição moralmente neutra entre as muitas marcas de sociologia hoje praticadas, marcas que vão da declaradamente libertária à francamente comunitária, é um esforço vão. Os sociólogos só podem negar ou esquecer os efeitos de seu trabalho sobre a "visão de mundo", e o impacto dessa visão sobre as ações humanas singulares ou em conjunto, ao custo de fugir à responsabilidade de escolha que todo ser humano enfrenta diariamente. A tarefa da sociologia é assegurar que essas escolhas sejam verdadeiramente livres e que assim continuem, cada vez mais, enquanto durar a humanidade.


BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 246.





1. A Sociologia é necessária para a compreensão da sociedade em que vivemos? Por quê?


2. No seu entendimento, a Sociologia pode contribuir para que haja mais liberdade de pensamento e de ação?

TELEVISÃO E SEXUALIDADE

Televisão e sexualidade


O famoso autor de novelas Agnaldo Silva, ao responder se o bombardeio de sexo na televisão aberta pode, de alguma maneira, estimular a sexualidade precoce nas crianças; respondeu da seguinte forma:
Não é só na TV aberta. No Brasil houve um momento em que esse negócio de sexo exacerbou de tal maneira que as meninas de 12 anos agora são moças! [...] É uma coisa pavorosa, porque você vê crianças com um apelo sexual incrível! Está errado! Isso foi uma mudança cultural no Brasil dos anos 1980 para cá que ainda não foi devidamente estudada pelos antropólogos e sociólogos de plantão, que estão mais preocupados com a política do que com qualquer outra coisa e não percebem que isso também é política. [...]
A brasileira não é diferente de nenhuma outra mulher do mundo, mas a levaram a acreditar que ela é um vulcão de sensualidade, e agora a maioria se comporta como tal. Vi em várias ocasiões pais que incentivavam filhas de 7 anos a dançar na boquinha da garrafa! Essas coisas estão na TV, nas revistas, em todos os lugares! Aonde é que vamos parar? Foi por isso que botei aquela personagem adolescente grávida na novela, porque passei três vezes na frente de uma maternidade do Estado e vi que na fila das grávidas, onde havia umas 30 mulheres, pelo menos 20 eram adolescentes, e pelo menos duas não teriam mais que 11 anos. Todas lá, com o barrigão de fora, como se dissessem com orgulho “olha até onde me levou a minha sensualidade!”



SILVA, Agnaldo. In: DANNEMANN, Fernanda. A próxima
atração. Cult: revista brasileira de literatura, São Paulo,
n. 91, abr. 2005, p. 8-11,





1) Você acha que a situação descrita por Agnaldo Silva é apenas uma visão pessoal ou é algo concreto, que pode ser observado no cotidiano?

2) Você acredita que a televisão tem o poder de afetar o comportamento das jovens

3) Ao explorar cenas de sexo, as novelas formam uma visão distorcida da vida sexual do brasileiro? Que interesse haveria em constituir a imagem da mulher brasileira como "um vulcão de sensualidade"?

TELEVISÃO:RECONHECIMENTO e SOCIABILIDADE

Televisão: reconhecimento e sociabilidade

Maria Conceição Gomes de Melo

A Tv possibilita a leitura diária e constante dos fatos do cotidiano e é um meio que necessita ser problematizado como um elemento formador de pessoas, por isso deve ser absorvida criticamente

A escola deve refletir acerca da formação de jovens diante do uso das tecnologias, repensando a importância dos meios de comunicação, sobretudo da televisão, na vida da sociedade contemporânea, organizada cada vez mais em torno dos consumos simbólicos propostos pela mídia.
Dessa forma, a escola e os professores, na produção do currículo e na organização da prática pedagógica, devem levar em consideração que a Educação e a comunicação funcionam como um processo cada vez mais (inter) relacionado. Os estudantes estão se desenvolvendo em meio aos avanços tecnológicos e as mudanças socioculturais resultantes dos meios de comunicação de massa.
Estes jovens valorizam os conhecimentos e as informações que adquirem através da televisão e se organizam em comunidades de consumidores que se formam a partir do que propõe a mídia. De acordo com o doutor em filosofia Néstor Canclini, quanto mais jovem for a pessoa mais seu comportamento depende desses circuitos.
Canclini afirma que as novas identidades são construídas e socializadas a partir da lógica do consumo e, principalmente, do que propõe a televisão, ressaltando a importância da telenovela na vida das pessoas, já que estas narrativas colocam em jogo o “drama do reconhecimento”, aparecendo, assim, uma nova forma de sociabilidade.
O autor enfatiza que, durante muito tempo, os livros escolares, os museus, os rituais e discursos políticos foram os dispositivos com que se formulou a identidade de cada nação, consagrando sua retórica narrativa. Na primeira metade do século XX, o rádio e o cinema contribuíram para organizar os “relatos da identidade nacional” numa cultura visual de massa. Com a chegada da televisão, esta função se renova, estrutura-se o imaginário da modernização desenvolvimentista e mostra-se um outro modo de estabelecer identidades e construir a diferença.
A partir dessa época, as personagens dos filmes de tevê, principalmente das telenovelas, tornam-se ponto de referência para milhões de indivíduos, que podem nunca interagir, mas partilham a experiência comum de uma memória coletiva. O autor atribui este fato às mudanças econômicas, tecnológicas e culturais impostas pela globalização, associadas à capacidade de apropriação de bens de consumo e à maneira de usá-los, alterando as possibilidades e as novas formas de exercer a cidadania.
O doutor em filosofia questiona: ”por que a novela influencia tanto as pessoas?”. Para ele, nunca nenhum gênero recebeu tanto destaque entre os setores populares como o melodrama. O sucesso do folhetim televisivo fez aparecer outra forma de sociabilidade, em que as pessoas se identificam com as personagens da trama, muitas vezes por desconhecer seus direitos nos contratos sociais das grandes estruturas sociopolíticas.
Para a jornalista e mestra em educação Rosa Maria Bueno Fischer, a importância de discutir a televisão na escola é fundamental pelo seu alcance espetacular na divulgação de produtos que são consumidos por diferentes grupos de jovens que, muitas vezes, criam, através da imagem, valores considerados válidos pelos grupos de prestigio.
Aquele que é considerado o “diferente”, muitas vezes, é tratado de forma preconceituosa, como nas novelas de grande audiência nacional e nos programas de humor. Ali, a mulher aparece como objeto, se utilizando apenas da sensualidade para ganhar o reconhecimento dos homens, o homossexual masculino é sempre extravagante e afeminado, o idoso, o tolo e o gordo estão sempre em situação de deboche.
Dessa forma, reforço a necessidade de constantes debates na escola sobre os conhecimentos que são considerados válidos na tevê, quebrando o preconceito de que a televisão afasta o aluno dos livros. A televisão é um recurso que possibilita a leitura diária e constante dos fatos do cotidiano, é um meio que necessita ser problematizado como elemento formador das pessoas e, por isso mesmo, deve ser lido criticamente pelos jovens e telespectadores.
A verdadeira inclusão escolar, hoje, só será realmente concebida, a partir da melhoria do ensino público, na redefinição da prática pedagógica que estabeleça um currículo pautado na compreensão dos estudos culturais, capaz de compreender a juventude e sua cultura, os fundamentos da diversidade, da identidade e da diferença, para criar autonomia no sujeito e valorizar suas múltiplas dimensões.

