terça-feira, 28 de junho de 2011

JUSTIÇA SOCIAL e JUSTIÇA INDIVIDUAL

Justiça Social e Justiça individual



Um povo só se torna realmente justo quando conhece, de forma clara e objetiva, o real significado da palavra justiça.

Infelizmente, o princípio de justiça ainda não é muito bem compreendido pelo povo brasileiro. Uma das causas é que, na Língua Portuguesa, a palavra justiça também é utilizada para referir-se a órgãos do Setor Judiciário, (Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Justiça Internacional, etc...). Essa duplicidade na linguagem ajuda a confundir os cidadãos menos esclarecidos.

Já é hora de os brasileiros se conscientizarem de que a palavra justiça refere-se, antes de tudo, a um princípio de eqüidade, de igualdade proporcional; um princípio de sabedoria que deveria ser utilizado pelo Governo em todas as áreas e, principalmente, pelo Poder Judiciário.

Os brasileiros ainda não entenderam a importância sócio-econômica de se levar a sério o princípio de justiça. A maioria dos cidadãos conhece apenas duas situações: ser beneficiado ou ser prejudicado. Infelizmente, a Educação brasileira não nos ensinou a discernir estes extremos e a adotar situações intermediárias. É no ponto médio, entre o benefício e o malefício, que encontramos o que é justo para todos.







Em linhas gerais, ser justo é não oprimir nem privilegiar, não menosprezar nem endeusar, não subvalorizar e tampouco supervalorizar. Ser justo é saber dividir corretamente sem subtrair e sem adicionar (sem roubar ou subornar). Ser justo é não se apropriar de pertences alheios e dar o correto valor a cada coisa e a cada pessoa. Ser justo é estabelecer regras claras sem dar vantagem para uns e desvantagem para outros. Ser justo é encontrar o equilíbrio que satisfaz ou sacrifica, por igual, sem deixar resíduos de insatisfação que possam resultar em desforras posteriores.

A ausência de uma boa educação, nesse sentido, tem propiciado comportamentos extremistas (ora omisso, ora violento) por parte da maioria dos cidadãos. Observe que até pouco tempo a maioria dos brasileiros preferia se calar mesmo diante das inúmeras explorações do nosso dia-a-dia. O maior problema, conseqüente desse tipo de comportamento surge com o decorrer do tempo. A falta de diálogo, para se estabelecer o que é justo e correto, faz o cidadão prejudicado se cansar de ser omisso e partir pra violência (ir direto ao outro extremo). Essas reações têm acontecido até mesmo entre parentes e vizinhos. Por isso, precisamos nos reeducar. Os cristãos, em especial, precisam ensinar ao povo o que é justo e correto para que os cidadãos não se tornem omissos e saibam estabelecer o diálogo ao perceber toda e qualquer injustiça. Se cultivarmos um padrão de comportamento realmente justo, ninguém acumulará motivos para se tornar infeliz, desleal, subornável ou violento.

Em todos os casos de injustiças (profissionais, comerciais, de relacionamento etc.) a pessoa prejudicada deve primeiramente ir até a pessoa injusta lhe pedir que corrija a injustiça. Se não surtir efeito deve levar pelo menos uma outra pessoa para que também dê testemunho (reclame) daquela injustiça. Se, apesar disso, a pessoa injusta não se corrigir, aí então deve levar o caso ao conhecimento das autoridades competentes para que elas determinem a solução. É muito importante entendermos que primeiramente deve haver duas tentativas de diálogo, só depois destas tentativas é que o caso deve ser entregue às autoridades.1

Por outro lado, as autoridades precisam agir de maneira totalmente imparcial (sem se inclinar para nenhum dos lados), em respeito aos ensinamentos bíblicos que ordenam que: nem mesmo para favorecer ao pobre se distorça o que é justo,2 e que sempre se use o mesmo padrão de peso e de medida para qualquer pessoa, seja pobre, rico, analfabeto, doutor, mendigo, autoridade, etc... A sociedade precisa entender que é a prática correta do princípio de justiça que produz a paz social viabilizando a prosperidade de forma ordeira e bem distribuída.

