quarta-feira, 27 de julho de 2011

ARTIGO Arnaldo Jabor

> ARTIGO
> Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
> Como tudo na vida.
> Detesto quando escuto aquela conversa:
> - 'Ah, terminei o namoro...'
> - 'Nossa, quanto tempo?'
> - 'Cinco anos....
> Mas não deu certo...acabou
> 'É não deu...?
> Claro que deu!
> Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
> E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
> Não acredito em pessoas que se complementam.
> Acredito em pessoas que se somam.
> Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
> E não temos esta coisa completa.
> Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
> Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
> Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
> Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
> Tudo nós não temos.
> Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
> Pele é um bicho traiçoeiro.
> Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
> E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
> Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate....se joga...se não bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
> Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
> O outro tem o direito de não te querer.
> Não lute, não ligue, não dê pití.
> Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
> Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
> O ser humano não é absoluto.
> Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta.
> Nada de drama.
> Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
> O legal é alguém que está com você por você.
> E vice versa.
> Não fique com alguém por dó também.
> Ou por medo da solidão.
> Nascemos sós.
> Morremos sós.
> Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
> E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
> Tem gente que pula de um romance para o outro.
> Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
> Gostar dói.
> Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
> Faz parte.
> Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
> E nem sempre as coisas saem como você quer...
> A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
> Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
> Se não quer se envolver, namore uma planta.
> É mais previsível.
> Na vida e no amor, não temos garantias.
> E nem todo sexo bom é para namorar.
> Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
> Nem todo beijo é para romancear.
> Nem todo sexo bom é para descartar.
> Ou se apaixonar.
> Ou se culpar.
> Enfim...quem disse que ser adulto é fácil? Arnaldo Jabor

sábado, 23 de julho de 2011

DIVERSIDADE CULTURAL

A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões.

Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.

Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão abordados.

Região Nordeste

Entre as manifestações culturais da região estão danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. Manifestações religiosas como A festa de Iemanjá e lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina. O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão verde, canjica, arroz doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha.

Região Norte

A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi bumbá do país, que ocorre em junho no Amazonas. Outros elementos culturais da região Norte são: o carimbo, o congo ou congada, a folia de reis, a festa do divino.
A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro. ada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outrosFestival de Parintins (
Região Centro-Oeste

A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, recebendo contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goiás, o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, maria isabel, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como o Pintado, Pacu e Dourado, entre outros.
Região Sudeste

Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó.
A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etcRegião Sul.
Região Sul

O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. As festas típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã). Também integram a cultura sulista: o fandango de influência portuguesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A SOCIOLOGIA e a MISÉRIA HUMANA

A Sociologia e a miséria humana

Levar à consciência os mecanismos que tornam a vida dolorosa, inviável até, não é neutralizá-los; explicar as contradições não é resolvê-las. Mas, por mais cético que se possa ser sobre a eficácia social da mensagem sociológica, não se pode anular o efeito que ela pode exercer ao permitir aos que sofrem que descubram a possibilidade de atribuir seu sofrimento a causas sociais e assim se sentirem desculpados; e fazendo conhecer amplamente a origem social, coletivamente oculta, da infelicidade sob todas as suas formas, inclusive as mais íntimas e as mais secretas.


BOURDIEU, Pierre (coord.). A miséria do mundo.
Petrópolis: Vozes, 1997. p. 735.





Tarefa da Sociologia

Não há escolha entre maneiras "engajadas" e "neutras" de fazer sociologia. Uma sociologia descomprometida é uma impossibilidade. Buscar uma posição moralmente neutra entre as muitas marcas de sociologia hoje praticadas, marcas que vão da declaradamente libertária à francamente comunitária, é um esforço vão. Os sociólogos só podem negar ou esquecer os efeitos de seu trabalho sobre a "visão de mundo", e o impacto dessa visão sobre as ações humanas singulares ou em conjunto, ao custo de fugir à responsabilidade de escolha que todo ser humano enfrenta diariamente. A tarefa da sociologia é assegurar que essas escolhas sejam verdadeiramente livres e que assim continuem, cada vez mais, enquanto durar a humanidade.


BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 246.





1. A Sociologia é necessária para a compreensão da sociedade em que vivemos? Por quê?


2. No seu entendimento, a Sociologia pode contribuir para que haja mais liberdade de pensamento e de ação?

TELEVISÃO E SEXUALIDADE

Televisão e sexualidade


O famoso autor de novelas Agnaldo Silva, ao responder se o bombardeio de sexo na televisão aberta pode, de alguma maneira, estimular a sexualidade precoce nas crianças; respondeu da seguinte forma:
Não é só na TV aberta. No Brasil houve um momento em que esse negócio de sexo exacerbou de tal maneira que as meninas de 12 anos agora são moças! [...] É uma coisa pavorosa, porque você vê crianças com um apelo sexual incrível! Está errado! Isso foi uma mudança cultural no Brasil dos anos 1980 para cá que ainda não foi devidamente estudada pelos antropólogos e sociólogos de plantão, que estão mais preocupados com a política do que com qualquer outra coisa e não percebem que isso também é política. [...]
A brasileira não é diferente de nenhuma outra mulher do mundo, mas a levaram a acreditar que ela é um vulcão de sensualidade, e agora a maioria se comporta como tal. Vi em várias ocasiões pais que incentivavam filhas de 7 anos a dançar na boquinha da garrafa! Essas coisas estão na TV, nas revistas, em todos os lugares! Aonde é que vamos parar? Foi por isso que botei aquela personagem adolescente grávida na novela, porque passei três vezes na frente de uma maternidade do Estado e vi que na fila das grávidas, onde havia umas 30 mulheres, pelo menos 20 eram adolescentes, e pelo menos duas não teriam mais que 11 anos. Todas lá, com o barrigão de fora, como se dissessem com orgulho “olha até onde me levou a minha sensualidade!”



SILVA, Agnaldo. In: DANNEMANN, Fernanda. A próxima
atração. Cult: revista brasileira de literatura, São Paulo,
n. 91, abr. 2005, p. 8-11,





1) Você acha que a situação descrita por Agnaldo Silva é apenas uma visão pessoal ou é algo concreto, que pode ser observado no cotidiano?

2) Você acredita que a televisão tem o poder de afetar o comportamento das jovens

3) Ao explorar cenas de sexo, as novelas formam uma visão distorcida da vida sexual do brasileiro? Que interesse haveria em constituir a imagem da mulher brasileira como "um vulcão de sensualidade"?

TELEVISÃO:RECONHECIMENTO e SOCIABILIDADE

Televisão: reconhecimento e sociabilidade

Maria Conceição Gomes de Melo

A Tv possibilita a leitura diária e constante dos fatos do cotidiano e é um meio que necessita ser problematizado como um elemento formador de pessoas, por isso deve ser absorvida criticamente