As CARACTERÍSTICAS da SOCIEDADE ATUAL

AS CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ATUAL

1ª. Exclusão social com falta de empregos aos jovens que se preparam para ingressar no mercado de trabalho;

2ª. despreparo dos candidatos que procuram ingressar no mercado de trabalho para assumir os encargos nos moldes exigidos pelos empregadores;

3ª. enfraquecimento do vínculo familiar com a liberação da mulher e seu ingresso no mercado de trabalho, até por uma questão de sobrevivência da família;

4ª. abandono dos menores nas ruas por incapacidade das famílias em retê-los em suas casas e até de sustentá-los;

5ª. decadência da qualidade do ensino público que não capacita as crianças e adolescentes a ler nem escrever ao final do ensino primário;

6ª. ação nefasta dos traficantes e atravessadores de drogas que contaminam jovens e adultos de todos os setores sociais;

7ª. aumento da violência e da criminalidade dos jovens, superlotando as casas de reclusão como as Febens que têm se mostrado ineficazes na ressocialização dos internados;

8ª. superlotação das cadeias e presídios que, sob todas as formas, se mostram incapazes de dar condições humanas aos encarcerados, além de não lhes possibilitar internamente cursos de formação profissional para que, após o cumprimento das penas, possam com dignidade, serem reintegrados à sociedade e ao mercado de trabalho ;

9ª. índices crescentes de gravidez entre as meninas em faixas etárias em que ainda não adquiriram desenvolvimento físico, mental e psicológico, nem possuem suporte familiar capaz de dar apoio às implicações de uma precoce gravidez;

10ª. mudanças sociais impostas pela globalização, privilegiando países ricos em detrimento dos subdesenvolvidos, obrigando-os a empréstimos cujos juros são eternamente renovados com pesado ônus às populações e imposibilitando-lhes o crescimento econômico e uma geração de novos empregos e justa distribuição de renda.

11ª. alteração dos produtos consumidos pelas populações com a introdução dos transgênicos com conseqüência ainda não cientificamente avaliada nas pessoas, na fauna e na flora do mundo;

12ª. alterações do eco-sistema com a destruição da camada de ozônio ampliando a ocorrência do câncer de pele; a aplicação de hormônios nas aves e animais provocando doenças desconhecidas no ser humano; a diminuição do volume de água provocando a presença de mercúrio nos rios causando o envenenamento, destruindo a fauna e a flora, bem como a população ribeirinha;o degelo progressivo dos pólos provocando preocupação aos governos e nações do planeta que temem pelo futuro; a presença de ciclones, tufões, tsunamis e outros fenômenos, em locais ainda não anteriormente notados;

13ª. experiências científicas com a coleta do sangue de cordão logo após nascimento, para obtenção de células tronco, material do qual se pode obter, em princípio qualquer tipo de célula. Já estão sendo criados os bancos públicos de células de cordão, com potencial para beneficiar qualquer um que venha a precisar desse tipo de terapia. Seriam suficientes, calcula-se que 12 mil cordões para garantir compatibilidades com qualquer brasileiro, caso necessite de um transplante (heterólogo, nesse caso). Atualmente só existem os bancos privados de células fiscalizados pela Anvisa e Conselho Federal de Medicina –CFM que cobram acima de 3 mil reais por esse tipo de serviço fora as anuidades de R$300 a R$600 para manter o material congelado.

14ª. clonagem por enquanto aplicadas em animais, mas que, excepcionalmente, buscando a cura de doentes como o mal de Alzheimer acaba de ser autorizada no Reino Unido, podendo ser copiado em países despreparados para tal ou ser usada por seres inescrupulosos com sérios riscos para a raça humana; o que equivale dizer, que o homem se atreve a brincar de Deus, alterando os códigos genéticos e criando aberrações para atendimento do seu luxo criativo, interferindo no processo de criação até agora uma atribuição divina. É preciso compreender-se que o ser humano ainda não sabe sequer brincar de homem, desde que, na maioria das vezes, quando o intenta, seu jogo se transforma em conflito de guerra com destruição à vista.

15ª.ameaças periódicas de utilização de armas bacteriológicas e de gases letais que pairam terrivelmente ao lado de equipamentos mucleares estocados com capacidade de destruição do planeta várias vezes, reduzindo-o a poeiraestelar.

16ª. 16a. aplicação da regressão da memória que bons benefícios possa trazer aos pacientes é válida quando feita com objetivos nobres de cura mas, quando realizada sem uma orientação competente e especializada, destituída de objetivos nobres, animada por simples curiosidade ou frivolidade descabida, sempre pode resultar em desastre, isto é, imprevisível sucesso muitas vezes de sabor amargo;

17ª. a internet modificou dramaticamente o domínio do romântico e poderá im rque possuem auras azuis, nascidas a partir de 1980 com caráter, personalidade, características próprias, e que intrigam a ciência pelas suas diferenças na estrutura do DNA. Segundo opiniões (veja “Crianças Índigo Mentes Brilhantes” de Ana Gaspar, em vídeo, que afirma estarem as crianças índigo entre nós para promover uma verdadeira transformação na organização social, educacional, familiar e espiritual do Planeta);

19ª. enfraquecimento do estado como instituição, com omissão de suas funções básicas e tradicionais de educação, saúde, justiça, ordem pública e social, gerando em seus vazios de atividade ou de ações tradicionais a oportunidade do surgimento de poderes paralelos sustentados pela máfias da droga, do jogo clandestino, e do contrabando de armas feito a partir das longas fronteiras desguarnecidas de policiamento e de outras formas comandadas até a partir dos presídios do país;

20ª. Finalmente a fome, flagelo da humanidade, resultado da exploração dos estados industrializados sobre os países pobres ou quando muito detentores de uma monocultura em termos de agricultura ou mineração ou resultante das guerras pelo poder como na África, Xexênia, Iraque, Afeganistão, em favor dos grandes paises fornecedores de armas de destruição em massa. Ainda a má distribuição de rendas resultantes de más políticas governamentais bem como da insensibilidade dos homens mais afortunados em socorrer pela benemerência aqueles mais humildes das periferias urbanas e rurais, etc.

Conclusão:O que a grande maioria quer é viver, trabalhar, interagir, sonhar e se realizar, mas como ela é pobre, e desempregada, não tem como abrir uma empresa e se cadastrar; só lhe resta vender pelas ruas e praças os produtos que chegam via contrabando, descaminho, e produtos de roubos de cargas que a polícia e o fisco pouco conseguem interceptar.

Se o governo é incapaz de cobrar os inadimplentes, bem entendido não aqueles das microempresas, mas aqueles que devem e podem pagar mas não o fazem, de combater eficazmente a sonegação e de desmascarar e processar ao laranjas e aqueles que os geram, não queira esse governo omisso pretender que o povo pague a conta de sua omissão, simplesmente elevando alíquotas dos impostos daqueles contribuintes que são regulares, honestos e pontuais.