A esperteza, a exploração e a má fé, são técnicas ilusórias que têm vida curta e acidentada. As instituições governamentais, empresas privadas e negócios pessoais, estabelecidos com injustiças, com espertezas, com explorações e má fé, são comparáveis a construções sobre areia porque desmoronam nos dias de tempestades (crises, pragas, acidentes, novas concorrências, etc.). Mas, os negócios estabelecidos de forma justa, com justiça nos preços, nos salários, nos serviços e nos relacionamentos em geral, são comparáveis a construções sobre rocha porque permanecem de pé mesmo depois de grandes tempestades.

Portanto, precisamos abandonar a mania subdesenvolvida de gostar de levar vantagem em tudo, e cultivar a mania desenvolvida de gostar de fazer e receber justiça em tudo. Já é hora de entendermos que a vantagem que se leva hoje se transforma no prejuízo de amanhã, enquanto a justiça que se pratica hoje se transformará no lucro de amanhã.

Comportar-se de forma realmente justa, tanto na hora de dar ou de vender, quanto na hora de cobrar ou de receber, é condição primordial para um povo se tornar pacífico e bem-sucedido.

Notas___________________________
1 Ensinamentos de Jesus Cristo em S. Mateus, cap. 18, versículo 15 a 17.
2 Bíblia Sagrada, Levítico, cap. 19, versículo 15. (Frase sintetizada).



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 3 do livro Renasce Brasil.

CAPITALISMO ou SOCIALISMO ?

Capitalismo ou Socialismo ?


Existem pelo menos dois tipos de capitalismos e dois tipos de socialismos sendo utilizados em todo o mundo. Os dois tipos de capitalismos mais utilizados são o Capitalismo Pagão e o Capitalismo Protestante. Os dois tipos de socialismos mais utilizados são o Socialismo ateu (mais conhecido como “científico”) e o Socialismo Católico (mais conhecido como “utópico”). Estas divisões não são muito comentadas no meio acadêmico por razões mais ou menos diplomáticas e anti-religiosas. Mas, na prática, tais divisões existem e fazem muita diferença.

Em termos práticos, o Capitalismo Pagão é utilizado há muito tempo pelos povos que não têm muito compromisso com o princípio de justiça e respeito ao próximo. Já o Capitalismo Protestante, utilizado principalmente pelos países do Primeiro Mundo, nasceu logo após a Reforma Cristã Protestante e, segundo Max Weber, do livro A ética protestante e o “espírito” do Capitalismo, teria surgido com a doutrina calvinista. O Brasil, que não adotou o modelo protestante, continua praticando o Capitalismo Pagão (selvagem): juros altos, salários baixos e preços abusivos.

Nos países de maioria cristã protestante o capitalismo utilizado é o de juros baixos, salários altos e preços justos. Lá, (Estados Unidos, Suécia, Escócia, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Inglaterra etc.) o modelo de capitalismo protestante é chamado apenas de Capitalismo. Na verdade, praticamente tudo o que fazem é, em geral, nos moldes protestantes. Talvez, por isso, o povo brasileiro tenha dificuldades para entender a diferença entre o nosso Capitalismo e o Capitalismo do Primeiro Mundo (o protestante).





O Socialismo ateu (“científico”, na linguagem dos marxistas), ficou famoso ao ser adotado pela antiga União Soviética, Cuba, Vietnam, Albânia, Coréia do norte tornando-se, no entanto, mais conhecido como Comunismo. Já o Socialismo Católico (“utópico” na linguagem dos marxistas), é parcialmente utilizado por países europeus de maioria católica (França, Itália, Espanha etc.).

O Capitalismo e o Socialismo, ou a Direita e a Esquerda, ou ainda o Liberalismo e o Comunismo referem-se a conceitos opostos. Mas, numa análise mais detalhada constatamos que podemos, também, considerá-los complementares. Apesar das grandes diferenças os dois lados são representativos e têm suas respectivas finalidades dentro de uma organização social. O Capitalismo1 (associado à direita e ao liberalismo) é inspirado na justiça rígida e na razão enfatizando a recompensa segundo o merecimento individual. Já o Socialismo (associado à esquerda e ao comunismo) é inspirado nas necessidades comuns e no sentimentalismo enfatizando a igualdade independentemente do merecimento individual. Por isso, é natural que existam defensores do conceito socialista e defensores do conceito capitalista numa mesma sociedade.