A escola deve refletir acerca da formação de jovens diante do uso das tecnologias, repensando a importância dos meios de comunicação, sobretudo da televisão, na vida da sociedade contemporânea, organizada cada vez mais em torno dos consumos simbólicos propostos pela mídia.
Dessa forma, a escola e os professores, na produção do currículo e na organização da prática pedagógica, devem levar em consideração que a Educação e a comunicação funcionam como um processo cada vez mais (inter) relacionado. Os estudantes estão se desenvolvendo em meio aos avanços tecnológicos e as mudanças socioculturais resultantes dos meios de comunicação de massa.
Estes jovens valorizam os conhecimentos e as informações que adquirem através da televisão e se organizam em comunidades de consumidores que se formam a partir do que propõe a mídia. De acordo com o doutor em filosofia Néstor Canclini, quanto mais jovem for a pessoa mais seu comportamento depende desses circuitos.
Canclini afirma que as novas identidades são construídas e socializadas a partir da lógica do consumo e, principalmente, do que propõe a televisão, ressaltando a importância da telenovela na vida das pessoas, já que estas narrativas colocam em jogo o “drama do reconhecimento”, aparecendo, assim, uma nova forma de sociabilidade.
O autor enfatiza que, durante muito tempo, os livros escolares, os museus, os rituais e discursos políticos foram os dispositivos com que se formulou a identidade de cada nação, consagrando sua retórica narrativa. Na primeira metade do século XX, o rádio e o cinema contribuíram para organizar os “relatos da identidade nacional” numa cultura visual de massa. Com a chegada da televisão, esta função se renova, estrutura-se o imaginário da modernização desenvolvimentista e mostra-se um outro modo de estabelecer identidades e construir a diferença.
A partir dessa época, as personagens dos filmes de tevê, principalmente das telenovelas, tornam-se ponto de referência para milhões de indivíduos, que podem nunca interagir, mas partilham a experiência comum de uma memória coletiva. O autor atribui este fato às mudanças econômicas, tecnológicas e culturais impostas pela globalização, associadas à capacidade de apropriação de bens de consumo e à maneira de usá-los, alterando as possibilidades e as novas formas de exercer a cidadania.
O doutor em filosofia questiona: ”por que a novela influencia tanto as pessoas?”. Para ele, nunca nenhum gênero recebeu tanto destaque entre os setores populares como o melodrama. O sucesso do folhetim televisivo fez aparecer outra forma de sociabilidade, em que as pessoas se identificam com as personagens da trama, muitas vezes por desconhecer seus direitos nos contratos sociais das grandes estruturas sociopolíticas.
Para a jornalista e mestra em educação Rosa Maria Bueno Fischer, a importância de discutir a televisão na escola é fundamental pelo seu alcance espetacular na divulgação de produtos que são consumidos por diferentes grupos de jovens que, muitas vezes, criam, através da imagem, valores considerados válidos pelos grupos de prestigio.
Aquele que é considerado o “diferente”, muitas vezes, é tratado de forma preconceituosa, como nas novelas de grande audiência nacional e nos programas de humor. Ali, a mulher aparece como objeto, se utilizando apenas da sensualidade para ganhar o reconhecimento dos homens, o homossexual masculino é sempre extravagante e afeminado, o idoso, o tolo e o gordo estão sempre em situação de deboche.
Dessa forma, reforço a necessidade de constantes debates na escola sobre os conhecimentos que são considerados válidos na tevê, quebrando o preconceito de que a televisão afasta o aluno dos livros. A televisão é um recurso que possibilita a leitura diária e constante dos fatos do cotidiano, é um meio que necessita ser problematizado como elemento formador das pessoas e, por isso mesmo, deve ser lido criticamente pelos jovens e telespectadores.
A verdadeira inclusão escolar, hoje, só será realmente concebida, a partir da melhoria do ensino público, na redefinição da prática pedagógica que estabeleça um currículo pautado na compreensão dos estudos culturais, capaz de compreender a juventude e sua cultura, os fundamentos da diversidade, da identidade e da diferença, para criar autonomia no sujeito e valorizar suas múltiplas dimensões.

As CARACTERÍSTICAS da SOCIEDADE ATUAL

AS CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ATUAL

1ª. Exclusão social com falta de empregos aos jovens que se preparam para ingressar no mercado de trabalho;

2ª. despreparo dos candidatos que procuram ingressar no mercado de trabalho para assumir os encargos nos moldes exigidos pelos empregadores;

3ª. enfraquecimento do vínculo familiar com a liberação da mulher e seu ingresso no mercado de trabalho, até por uma questão de sobrevivência da família;

4ª. abandono dos menores nas ruas por incapacidade das famílias em retê-los em suas casas e até de sustentá-los;

5ª. decadência da qualidade do ensino público que não capacita as crianças e adolescentes a ler nem escrever ao final do ensino primário;

6ª. ação nefasta dos traficantes e atravessadores de drogas que contaminam jovens e adultos de todos os setores sociais;

7ª. aumento da violência e da criminalidade dos jovens, superlotando as casas de reclusão como as Febens que têm se mostrado ineficazes na ressocialização dos internados;

8ª. superlotação das cadeias e presídios que, sob todas as formas, se mostram incapazes de dar condições humanas aos encarcerados, além de não lhes possibilitar internamente cursos de formação profissional para que, após o cumprimento das penas, possam com dignidade, serem reintegrados à sociedade e ao mercado de trabalho ;