Mas não nos culpemos por todo o mal que ocorre no mundo atual, afinal somos humanos e falíveis.

Foi muito confortante ouvir por ocasião do último Natal a mensagem do Rei Roberto Carlos no seu último CD a música Seres Humanos, feita em co-autoria com o seu amigo de sempre Erasmo Carlos:

“Mas que negócio é esse de que somos culpados
De tudo que há de errado sobre a face da Terra!
Buscamos apoio nas religiões
E procuramos verdades em suposições
Católicos, judeus, espíritas e ateus
Somos maravilhosos
Afinal, somos filhos de Deus”.
“Somos Seres Humanos
Só queremos a vida mais linda

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A SOCIEDADE SALARIAL ESTÁ NO FIM ?

A sociedade salarial está no fim?

Até há pouco tempo, o trabalhador podia entrar numa empresa, trabalhar anos seguidos e aposentar-se nela. Era o chamado posto fixo de trabalho. Hoje, isso está desaparecendo, conforme explica o sociólogo francês Robert Castel, em seu livro A metamorfose da questão social: uma crônica do salário. O sociólogo mostra que, na França, essa situação está dando lugar a uma nova sociedade, na qual o trabalho e a previdência já não significam segurança, o que causa transtornos terríveis em termos sociais e individuais. Ele destaca quatro aspectos que parecem estar se generalizando no mundo:

• A desestabilização dos estáveis. As pessoas que têm emprego estão sendo “invalidadas” por vários motivos. Algumas porque são consideradas “velhas” (em torno de 50 anos); outras porque não têm formação suficiente para o que se quer; há ainda aquelas que são consideradas jovens demais para se aposentar.

• A precariedade do trabalho. Há um desemprego constante nos últimos anos, e a maioria dos tabalhadores desempregados normalmente só encontra postos de trabalho instáveis, de curta duração ou em períodos alternados.

• O deficit de lugares. Não há postos de trabalho para todos, nem para os que estão envelhecendo, nem para os mais novos que procuram emprego pela primeira vez. Isso sem falar naqueles que estão desempregados há muito tempo e até participam de programas de requalificação.

• A qualificação do emprego. Há tantas exigências para a formação do trabalhador que se cria uma situação aparentemente sem solução. É o caso dos jovens, que não são contratados porque não têm experiênciamas nunca poderão ter experiência se não forem contratados. Pessoas em torno de 20 anos ficam vagando de estágio em estágio ou de programas de estágio para outros programas. Há, ainda, jovens com boa qualificação que ocupam empregos inferiores, tirando o trabalho dos que têm pouca qualificação.

Todas essas situações criam indivíduos como que estranhos à sociedade, pois não conseguem se integrar nela, desqualificando-se também do ponto de vista cívico e político. Eles próprios consideram-se inúteis sociais. Ocorre praticamente uma perda de identidade, já que o trabalho é uma espécie de “passaporte” para alguém fazer parte da sociedade. No Brasil, tudo isso acontece, principalmente nos grandes centros urbanos.

SOU UMA PROFESSORA QUE PENSA...

Sou uma professora que pensa...

Sou uma professora que pensa...
Pensa em sair
correndo toda vez
que é convocada
para a reunião da AC,
que certamente
nada acontece para um maior
crescimento profissional, onde nem
sequer fala-se sobre o insucesso do aluno.
Sou uma professora que luta...
Luta cotidianamente
dentro da sala
de aula, com os
alunos, para que
eles reflitam, compreendam
os assuntos apresentados.
Que luta contra seus
próprios princípios de educação,
ética e moral.
Sou uma professora que compreende...
Compreende que
não vale a pena lutar
contra as regras do
sistema, ele é
sempre o lado mais forte.
Sou uma professora que critica...
Critica a si mesmo
por estar fazendo o
papel de vários
outros profissionais
como: psicóloga,
médica, assistente social.

Sou uma professora que tem Esperança...
E espera que a
qualquer momento
chegue um
“estranho” que
nunca entrou em
uma sala de aula
impondo o modo de
ensinar e avaliar.
Sou uma professora que Sonha...
Sonha com um
aluno interessado,
Sonha com pais
responsaveis
sonha com um
salário melhor,
um mundo melhor.
Em fim, sou uma professora que representa...
Representa a classe
mais desprestigiada
e discriminada e
que é incentivada a
trabalhar só pelo
amor à profissão.

Maria Conceição Gomes de Melo

INDÚSTRIAS CULTURAIS NACIONAIS ?

Uma das principais características da indústria cultural é ser utilizada como instrumento promocional a serviço do consumo, sobretudo via meios de comunicação de massa e mercado de entretenimento. Questões que, segundo Jameson, são reveladas quando os investidores se limitam a observar o fator econômico da cultura, gerando uma demanda cada vez maior por produção cultural, além de tornar praticamente indistinguível a identificação entre os produtos provenientes dessa indústria e a cultura propriamente dita.

Determinar as necessidades, os desejos e os interesses do consumo cultural para fortalecer e a construir uma identidade globalizada, é a característica do novo modelo econômico que vemos atuando no atual mercado cultural nacional.

Nesse sentido, a questão central da problemática enfrentada pelos indicadores culturais acerca da economia da cultura é o novo quadro cultural globalizado. Esse cenário se configura por uma nítida posição de mercado cultural de bens de consumo, no qual, segundo George Yúdice a “cultura já não é nacional, mas particular, desse ou daquele grupo local, dessa ou daquela etnia, de mulheres etc”.

Essa nova postura econômica do mercado é identificada pela cultura do consumo como pertencente a um momento no qual as identidades culturais nacionais perderam espaço frente às constantes criações de símbolos e marcas de identificação global.

A questão que devemos levantar aqui é se o Brasil deve ou não incentivar uma indústria cultural própria, capaz de promover seus referenciais simbólicos e identitários ao nível da cultura de massa.

A crise econômica recente será uma oportunidade para revermos nossos sistemas de trocas e valores éticos, ou apenas uma brecha que se abre na economia mundial para novos agentes como Brasil, com economia estável, setor financeiro fortalecido e uma democracia em fase de consolidação?

* trecho do livro O Poder da Cultura.

http://www.culturaemercado.com.br/ideias/industrias-culturais-nacionais
















brasil cultura

INDÚSTRIA CULTURAL

Indústria Cultural








Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.

A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade. Os conteúdos nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando-a a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação.

No Brasil, a indústria cultural não é homogênea, pois foca temas, assuntos e culturas estrangeiras no lugar de ensinar e incentivar o interesse sobre a história e as tradições do próprio país. Infelizmente, a triste realidade brasileira é que são focados apenas objetos de compra e venda e não a propriamente cultura no qual esta se propunha. A produção realizada pela indústria cultural é centralizada no interesse lucrativo, o que impõe um determinado padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de crítica rebaixada e de mente narcotizada.

Da CULTURA à INDÚSTRIA CULTURAL

Da cultura à indústria cultural



MILTON SANTOS


Neste ano 2000, muitas iniciativas podem apenas encobrir uma vontade festeira, permanecendo na superfície das questões em lugar de aprofundá-las. Como a festa faz parte da vida, pode-se até aceitar que certos temas ganhem esse tratamento. Há outros, no entanto, que exigem uma atitude mais severa, por exemplo a cultura. Nesse último caso, o debate tem que ir mais longe que os comentários encomiásticos ou acerbos que se fazem em torno dos espetáculos e pessoas, como se pudesse ser transformado em "show business" o capítulo destinado a uma apreciação mais sisuda da questão.