Sabendo-se que o Capitalismo baseia-se no desejo de liberdade e de justiça (de forma rigorosa e racional), e o Socialismo baseia-se no desejo de igualdade e fraternidade (de forma mais ou menos inclusiva), então não é difícil entender o porquê, de tanto o Capitalismo quanto o Socialismo terem o seu devido lugar numa mesma organização social. O fato de um ser Direita e o outro Esquerda em nada atrapalha desde que fiquem nos seus respectivos lugares. O ideal, na verdade, é dosar o efeito de justiça que está contido no Capitalismo Protestante com o efeito de amor ao próximo que está contido no Socialismo Católico.

A maioria dos brasileiros ainda não sabe, mas o principal motivo que levou o mundo cristão (“mundo ocidental”) a repudiar as nações comunistas foi o fato de proibirem o cristianismo e imporem o ateísmo. As escolas públicas brasileiras, influenciadas pela crendice marxista, não esclarecem esses assuntos aos seus alunos. A própria imprensa nunca teve coragem de dizer ao povo em geral que a guerra fria, entre Estados Unidos e União Soviética era, na verdade, uma guerra fria entre os princípios cristãos e os princípios ateus de origem marxistas. Hoje, já existe liberdade pessoal, social e religiosa na antiga Rússia. O Cristianismo já retornou à nação (principalmente o ortodoxo)2 apesar de parte do povo ainda ser ateísta, (conseqüência da rígida imposição praticada no regime passado).

Se nós, brasileiros, tomarmos como referência os ensinamentos bíblicos, tal como fizeram os principais países desenvolvidos, concluiremos que o princípio de justiça deve vir em primeiro lugar e só depois deve vir o amor envolvendo e preservando a justiça. Portanto, o Capitalismo Protestante, que é baseado na “justiça rígida",3 deve ser a parte estrutural de uma sociedade; deve ser o sustentáculo principal tal qual o esqueleto humano que é propositadamente rígido para dar firmeza e sustentação ao nosso corpo. Já o Socialismo deve ser parte externa, o acabamento "sensível",4 a parte social que envolve a estrutura tal qual a carne, no corpo humano, que é bem mais maleável e igualmente importante na composição do conjunto.

Analise o exemplo a seguir para entender a interação, necessária, entre capitalismo e socialismo: Imagine um prédio em construção, a estrutura de concreto é a parte mais rígida. De fato, ela não é muito simpática, mas é a parte que sustenta o prédio de pé por longos e longos anos. É a estrutura que garante a solidez e a firmeza para que o prédio não caia e nem se desmonte. Já o reboco, com azulejos, mármores, vidros, janelas, ornamentos etc., que envolvem a estrutura (equivalendo ao socialismo), são igualmente importantes porque dão o adequado acabamento tornando o prédio simpático, confortável e acolhedor.

Portanto, se queremos paz e prosperidade, precisamos considerar o Capitalismo Protestante como estrutura econômica e o Socialismo Católico como acabamento social na hora de formular soluções para o Brasil.

NOTAS:
1 Capitalismo - O Capitalismo Protestante se firmou por volta do século XVII e XVIII visando estabelecer liberdade e justiça nas relações trabalhistas, produtivas e comerciais, (um sistema contrário ao trabalho-escravo até então utilizado por todo o Mundo). Nessa ocasião consolidou-se a adoção do livre trabalho assalariado, do sistema de preços e da produção em larga escala pela iniciativa privada.

2 Cristianismo Ortodoxo - Quatro anos depois da queda do Comunismo (1995), 17,5% da população Russa já havia retornado ao cristianismo. Hoje, esse número é bem maior.

3 Justiça rígida - Quem trabalha, ganha. Quem não trabalha, não ganha. - Quem usa, paga. Quem não usa, não paga. - Quem merece, recebe. Quem não merece, não recebe.

4 Sensível - Quem necessita, também recebe. - Quem não pode pagar, também pode usar. - Mesmo quem não merece, não será esquecido.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 6 do livro Renasce Brasil.

PRECONCEITO

O que é preconceito e a origem dos preconceitos



A complexidade da real origem dos preconceitos é uma das grandes dificuldades que o ser humano enfrenta para entender como respeitar e amar o próximo de forma objetiva e sensata.