Puro e profundo
O momento parece propício para enfrentar o necessário balanço da forma como evolui, no país, a própria idéia de cultura, sobretudo neste último meio século. Esse debate deve, necessariamente, incluir, a partir das definições encontradas -múltiplas definições e não apenas uma- a determinação das tarefas também múltiplas, que deveremos enfrentar nesta passagem de século, para ajudar a retratar a sociedade brasileira naquilo que ela tem de mais puro e mais profundo. O conceito de cultura está intimamente ligado às expressões da autenticidade, da integridade e da liberdade. Ela é uma manifestação coletiva que reúne heranças do passado, modos de ser do presente e aspirações, isto é, o delineamento do futuro desejado. Por isso mesmo, tem de ser genuína, isto é, resultar das relações profundas dos homens com o seu meio, sendo por isso o grande cimento que defende as sociedades locais, regionais e nacionais contra as ameaças de deformação ou dissolução de que podem ser vítimas. Deformar uma cultura é uma maneira de abrir a porta para o enraizamento de novas necessidades e a criação de novos gostos e hábitos, subrepticiamente instalados na alma dos povos com o resultado final de corrompê-los, isto é, de fazer com que reneguem a sua autenticidade, deixando de ser eles próprios. Ao longo dos séculos, a cultura se manifesta pelas mais diversas formas de expressão da criatividade humana, mas não apenas no que hoje chamamos "as artes" (música, pintura, escultura, teatro, cinema etc) ou através da literatura e da poesia em todos os seus gêneros, mas também por outras formas de criação intelectual nas ciências humanas, naturais e exatas. É a esse conjunto de atividades que se deveria denominar de cultura. As culturas nacionais desabrocham como reflexo do que se convencionou chamar de gênio de um povo, expresso pela língua nacional, que é também uma espécie de filtro, veículo das experiências coletivas passadas e também forma de interpretar o presente e vislumbrar o futuro. É verdade que na sociedade babelizada que é a nossa, as contaminações de umas culturas pelas outras tornaram-se possível industrialmente, dando lugar a uma mais forte influência daquelas tornadas hegemônicas sobre as demais, que assim são modificadas. É por isso que toda controvérsia sobre o assunto deve ser atualizada e, para ser consequente, tem de ser começada e terminada com a difícil, mas escorregadia, discussão sobre a indústria cultural: o que é, como se dão seus efeitos perversos em termos de lugar e de tempo. Sem isso o debate pode se dar hoje, mas é como se ainda estivéssemos vivendo em outro século e em outro planeta.Sem essa precaução, corremos o risco de colocar no mesmo saco as diversas manifestações ditas culturais e de avaliar com a mesma medida os seus intérpretes.

Condições particulares
O Brasil, pelas suas condições particulares desde meados do século 20, é um dos países onde essa famosa indústria cultural deitou raízes mais fundas e por isso mesmo é um daqueles onde ela, já solidamente instalada e agindo em lugar da cultura nacional, vem produzindo estragos de monta. Tudo, ou quase, tornou-se objeto de manipulação bem azeitada, embora nem sempre bem-sucedida. O Brasil sempre ofereceu, a si mesmo e ao mundo, as expressões de sua cultura profunda através do talento dos seus pintores e músicos e poetas, como de seus arquitetos e escritores, mas também dos seus homens de ciência, na medicina, nas engenharias, no direito, nas ciências sociais. Hoje, a indústria cultural aciona estímulos e holofotes deliberadamente vesgos e é preciso uma pesquisa acurada para descobrir que o mundo cultural não é apenas formado por produtores e atores que vendem bem no mercado. Ora, este se auto-sustenta cada vez mais artificialmente mantido, engendrando gênios onde há medíocres (embora também haja gênios) e direcionando o trabalho criativo para direções que não são sempre as mais desejáveis. Por estar umbilicalmente ligada ao mercado, a indústria cultural tende, em nossos dias, a ser cada vez menos local, regional, nacional. Nessas condições, é frequente que as manifestações genuínas da cultura, aquelas que têm obrigatoriamente relação com as coisas profundas da terra, sejam deixadas de lado como rebotalho ou devam se adaptar a um gosto duvidoso, dito cosmopolita, de forma a atender aos propósitos de lucro dos empresários culturais. Mas cosmopolitismo não é forçosamente universalismo e pode ser apenas servilidade a modelos e modas importados e rentáveis.

Sistema de caricaturas
Nas circunstâncias atuais, não é fácil manter-se autêntico e o chamamento é forte, a um escritor, artista ou cientista para que se tornem funcionários de uma dessas indústrias culturais. A situação que desse modo se cria é falsa, mas atraente, porque a força de tais empresas instila nos meios de difusão, agora mais maciços e impenetráveis, mensagens publicitárias que são um convite ao triunfo da moda sobre o que é duradouro. É assim que se cria a impressão de servir a valores que, na verdade, estão sendo negados, disfarçando através de um verdadeiro sistema bem urdido de caricaturas, uma leitura falseada do que realmente conta. No arrastão suscitado pelo bombardeio publicitário, o que não é imediatamente mercantil fica de fora, enquanto a sociedade embevecida mistura no seu julgamento valores e autores. Quem é gênio verdadeiro, quem é canastrão diplomado? Há quem possa ser gênio e mercadoria sem ser ao mesmo tempo gênio e canastrão, mas essa distinção não exclui a generalidade da impostura com que alhos e bugalhos se confundem. A pedra de toque do êxito legítimo, que não se mede pelo resultado imediato ou pelo sucesso apenas mercantil, estará em saber distinguir trigo e joio, cultura autêntica e indústria cultural. Como, porém, subsistir enquanto se espera? Como assegurar aos jovens que o seu esforço receberá, um dia, o reconhecimento? Esse é um grave problema do trabalho intelectual em geral e das tarefas especificamente culturais em particular, em tempos de globalização, sobretudo nos regimes neoliberais como o nosso. O Ministério da Cultura deveria promover uma reflexão nacional e pluralista sobre a questão. Em sua falta, as universidades públicas bem poderiam fazer jus à sua vocação e corajosamente assumir a responsabilidade da iniciativa. Não dá mais para fazer de conta que o problema não existe.

terça-feira, 28 de junho de 2011

JUSTIÇA SOCIAL e JUSTIÇA INDIVIDUAL

Justiça Social e Justiça individual



Um povo só se torna realmente justo quando conhece, de forma clara e objetiva, o real significado da palavra justiça.

Infelizmente, o princípio de justiça ainda não é muito bem compreendido pelo povo brasileiro. Uma das causas é que, na Língua Portuguesa, a palavra justiça também é utilizada para referir-se a órgãos do Setor Judiciário, (Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Justiça Internacional, etc...). Essa duplicidade na linguagem ajuda a confundir os cidadãos menos esclarecidos.

Já é hora de os brasileiros se conscientizarem de que a palavra justiça refere-se, antes de tudo, a um princípio de eqüidade, de igualdade proporcional; um princípio de sabedoria que deveria ser utilizado pelo Governo em todas as áreas e, principalmente, pelo Poder Judiciário.

Os brasileiros ainda não entenderam a importância sócio-econômica de se levar a sério o princípio de justiça. A maioria dos cidadãos conhece apenas duas situações: ser beneficiado ou ser prejudicado. Infelizmente, a Educação brasileira não nos ensinou a discernir estes extremos e a adotar situações intermediárias. É no ponto médio, entre o benefício e o malefício, que encontramos o que é justo para todos.







Em linhas gerais, ser justo é não oprimir nem privilegiar, não menosprezar nem endeusar, não subvalorizar e tampouco supervalorizar. Ser justo é saber dividir corretamente sem subtrair e sem adicionar (sem roubar ou subornar). Ser justo é não se apropriar de pertences alheios e dar o correto valor a cada coisa e a cada pessoa. Ser justo é estabelecer regras claras sem dar vantagem para uns e desvantagem para outros. Ser justo é encontrar o equilíbrio que satisfaz ou sacrifica, por igual, sem deixar resíduos de insatisfação que possam resultar em desforras posteriores.

A ausência de uma boa educação, nesse sentido, tem propiciado comportamentos extremistas (ora omisso, ora violento) por parte da maioria dos cidadãos. Observe que até pouco tempo a maioria dos brasileiros preferia se calar mesmo diante das inúmeras explorações do nosso dia-a-dia. O maior problema, conseqüente desse tipo de comportamento surge com o decorrer do tempo. A falta de diálogo, para se estabelecer o que é justo e correto, faz o cidadão prejudicado se cansar de ser omisso e partir pra violência (ir direto ao outro extremo). Essas reações têm acontecido até mesmo entre parentes e vizinhos. Por isso, precisamos nos reeducar. Os cristãos, em especial, precisam ensinar ao povo o que é justo e correto para que os cidadãos não se tornem omissos e saibam estabelecer o diálogo ao perceber toda e qualquer injustiça. Se cultivarmos um padrão de comportamento realmente justo, ninguém acumulará motivos para se tornar infeliz, desleal, subornável ou violento.

Em todos os casos de injustiças (profissionais, comerciais, de relacionamento etc.) a pessoa prejudicada deve primeiramente ir até a pessoa injusta lhe pedir que corrija a injustiça. Se não surtir efeito deve levar pelo menos uma outra pessoa para que também dê testemunho (reclame) daquela injustiça. Se, apesar disso, a pessoa injusta não se corrigir, aí então deve levar o caso ao conhecimento das autoridades competentes para que elas determinem a solução. É muito importante entendermos que primeiramente deve haver duas tentativas de diálogo, só depois destas tentativas é que o caso deve ser entregue às autoridades.1

Por outro lado, as autoridades precisam agir de maneira totalmente imparcial (sem se inclinar para nenhum dos lados), em respeito aos ensinamentos bíblicos que ordenam que: nem mesmo para favorecer ao pobre se distorça o que é justo,2 e que sempre se use o mesmo padrão de peso e de medida para qualquer pessoa, seja pobre, rico, analfabeto, doutor, mendigo, autoridade, etc... A sociedade precisa entender que é a prática correta do princípio de justiça que produz a paz social viabilizando a prosperidade de forma ordeira e bem distribuída.

A esperteza, a exploração e a má fé, são técnicas ilusórias que têm vida curta e acidentada. As instituições governamentais, empresas privadas e negócios pessoais, estabelecidos com injustiças, com espertezas, com explorações e má fé, são comparáveis a construções sobre areia porque desmoronam nos dias de tempestades (crises, pragas, acidentes, novas concorrências, etc.). Mas, os negócios estabelecidos de forma justa, com justiça nos preços, nos salários, nos serviços e nos relacionamentos em geral, são comparáveis a construções sobre rocha porque permanecem de pé mesmo depois de grandes tempestades.

Portanto, precisamos abandonar a mania subdesenvolvida de gostar de levar vantagem em tudo, e cultivar a mania desenvolvida de gostar de fazer e receber justiça em tudo. Já é hora de entendermos que a vantagem que se leva hoje se transforma no prejuízo de amanhã, enquanto a justiça que se pratica hoje se transformará no lucro de amanhã.

Comportar-se de forma realmente justa, tanto na hora de dar ou de vender, quanto na hora de cobrar ou de receber, é condição primordial para um povo se tornar pacífico e bem-sucedido.

Notas___________________________
1 Ensinamentos de Jesus Cristo em S. Mateus, cap. 18, versículo 15 a 17.
2 Bíblia Sagrada, Levítico, cap. 19, versículo 15. (Frase sintetizada).



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 3 do livro Renasce Brasil.

CAPITALISMO ou SOCIALISMO ?

Capitalismo ou Socialismo ?


Existem pelo menos dois tipos de capitalismos e dois tipos de socialismos sendo utilizados em todo o mundo. Os dois tipos de capitalismos mais utilizados são o Capitalismo Pagão e o Capitalismo Protestante. Os dois tipos de socialismos mais utilizados são o Socialismo ateu (mais conhecido como “científico”) e o Socialismo Católico (mais conhecido como “utópico”). Estas divisões não são muito comentadas no meio acadêmico por razões mais ou menos diplomáticas e anti-religiosas. Mas, na prática, tais divisões existem e fazem muita diferença.

Em termos práticos, o Capitalismo Pagão é utilizado há muito tempo pelos povos que não têm muito compromisso com o princípio de justiça e respeito ao próximo. Já o Capitalismo Protestante, utilizado principalmente pelos países do Primeiro Mundo, nasceu logo após a Reforma Cristã Protestante e, segundo Max Weber, do livro A ética protestante e o “espírito” do Capitalismo, teria surgido com a doutrina calvinista. O Brasil, que não adotou o modelo protestante, continua praticando o Capitalismo Pagão (selvagem): juros altos, salários baixos e preços abusivos.

Nos países de maioria cristã protestante o capitalismo utilizado é o de juros baixos, salários altos e preços justos. Lá, (Estados Unidos, Suécia, Escócia, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Inglaterra etc.) o modelo de capitalismo protestante é chamado apenas de Capitalismo. Na verdade, praticamente tudo o que fazem é, em geral, nos moldes protestantes. Talvez, por isso, o povo brasileiro tenha dificuldades para entender a diferença entre o nosso Capitalismo e o Capitalismo do Primeiro Mundo (o protestante).





O Socialismo ateu (“científico”, na linguagem dos marxistas), ficou famoso ao ser adotado pela antiga União Soviética, Cuba, Vietnam, Albânia, Coréia do norte tornando-se, no entanto, mais conhecido como Comunismo. Já o Socialismo Católico (“utópico” na linguagem dos marxistas), é parcialmente utilizado por países europeus de maioria católica (França, Itália, Espanha etc.).