Embora esse assunto ainda seja pouco comentado, os preconceitos podem ser divididos em dois segmentos: um segmento é maléfico à sociedade e o outro benéfico. O segmento maléfico é constituído de preconceitos que resultam em injustiças, e que são baseados unicamente nas aparências e na empatia. Já o segmento benéfico é constituído de preconceitos que estabelecem a prudência e são baseados em estatísticas reais, nos ensinamentos de Deus ou no instinto humano de autoproteção. Em geral, os preconceitos benéficos são contra doenças contagiosas, imoralidades, comportamentos degradantes, pessoas violentas, drogados, bêbados, más companhias, etc. Na verdade, é muito difícil definir o limite correto entre preconceito maléfico e preconceito benéfico. Por isso, a liberdade de interpretação pessoal deveria ser sempre respeitada.

É importante entendermos, também, que cultivar o amor ao próximo não significa exterminar preconceitos. Tentar destruir preconceitos à força é cultivar o paganismo e deixar entrar todo tipo de sujeira comportamental na nossa sociedade. No paganismo, (atualmente disfarçado sob o título de “pluralismo” e “laicismo”) tudo é permitido e nada é considerado errado.







Na década de 90, supostos defensores de direitos humanos (agindo como defensores de “anomalias humanas”) deformaram a palavra preconceito, a palavra amor, a palavra cultura e várias outras. Parece que a intenção era confundir o significado destas palavras e abrir caminho para oficializar práticas pagãs na sociedade brasileira. De fato, nos anos seguintes constatamos o aumento do homossexualismo, do feminismo, da infidelidade conjugal, dos rituais satânicos em diversas regiões, da prostituição em diversos níveis e de outros comportamentos degradantes e imorais “justificados” como festivos e culturais.

Infelizmente, uma parte da mídia vem usando uma máscara de amor ao próximo para condenar as discriminações de caráter preventivo e apregoar a indiscriminação total e generalizada. Essas pessoas, de ideais utópicos e estranhos, têm atribuído conotações exclusivamente pejorativas, à palavra preconceito, para desmoralizá-la e destruir seu efeito preventivo (o lado benéfico). No fundo, querem semear “ervas daninhas” em nosso meio e contaminar a nação com hábitos idólatras e pagãos.

Ao contrário do que tais pessoas têm apregoado, tudo o que não devemos fazer, nesta área, é praticar a discriminação injusta e precipitada, contra o nosso próximo, seja ele quem for ou quem quer que aparente ser. No entanto, fazer uso de conceitos concebidos de maneira prévia, porém comprovados estatisticamente ou orientados por Deus (através da Bíblia), é um direito legítimo porque faz parte do nosso sistema de defesa; todo cidadão deve ter a liberdade e o direito de fazê-lo sempre que achar necessário.

A estrutura biológica humana também faz uso de preconceitos (de anticorpos) para se defender de vírus e bactérias caracterizados como nocivos. Em geral, os anticorpos repudiam tais invasores antes que se multipliquem e contaminem todo o corpo (um efeito preventivo de origem natural). A medicina avançada também produz vacinas artificiais para desenvolver preconceitos biológicos (do sarampo, da poliomielite, do tétano e de várias outras doenças consideradas infecto-contagiosas). O objetivo é deixar o sistema imunológico preparado para quando o vírus nocivo chegar, o corpo, já vacinado (previamente avisado), esteja prevenido e se defenda antes que o vírus se multiplique e cause maiores problemas. Portanto, o preconceito por si só não é sinônimo de sub­desenvolvimento. Na verdade, quando bem usado é sinônimo de prevenção e de prudência. A maioria dos povos civilizados e prósperos desenvolveu-se fazendo separação entre o certo e o errado e o bem e o mal. E, o preconceito, quando fundamentado em experiências reais ou nos ensinamentos de Deus, é um método preventivo que se antecipa ao erro e ao mal evitando a disseminação de maus hábitos e a conseqüente destruição da sociedade.

Se desejamos combater o preconceito injusto e a discriminação indevida, a solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis. A solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para que o sistema de defesa humano as compreenda e não rejeite o que for normal e saudável. Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a falsidade, a hipocrisia, o desrespeito e, por conseqüência, a violência. Amar, não é simples­mente compreender, tolerar e querer bem ao próximo. Amar o próximo é também ter a coragem de repreendê-lo para que se torne bem-sucedido como ser humano e cidadão.