O Capitalismo e o Socialismo, ou a Direita e a Esquerda, ou ainda o Liberalismo e o Comunismo referem-se a conceitos opostos. Mas, numa análise mais detalhada constatamos que podemos, também, considerá-los complementares. Apesar das grandes diferenças os dois lados são representativos e têm suas respectivas finalidades dentro de uma organização social. O Capitalismo1 (associado à direita e ao liberalismo) é inspirado na justiça rígida e na razão enfatizando a recompensa segundo o merecimento individual. Já o Socialismo (associado à esquerda e ao comunismo) é inspirado nas necessidades comuns e no sentimentalismo enfatizando a igualdade independentemente do merecimento individual. Por isso, é natural que existam defensores do conceito socialista e defensores do conceito capitalista numa mesma sociedade.

Sabendo-se que o Capitalismo baseia-se no desejo de liberdade e de justiça (de forma rigorosa e racional), e o Socialismo baseia-se no desejo de igualdade e fraternidade (de forma mais ou menos inclusiva), então não é difícil entender o porquê, de tanto o Capitalismo quanto o Socialismo terem o seu devido lugar numa mesma organização social. O fato de um ser Direita e o outro Esquerda em nada atrapalha desde que fiquem nos seus respectivos lugares. O ideal, na verdade, é dosar o efeito de justiça que está contido no Capitalismo Protestante com o efeito de amor ao próximo que está contido no Socialismo Católico.

A maioria dos brasileiros ainda não sabe, mas o principal motivo que levou o mundo cristão (“mundo ocidental”) a repudiar as nações comunistas foi o fato de proibirem o cristianismo e imporem o ateísmo. As escolas públicas brasileiras, influenciadas pela crendice marxista, não esclarecem esses assuntos aos seus alunos. A própria imprensa nunca teve coragem de dizer ao povo em geral que a guerra fria, entre Estados Unidos e União Soviética era, na verdade, uma guerra fria entre os princípios cristãos e os princípios ateus de origem marxistas. Hoje, já existe liberdade pessoal, social e religiosa na antiga Rússia. O Cristianismo já retornou à nação (principalmente o ortodoxo)2 apesar de parte do povo ainda ser ateísta, (conseqüência da rígida imposição praticada no regime passado).

Se nós, brasileiros, tomarmos como referência os ensinamentos bíblicos, tal como fizeram os principais países desenvolvidos, concluiremos que o princípio de justiça deve vir em primeiro lugar e só depois deve vir o amor envolvendo e preservando a justiça. Portanto, o Capitalismo Protestante, que é baseado na “justiça rígida",3 deve ser a parte estrutural de uma sociedade; deve ser o sustentáculo principal tal qual o esqueleto humano que é propositadamente rígido para dar firmeza e sustentação ao nosso corpo. Já o Socialismo deve ser parte externa, o acabamento "sensível",4 a parte social que envolve a estrutura tal qual a carne, no corpo humano, que é bem mais maleável e igualmente importante na composição do conjunto.

Analise o exemplo a seguir para entender a interação, necessária, entre capitalismo e socialismo: Imagine um prédio em construção, a estrutura de concreto é a parte mais rígida. De fato, ela não é muito simpática, mas é a parte que sustenta o prédio de pé por longos e longos anos. É a estrutura que garante a solidez e a firmeza para que o prédio não caia e nem se desmonte. Já o reboco, com azulejos, mármores, vidros, janelas, ornamentos etc., que envolvem a estrutura (equivalendo ao socialismo), são igualmente importantes porque dão o adequado acabamento tornando o prédio simpático, confortável e acolhedor.

Portanto, se queremos paz e prosperidade, precisamos considerar o Capitalismo Protestante como estrutura econômica e o Socialismo Católico como acabamento social na hora de formular soluções para o Brasil.

NOTAS:
1 Capitalismo - O Capitalismo Protestante se firmou por volta do século XVII e XVIII visando estabelecer liberdade e justiça nas relações trabalhistas, produtivas e comerciais, (um sistema contrário ao trabalho-escravo até então utilizado por todo o Mundo). Nessa ocasião consolidou-se a adoção do livre trabalho assalariado, do sistema de preços e da produção em larga escala pela iniciativa privada.

2 Cristianismo Ortodoxo - Quatro anos depois da queda do Comunismo (1995), 17,5% da população Russa já havia retornado ao cristianismo. Hoje, esse número é bem maior.

3 Justiça rígida - Quem trabalha, ganha. Quem não trabalha, não ganha. - Quem usa, paga. Quem não usa, não paga. - Quem merece, recebe. Quem não merece, não recebe.

4 Sensível - Quem necessita, também recebe. - Quem não pode pagar, também pode usar. - Mesmo quem não merece, não será esquecido.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 6 do livro Renasce Brasil.

PRECONCEITO

O que é preconceito e a origem dos preconceitos



A complexidade da real origem dos preconceitos é uma das grandes dificuldades que o ser humano enfrenta para entender como respeitar e amar o próximo de forma objetiva e sensata.

Embora esse assunto ainda seja pouco comentado, os preconceitos podem ser divididos em dois segmentos: um segmento é maléfico à sociedade e o outro benéfico. O segmento maléfico é constituído de preconceitos que resultam em injustiças, e que são baseados unicamente nas aparências e na empatia. Já o segmento benéfico é constituído de preconceitos que estabelecem a prudência e são baseados em estatísticas reais, nos ensinamentos de Deus ou no instinto humano de autoproteção. Em geral, os preconceitos benéficos são contra doenças contagiosas, imoralidades, comportamentos degradantes, pessoas violentas, drogados, bêbados, más companhias, etc. Na verdade, é muito difícil definir o limite correto entre preconceito maléfico e preconceito benéfico. Por isso, a liberdade de interpretação pessoal deveria ser sempre respeitada.

É importante entendermos, também, que cultivar o amor ao próximo não significa exterminar preconceitos. Tentar destruir preconceitos à força é cultivar o paganismo e deixar entrar todo tipo de sujeira comportamental na nossa sociedade. No paganismo, (atualmente disfarçado sob o título de “pluralismo” e “laicismo”) tudo é permitido e nada é considerado errado.







Na década de 90, supostos defensores de direitos humanos (agindo como defensores de “anomalias humanas”) deformaram a palavra preconceito, a palavra amor, a palavra cultura e várias outras. Parece que a intenção era confundir o significado destas palavras e abrir caminho para oficializar práticas pagãs na sociedade brasileira. De fato, nos anos seguintes constatamos o aumento do homossexualismo, do feminismo, da infidelidade conjugal, dos rituais satânicos em diversas regiões, da prostituição em diversos níveis e de outros comportamentos degradantes e imorais “justificados” como festivos e culturais.

Infelizmente, uma parte da mídia vem usando uma máscara de amor ao próximo para condenar as discriminações de caráter preventivo e apregoar a indiscriminação total e generalizada. Essas pessoas, de ideais utópicos e estranhos, têm atribuído conotações exclusivamente pejorativas, à palavra preconceito, para desmoralizá-la e destruir seu efeito preventivo (o lado benéfico). No fundo, querem semear “ervas daninhas” em nosso meio e contaminar a nação com hábitos idólatras e pagãos.

Ao contrário do que tais pessoas têm apregoado, tudo o que não devemos fazer, nesta área, é praticar a discriminação injusta e precipitada, contra o nosso próximo, seja ele quem for ou quem quer que aparente ser. No entanto, fazer uso de conceitos concebidos de maneira prévia, porém comprovados estatisticamente ou orientados por Deus (através da Bíblia), é um direito legítimo porque faz parte do nosso sistema de defesa; todo cidadão deve ter a liberdade e o direito de fazê-lo sempre que achar necessário.

A estrutura biológica humana também faz uso de preconceitos (de anticorpos) para se defender de vírus e bactérias caracterizados como nocivos. Em geral, os anticorpos repudiam tais invasores antes que se multipliquem e contaminem todo o corpo (um efeito preventivo de origem natural). A medicina avançada também produz vacinas artificiais para desenvolver preconceitos biológicos (do sarampo, da poliomielite, do tétano e de várias outras doenças consideradas infecto-contagiosas). O objetivo é deixar o sistema imunológico preparado para quando o vírus nocivo chegar, o corpo, já vacinado (previamente avisado), esteja prevenido e se defenda antes que o vírus se multiplique e cause maiores problemas. Portanto, o preconceito por si só não é sinônimo de sub­desenvolvimento. Na verdade, quando bem usado é sinônimo de prevenção e de prudência. A maioria dos povos civilizados e prósperos desenvolveu-se fazendo separação entre o certo e o errado e o bem e o mal. E, o preconceito, quando fundamentado em experiências reais ou nos ensinamentos de Deus, é um método preventivo que se antecipa ao erro e ao mal evitando a disseminação de maus hábitos e a conseqüente destruição da sociedade.

Se desejamos combater o preconceito injusto e a discriminação indevida, a solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis. A solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para que o sistema de defesa humano as compreenda e não rejeite o que for normal e saudável. Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a falsidade, a hipocrisia, o desrespeito e, por conseqüência, a violência. Amar, não é simples­mente compreender, tolerar e querer bem ao próximo. Amar o próximo é também ter a coragem de repreendê-lo para que se torne bem-sucedido como ser humano e cidadão.

Já é hora de o brasileiro compreender que a liberdade pacífica, de praticar o justo e fundamentado preconceito (o benéfico), é mais útil a uma nação do que a proibição de usar a intuição humana e o prévio conceito como medida preventiva. Só as pessoas inconseqüentes, ou muito inocentes, é que entendem que devemos considerar todo mundo em igualdade absoluta e irrestrita (sejam sadios, doentes, crianças, homens, mulheres, gays, lésbicas, estupradores, prostitutas, gente de bem, ladrões, aidéticos, etc.). No entanto, as pessoas sensatas e equilibradas, que se preocupam com o futuro da humanidade e que sabem dosar o amor com a disciplina, enxergam a necessidade da moderação nestas questões. Na verdade, precisamos respeitar o comportamento de cada pessoa segundo seu merecimento individual. Temos que levar em conta o risco de boa ou de má influência que cada pessoa ofereça.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 5 do livro Renasce Brasil

sexta-feira, 24 de junho de 2011

LIBERDADE

Liberdade



De uma forma geral, a palavra "liberdade" significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter pleno poder sobre si mesmo e sobre seus atos.

O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Situações como: a escolha da profissão, o casamento e o compromisso político ou religioso, fazem o homem enfrentar a si mesmo e exigem dele uma decisão responsável quanto a seu próprio futuro.

A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia, é o que confere ao homem o sentido da liberdade entendida como plena expressão da vontade humana.

Teorias filosóficas e políticas, de todos os tempos, tentaram definir liberdade quanto a determinações de tipo biológico, psicológico, econômico, social etc. As concepções sobre essas determinações, nas diversas culturas e épocas históricas, tornam difícil definir com precisão a idéia de liberdade de uma forma generalizada.






Do ponto de vista legal, o indivíduo é livre quando a sociedade não lhe impõe nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo. Uma sociedade livre dá condições para que seus membros desfrutem, igualmente, da mesma liberdade. Em 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que engloba os direitos e liberdade que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera que devam ser os objetivos de todas as nações.

A liberdade se manifesta à consciência como uma certeza primária que perpassa toda a existência, especialmente nos momentos em que se deve tomar decisões importantes e nos quais o indivíduo sente que pode comprometer sua vida.

O consenso universal reconhece a responsabilidade do indivíduo sobre suas ações em circunstâncias normais, e em razão disso o premia por seus méritos e o castiga por seus erros. Considerar que alguém não é responsável por seus atos implica diminuí-lo em suas faculdades humanas, uma vez que só aquele que desfruta plenamente de sua liberdade tem reconhecida sua dignidade.

O homem tende a exercer a liberdade em todas as ações externas. Quando elas são cerceadas, frustram-se o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e desprezam-se seus direitos e sua dignidade. Entretanto, apesar de toda a violência externa (e em certo grau também as pressões internas), as pessoas são muitas vezes capazes de manter a liberdade de arbítrio sobre seus atos internos (pensamentos, desejos, amor, ódio, consentimento moral ou recusa), preservando assim sua integridade e dignidade, como acontece com pessoas submetidas a situações extremas de privação de liberdades.

Foram as próprias dificuldades teóricas inerentes ao conceito de liberdade que levaram as ciências humanas e sociais a preferirem o termo plural e concreto "liberdades" ao ideal absoluto de "liberdade". Assim, deixando de lado a discussão especificamente filosófica e psicológica, considera-se, cada vez mais, a liberdade como soma das diversas liberdades específicas. Fala-se correntemente em liberdades públicas, políticas, sindicais, econômicas, de opinião, de pensamento, de religião etc. Embora tal procedimento não resolva o problema teórico da natureza da liberdade, pelo menos possibilita avançar na reflexão e nos esforços para ampliar, cada vez mais, o exercício de uma faculdade de importância primordial na vida dos homens e das sociedades.


Resumo Extraído de Enciclopédias
Projeto Renasce Brasil

DEMOCRACIA X LIBERDADE

Democracia x Liberdade


A Democracia é o sistema (regime) de organização social mais eficiente para se cultivar e se praticar a liberdade de ação e de expressão. A prática da liberdade estimula autocorreções que ajudam a acelerar o desenvolvimento de uma nação. No entanto, a Democracia não é a mãe da liberdade; é apenas uma ferramenta que bem usada facilita a preservação do estado de liberdade. E, ao contrário do que muitos brasileiros pensam, a Democracia não tem poder de evolução, ela tanto pode ajudar a prosperar como pode também ajudar a arruinar. Um povo sábio e bem informado usa a Democracia para se livrar dos vigaristas e fazer prosperar o país. Mas um povo ingênuo e mal informado, permite que os demagogos e os vigaristas controlem a Democracia e destruam o país.

O real motivo dos Estados Unidos terem sido um dos países mais bem-sucedidos do século XX, não estava fundamentado na sua Democracia, mas sim no fato de ter sido, por longo tempo, uma nação de educação genuinamente cristã, (obs: a partir dos anos 90 a educação e a cultura norte-americana se vulgarizaram a tal ponto de não mais merecerem essa qualificação).