Já é hora de o brasileiro compreender que a liberdade pacífica, de praticar o justo e fundamentado preconceito (o benéfico), é mais útil a uma nação do que a proibição de usar a intuição humana e o prévio conceito como medida preventiva. Só as pessoas inconseqüentes, ou muito inocentes, é que entendem que devemos considerar todo mundo em igualdade absoluta e irrestrita (sejam sadios, doentes, crianças, homens, mulheres, gays, lésbicas, estupradores, prostitutas, gente de bem, ladrões, aidéticos, etc.). No entanto, as pessoas sensatas e equilibradas, que se preocupam com o futuro da humanidade e que sabem dosar o amor com a disciplina, enxergam a necessidade da moderação nestas questões. Na verdade, precisamos respeitar o comportamento de cada pessoa segundo seu merecimento individual. Temos que levar em conta o risco de boa ou de má influência que cada pessoa ofereça.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 5 do livro Renasce Brasil

sexta-feira, 24 de junho de 2011

LIBERDADE

Liberdade



De uma forma geral, a palavra "liberdade" significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter pleno poder sobre si mesmo e sobre seus atos.

O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Situações como: a escolha da profissão, o casamento e o compromisso político ou religioso, fazem o homem enfrentar a si mesmo e exigem dele uma decisão responsável quanto a seu próprio futuro.

A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia, é o que confere ao homem o sentido da liberdade entendida como plena expressão da vontade humana.

Teorias filosóficas e políticas, de todos os tempos, tentaram definir liberdade quanto a determinações de tipo biológico, psicológico, econômico, social etc. As concepções sobre essas determinações, nas diversas culturas e épocas históricas, tornam difícil definir com precisão a idéia de liberdade de uma forma generalizada.






Do ponto de vista legal, o indivíduo é livre quando a sociedade não lhe impõe nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo. Uma sociedade livre dá condições para que seus membros desfrutem, igualmente, da mesma liberdade. Em 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que engloba os direitos e liberdade que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera que devam ser os objetivos de todas as nações.

A liberdade se manifesta à consciência como uma certeza primária que perpassa toda a existência, especialmente nos momentos em que se deve tomar decisões importantes e nos quais o indivíduo sente que pode comprometer sua vida.

O consenso universal reconhece a responsabilidade do indivíduo sobre suas ações em circunstâncias normais, e em razão disso o premia por seus méritos e o castiga por seus erros. Considerar que alguém não é responsável por seus atos implica diminuí-lo em suas faculdades humanas, uma vez que só aquele que desfruta plenamente de sua liberdade tem reconhecida sua dignidade.

O homem tende a exercer a liberdade em todas as ações externas. Quando elas são cerceadas, frustram-se o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e desprezam-se seus direitos e sua dignidade. Entretanto, apesar de toda a violência externa (e em certo grau também as pressões internas), as pessoas são muitas vezes capazes de manter a liberdade de arbítrio sobre seus atos internos (pensamentos, desejos, amor, ódio, consentimento moral ou recusa), preservando assim sua integridade e dignidade, como acontece com pessoas submetidas a situações extremas de privação de liberdades.

Foram as próprias dificuldades teóricas inerentes ao conceito de liberdade que levaram as ciências humanas e sociais a preferirem o termo plural e concreto "liberdades" ao ideal absoluto de "liberdade". Assim, deixando de lado a discussão especificamente filosófica e psicológica, considera-se, cada vez mais, a liberdade como soma das diversas liberdades específicas. Fala-se correntemente em liberdades públicas, políticas, sindicais, econômicas, de opinião, de pensamento, de religião etc. Embora tal procedimento não resolva o problema teórico da natureza da liberdade, pelo menos possibilita avançar na reflexão e nos esforços para ampliar, cada vez mais, o exercício de uma faculdade de importância primordial na vida dos homens e das sociedades.


Resumo Extraído de Enciclopédias
Projeto Renasce Brasil

DEMOCRACIA X LIBERDADE

Democracia x Liberdade


A Democracia é o sistema (regime) de organização social mais eficiente para se cultivar e se praticar a liberdade de ação e de expressão. A prática da liberdade estimula autocorreções que ajudam a acelerar o desenvolvimento de uma nação. No entanto, a Democracia não é a mãe da liberdade; é apenas uma ferramenta que bem usada facilita a preservação do estado de liberdade. E, ao contrário do que muitos brasileiros pensam, a Democracia não tem poder de evolução, ela tanto pode ajudar a prosperar como pode também ajudar a arruinar. Um povo sábio e bem informado usa a Democracia para se livrar dos vigaristas e fazer prosperar o país. Mas um povo ingênuo e mal informado, permite que os demagogos e os vigaristas controlem a Democracia e destruam o país.

O real motivo dos Estados Unidos terem sido um dos países mais bem-sucedidos do século XX, não estava fundamentado na sua Democracia, mas sim no fato de ter sido, por longo tempo, uma nação de educação genuinamente cristã, (obs: a partir dos anos 90 a educação e a cultura norte-americana se vulgarizaram a tal ponto de não mais merecerem essa qualificação).

A Democracia é, de fato, um bom instrumento de liberdade, mas não é o fator determinante. A Grécia, por exemplo, que é tida pela maioria dos historiadores como o berço da Democracia, perdeu a liberdade várias vezes no último século, resultado de invasões, de guerras civis e de regimes militares: a mais recente de 1967 a 1974. (Uma situação pior que a brasileira e que demonstra que: o simples fato de conhecer ou praticar democracia não garante a preservação do estado de liberdade).




Portanto, precisamos considerar a Democracia como um bom instrumento social, e não como a mãe de todas as soluções. Porque, se assim fosse, a nossa Democracia dos anos 60 não teria resultado numa revolução militar. É obvio que se houve uma revolução foi porque alguma coisa não andava muito bem. Além disso, democratizar não é misturar crianças com adolescentes e com adultos. A Democracia não tem como objetivo igualar estas três diferentes fases do ser humano. A idéia central da democracia é igualar o direito de opinião das diferentes classes sociais. Numa democracia desenvolvida, todos os cidadãos exerçam a mesma influência política independentemente de posição social. Na prática, o sistema democrático tem como objetivo evitar que o poder econômico domine o país e oprima os mais pobres. (Uma realidade que as lideranças brasileiras não têm dado o devido enfoque).

Em nenhum lugar do mundo a Democracia tem como propósito igualar opinião de adultos com opinião de adolescentes, como tem acontecido ultimamente no Brasil. Colocar na mesma urna, o voto de um adolescente de 16 anos e o voto de um adulto de 50 anos, não é democracia, é insensatez e desrespeito à vivência e à experiência humana. A Democracia visa minimizar as diferenças sociais e não as diferenças de idade. Tais diferenças são imposições da natureza e conseqüentemente precisam ser respeitadas. Os próprios adolescentes não entendem esta insensatez brasileira de “cidadania precoce”; uma invenção perigosa que, infelizmente, facilita a eleição dos maus políticos e dos manipuladores da adolescência e da juventude.

Portanto, seria mais prudente fazer o contrário e elevar a idade mínima do voto para 21 anos, de modo a atribuir maior respeito à experiência humana e maior responsabilidade para com o destino do país. O povo brasileiro ainda está em fase de desenvolvimento e, conseqüentemente, sujeito a vigaristas e enganadores que manipulam a imaturidade dos adolescentes visando unicamente benefício próprio. Precisamos de um pouco mais de prudência no trato dessa questão. Não podemos correr o risco de deixar a nação se afogar no caos e na desordem como já aconteceu no passado. É importante nos conscientizarmos de que, o realmente útil e produtivo, numa Democracia, é o livre direito de opinar e de fazer oposição (de criticar e de apontar erros) e não o direito imaturo de votar. O excesso de direitos, inventado no Brasil, pode estimular nossos adolescentes a se tornarem prepotentes, desrespeitadores e inconseqüentes.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 4 do livro Renasce Brasil.

MAU USO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA TV

Mau uso da Liberdade de Expressão na TV



A liberdade de comunicação e expressão é muito útil e para o nosso bem, da mesma forma que comer, adoçar, temperar, trabalhar, descansar, etc, são igualmente úteis e importantes na vida de qualquer pessoa. No entanto, não podemos esquecer que: se exagerarmos em qualquer uma dessas coisas, elas tornam-se prejudiciais e danosas.