A Democracia é, de fato, um bom instrumento de liberdade, mas não é o fator determinante. A Grécia, por exemplo, que é tida pela maioria dos historiadores como o berço da Democracia, perdeu a liberdade várias vezes no último século, resultado de invasões, de guerras civis e de regimes militares: a mais recente de 1967 a 1974. (Uma situação pior que a brasileira e que demonstra que: o simples fato de conhecer ou praticar democracia não garante a preservação do estado de liberdade).




Portanto, precisamos considerar a Democracia como um bom instrumento social, e não como a mãe de todas as soluções. Porque, se assim fosse, a nossa Democracia dos anos 60 não teria resultado numa revolução militar. É obvio que se houve uma revolução foi porque alguma coisa não andava muito bem. Além disso, democratizar não é misturar crianças com adolescentes e com adultos. A Democracia não tem como objetivo igualar estas três diferentes fases do ser humano. A idéia central da democracia é igualar o direito de opinião das diferentes classes sociais. Numa democracia desenvolvida, todos os cidadãos exerçam a mesma influência política independentemente de posição social. Na prática, o sistema democrático tem como objetivo evitar que o poder econômico domine o país e oprima os mais pobres. (Uma realidade que as lideranças brasileiras não têm dado o devido enfoque).

Em nenhum lugar do mundo a Democracia tem como propósito igualar opinião de adultos com opinião de adolescentes, como tem acontecido ultimamente no Brasil. Colocar na mesma urna, o voto de um adolescente de 16 anos e o voto de um adulto de 50 anos, não é democracia, é insensatez e desrespeito à vivência e à experiência humana. A Democracia visa minimizar as diferenças sociais e não as diferenças de idade. Tais diferenças são imposições da natureza e conseqüentemente precisam ser respeitadas. Os próprios adolescentes não entendem esta insensatez brasileira de “cidadania precoce”; uma invenção perigosa que, infelizmente, facilita a eleição dos maus políticos e dos manipuladores da adolescência e da juventude.

Portanto, seria mais prudente fazer o contrário e elevar a idade mínima do voto para 21 anos, de modo a atribuir maior respeito à experiência humana e maior responsabilidade para com o destino do país. O povo brasileiro ainda está em fase de desenvolvimento e, conseqüentemente, sujeito a vigaristas e enganadores que manipulam a imaturidade dos adolescentes visando unicamente benefício próprio. Precisamos de um pouco mais de prudência no trato dessa questão. Não podemos correr o risco de deixar a nação se afogar no caos e na desordem como já aconteceu no passado. É importante nos conscientizarmos de que, o realmente útil e produtivo, numa Democracia, é o livre direito de opinar e de fazer oposição (de criticar e de apontar erros) e não o direito imaturo de votar. O excesso de direitos, inventado no Brasil, pode estimular nossos adolescentes a se tornarem prepotentes, desrespeitadores e inconseqüentes.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 4 do livro Renasce Brasil.

MAU USO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA TV

Mau uso da Liberdade de Expressão na TV



A liberdade de comunicação e expressão é muito útil e para o nosso bem, da mesma forma que comer, adoçar, temperar, trabalhar, descansar, etc, são igualmente úteis e importantes na vida de qualquer pessoa. No entanto, não podemos esquecer que: se exagerarmos em qualquer uma dessas coisas, elas tornam-se prejudiciais e danosas.

Infelizmente, a maioria das emissoras de televisão vem confundindo a liberdade de expressar pensamentos e opiniões com a libertinagem pagã de expressar imoralidades e palavrões em qualquer tempo e em qualquer lugar. Os países desenvolvidos praticam a liberdade de expressar qualquer pensamento e opinião, mas respeitam os limites éticos, morais e familiares, que nós também deveríamos respeitar.

De fato, liberdade de expressão é benéfica a qualquer sociedade porque permite a participação de todos através do direito de apontar erros, reclamar, sugerir ou criticar. No entanto, a partir dos anos 90, uma liberdade de expressão, muito além da boa medida, tem produzido efeitos colaterais bastante nocivos. A ausência de uma fiscalização governamental vem propiciando comportamentos cada vez mais irresponsáveis por parte das empresas de comunicação.

Observe que a televisão brasileira, visando altos ganhos financeiros, vem vulgarizando e estimulando o prazer inconseqüente, a irreverência, o sensualismo, a imoralidade, a mentira, a infidelidade conjugal, a nudez e o desrespeito. Desrespeito ao corpo, ao próximo, à família e à boa formação da infância e da juventude. Estes fatos vêm acontecendo porque o mercado de informação, notícias e entretenimento, é o único mercado que não possui órgãos públicos para fiscalizar suas atividades.




O maior problema, conseqüente da ausência de um órgão para fiscalizar e disciplinar os veículos de comunicação, está no fato de que os atuais excessos induzem os adolescentes ao uso de drogas, à depravação sexual, a “heróicas” violências, a roubos e assaltos e inúmeras outras irracionalidades como temos visto na maioria dos noticiários. São muitas desgraças, que vão de bárbaros homicídios, como o caso do índio de Brasília em 1997, a inúmeros estupros em família estimulados ou induzidos pelas cenas eróticas da TV.

Infelizmente, a Televisão brasileira tem estimulado comportamen­tos que levam às graves enfermidades sexuais, a traições conjugais e desilusões que muitas vezes levam alguém para a morte. Talvez, o pior de tudo, seja o fato de adolescentes estarem gerando filhos bastardos, desprezados e até lançados nas lixeiras públicas. Esta realidade tem assustado significativamente a família brasileira. A maioria ainda não compreende ao certo a causa de tantas aberra­ções e tragédias, mas já anda desconfiada do exagero da liberdade de expressão principalmente na TV. (Um exagero que, inclusive, vem gerando grandes equívocos no campo dos valores humanos e sociais).

Veja que a dança e a nudez, por exemplo, atualmente muito estimulada pela TV, nunca foram sinais ou evidências de desenvolvimento. Na verdade, é totalmente ao contrário. Basta olharmos para algumas civilizações passadas e para os países e povos mais subdesenvolvidos do mundo atual, e vamos constatar que o excesso de dança e a nudez são indicadores de subdesenvolvimento. Isso não quer dizer, entretanto, que a falta de dança e o excesso de vestimentas indique o contrário. O desenvolvimento e o progresso estão sempre ligados ao bom senso e à moderação, nunca ao pouco nem ao excesso.

Alheia a esta realidade, a mídia brasileira vem faturando alto com a exploração da irreverência e do sensualismo, sem se dar conta deste grande mal que está semeando na nossa sociedade. A irreverência e a sensualidade são duas sementes muito “bonitinhas”, porém, de conseqüências extremamente malignas ao longo do tempo. Estas duas sementes, depois de germinadas, resultam em violências e desgraças que contribuem para consolidar um estado de pobreza e de miséria. Os povos desenvolvidos cultivam a reverência e a decência porque já conhecem os maus resultados da irreverência e da sensualidade.

Portanto, se continuarmos fazendo “vista grossa” às depravações que estão em crescimento na nossa cultura, e concordarmos estaticamente com a proliferação da dança imoral, do desrespeito generalizado, da nudez na TV e nos veículos de comunicação em geral, estaremos concordando, na verdade, com a proliferação e o aumento do subdesenvolvimento e de todas as suas amargas conseqüências familiares e sociais.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 4 do livro Renasce Brasil.