Infelizmente, a maioria das emissoras de televisão vem confundindo a liberdade de expressar pensamentos e opiniões com a libertinagem pagã de expressar imoralidades e palavrões em qualquer tempo e em qualquer lugar. Os países desenvolvidos praticam a liberdade de expressar qualquer pensamento e opinião, mas respeitam os limites éticos, morais e familiares, que nós também deveríamos respeitar.

De fato, liberdade de expressão é benéfica a qualquer sociedade porque permite a participação de todos através do direito de apontar erros, reclamar, sugerir ou criticar. No entanto, a partir dos anos 90, uma liberdade de expressão, muito além da boa medida, tem produzido efeitos colaterais bastante nocivos. A ausência de uma fiscalização governamental vem propiciando comportamentos cada vez mais irresponsáveis por parte das empresas de comunicação.

Observe que a televisão brasileira, visando altos ganhos financeiros, vem vulgarizando e estimulando o prazer inconseqüente, a irreverência, o sensualismo, a imoralidade, a mentira, a infidelidade conjugal, a nudez e o desrespeito. Desrespeito ao corpo, ao próximo, à família e à boa formação da infância e da juventude. Estes fatos vêm acontecendo porque o mercado de informação, notícias e entretenimento, é o único mercado que não possui órgãos públicos para fiscalizar suas atividades.




O maior problema, conseqüente da ausência de um órgão para fiscalizar e disciplinar os veículos de comunicação, está no fato de que os atuais excessos induzem os adolescentes ao uso de drogas, à depravação sexual, a “heróicas” violências, a roubos e assaltos e inúmeras outras irracionalidades como temos visto na maioria dos noticiários. São muitas desgraças, que vão de bárbaros homicídios, como o caso do índio de Brasília em 1997, a inúmeros estupros em família estimulados ou induzidos pelas cenas eróticas da TV.

Infelizmente, a Televisão brasileira tem estimulado comportamen­tos que levam às graves enfermidades sexuais, a traições conjugais e desilusões que muitas vezes levam alguém para a morte. Talvez, o pior de tudo, seja o fato de adolescentes estarem gerando filhos bastardos, desprezados e até lançados nas lixeiras públicas. Esta realidade tem assustado significativamente a família brasileira. A maioria ainda não compreende ao certo a causa de tantas aberra­ções e tragédias, mas já anda desconfiada do exagero da liberdade de expressão principalmente na TV. (Um exagero que, inclusive, vem gerando grandes equívocos no campo dos valores humanos e sociais).

Veja que a dança e a nudez, por exemplo, atualmente muito estimulada pela TV, nunca foram sinais ou evidências de desenvolvimento. Na verdade, é totalmente ao contrário. Basta olharmos para algumas civilizações passadas e para os países e povos mais subdesenvolvidos do mundo atual, e vamos constatar que o excesso de dança e a nudez são indicadores de subdesenvolvimento. Isso não quer dizer, entretanto, que a falta de dança e o excesso de vestimentas indique o contrário. O desenvolvimento e o progresso estão sempre ligados ao bom senso e à moderação, nunca ao pouco nem ao excesso.

Alheia a esta realidade, a mídia brasileira vem faturando alto com a exploração da irreverência e do sensualismo, sem se dar conta deste grande mal que está semeando na nossa sociedade. A irreverência e a sensualidade são duas sementes muito “bonitinhas”, porém, de conseqüências extremamente malignas ao longo do tempo. Estas duas sementes, depois de germinadas, resultam em violências e desgraças que contribuem para consolidar um estado de pobreza e de miséria. Os povos desenvolvidos cultivam a reverência e a decência porque já conhecem os maus resultados da irreverência e da sensualidade.

Portanto, se continuarmos fazendo “vista grossa” às depravações que estão em crescimento na nossa cultura, e concordarmos estaticamente com a proliferação da dança imoral, do desrespeito generalizado, da nudez na TV e nos veículos de comunicação em geral, estaremos concordando, na verdade, com a proliferação e o aumento do subdesenvolvimento e de todas as suas amargas conseqüências familiares e sociais.



Valvim M Dutra
Extraído do capítulo 4 do livro Renasce Brasil.

sábado, 4 de junho de 2011

Pequenos Gestos

PEQUENOS GESTOS
Um provérbio popular garante que é pelo dedo que se conhece o gigante. São as pequenas ações que mostram o caráter de uma pessoa. Na vida há poucas oportunidades para ser herói, mas nosso dia está marcado por pequenos gestos, que podem revesti-lo de grandeza e fazer a felicidade dos demais.
Alguém elencou dez pequenos gestos que qualificam o agir humano:
- Dê atenção às pessoas. Não importa que seja rico ou pobre, jovem ou velho, conhecido ou desconhecido, educado ou descortês. Pelo seu sorriso mostre-lhes que elas são importantes.
- Mantenha o otimismo. Agradeça a Deus o dom da vida e veja somente o bem que existe em cada pessoa. A vida é curta demais para desperdiçá-la com amarguras.
- Cultive sempre o diálogo. Dialogar é, antes de tudo, ouvir o que a outra pessoa tem a dizer. Mesmo quando você tem obrigação de discordar faça isso com simpatia e respeito. E sempre mantenha abertas as portas para uma nova conversa.
- Seja amigo sincero e prestativo. Muitos querem ter bons amigos e amigas, mas há quem esqueça de ser amigo. Ser amigo significa cordialidade, respeito, atenção. Mostre interesse pelos outros. Ninguém gosta daquele que se coloca como centro do mundo, querendo ser constantemente elogiado e iniciando todas as frases pelo antipático “eu”.
- Reconheça os próprios erros. Adão e Eva quiseram ser como deuses, negando o erro e por isso foram afastados do Jardim da Felicidade. Afinal, você é humano, dê-se o direito de errar e admita perante o outro que, efetivamente, você errou. Isto aumentará sua credibilidade.
- Não poupe elogios. Mas isto não significa bajulação. Há sempre em todas as pessoas coisas boas e diga a elas como isso é importante. No fundo, trata-se de um sentimento de bondade e de gratidão. Por outro lado, evite as críticas. Quando for necessário, ajude os outros, a partir da porta do amor.
- Aceite o diferente. Deus não cria ninguém em série e há muitas maneiras de fazer a mesma coisa. Um jardim é bonito porque contém muitas variedades de flores.
- Solicite a opinião dos outros. Todos têm sua verdade, seus pontos de vista.
- A opinião de muita gente costuma melhorar a proposta original. Não tenha receio de dar a sua opinião e aceite que ela possa não ser levada em conta.
- Cultive a gratuidade. Na realidade, as melhores coisas da vida não são pagas; a própria vida, o ar, o sol, a graça, a amizade. Faça o que puder para fazer felizes os demais. E você será feliz.




Fazer o Bem
Vale a Pena

Nereu Jorge Araldi

BEM VIVER

BEM VIVER
DOMINE a língua. Diga sempre menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave. O modo de falar impressiona mais do que o que se fala.
PENSE antes de fazer uma promessa e depois não a quebre, nem dê importância ao quanto lhe custa cumpri-la.
NUNCA deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
TENHA interesse nos outros, em suas ocupações, em seu bem-estar, seus lares e família. Seja sempre alegre com os que riem e lamente com os que você lhes dispensa atenção e lhes dá importância.
SEJA alegre. Conserve para cima os cantos da boca. Esconda suas dores, desapontamentos e inquietações, sob um sorriso. Ria das histórias boas e aprenda a contá-las.
CONSERVE a mente aberta para todas as questões de discussão. Investigue, mas não argumente. É próprio das grande mentalidades discordar e ainda conservar a amizade do seu oponente.
DEIXE as suas atitudes, se as tiver, falarem por si mesmas e recuse a falar das faltas e fraquezas de outros. Condene os murmúrios. Faça uma regra de falar só coisas boas dos outros.
TENHA cuidado com os sentimentos dos outros. Gracejos e críticas não valem a pena e frequetemente magoam quando menos se espera.
NÃO faça questão das observações más a seu respeito. Viva de modo que ninguém acredite nelas.
NÃO seja excessivamente zeloso dos seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve-se calmo, esqueça-se de si mesmo e receberá a recompensa.

Fazer o Bem
Vale a Pena
Nereu Jorge Araldi