9ª. índices crescentes de gravidez entre as meninas em faixas etárias em que ainda não adquiriram desenvolvimento físico, mental e psicológico, nem possuem suporte familiar capaz de dar apoio às implicações de uma precoce gravidez;

10ª. mudanças sociais impostas pela globalização, privilegiando países ricos em detrimento dos subdesenvolvidos, obrigando-os a empréstimos cujos juros são eternamente renovados com pesado ônus às populações e imposibilitando-lhes o crescimento econômico e uma geração de novos empregos e justa distribuição de renda.

11ª. alteração dos produtos consumidos pelas populações com a introdução dos transgênicos com conseqüência ainda não cientificamente avaliada nas pessoas, na fauna e na flora do mundo;

12ª. alterações do eco-sistema com a destruição da camada de ozônio ampliando a ocorrência do câncer de pele; a aplicação de hormônios nas aves e animais provocando doenças desconhecidas no ser humano; a diminuição do volume de água provocando a presença de mercúrio nos rios causando o envenenamento, destruindo a fauna e a flora, bem como a população ribeirinha;o degelo progressivo dos pólos provocando preocupação aos governos e nações do planeta que temem pelo futuro; a presença de ciclones, tufões, tsunamis e outros fenômenos, em locais ainda não anteriormente notados;

13ª. experiências científicas com a coleta do sangue de cordão logo após nascimento, para obtenção de células tronco, material do qual se pode obter, em princípio qualquer tipo de célula. Já estão sendo criados os bancos públicos de células de cordão, com potencial para beneficiar qualquer um que venha a precisar desse tipo de terapia. Seriam suficientes, calcula-se que 12 mil cordões para garantir compatibilidades com qualquer brasileiro, caso necessite de um transplante (heterólogo, nesse caso). Atualmente só existem os bancos privados de células fiscalizados pela Anvisa e Conselho Federal de Medicina –CFM que cobram acima de 3 mil reais por esse tipo de serviço fora as anuidades de R$300 a R$600 para manter o material congelado.

14ª. clonagem por enquanto aplicadas em animais, mas que, excepcionalmente, buscando a cura de doentes como o mal de Alzheimer acaba de ser autorizada no Reino Unido, podendo ser copiado em países despreparados para tal ou ser usada por seres inescrupulosos com sérios riscos para a raça humana; o que equivale dizer, que o homem se atreve a brincar de Deus, alterando os códigos genéticos e criando aberrações para atendimento do seu luxo criativo, interferindo no processo de criação até agora uma atribuição divina. É preciso compreender-se que o ser humano ainda não sabe sequer brincar de homem, desde que, na maioria das vezes, quando o intenta, seu jogo se transforma em conflito de guerra com destruição à vista.

15ª.ameaças periódicas de utilização de armas bacteriológicas e de gases letais que pairam terrivelmente ao lado de equipamentos mucleares estocados com capacidade de destruição do planeta várias vezes, reduzindo-o a poeiraestelar.

16ª. 16a. aplicação da regressão da memória que bons benefícios possa trazer aos pacientes é válida quando feita com objetivos nobres de cura mas, quando realizada sem uma orientação competente e especializada, destituída de objetivos nobres, animada por simples curiosidade ou frivolidade descabida, sempre pode resultar em desastre, isto é, imprevisível sucesso muitas vezes de sabor amargo;

17ª. a internet modificou dramaticamente o domínio do romântico e poderá im rque possuem auras azuis, nascidas a partir de 1980 com caráter, personalidade, características próprias, e que intrigam a ciência pelas suas diferenças na estrutura do DNA. Segundo opiniões (veja “Crianças Índigo Mentes Brilhantes” de Ana Gaspar, em vídeo, que afirma estarem as crianças índigo entre nós para promover uma verdadeira transformação na organização social, educacional, familiar e espiritual do Planeta);

19ª. enfraquecimento do estado como instituição, com omissão de suas funções básicas e tradicionais de educação, saúde, justiça, ordem pública e social, gerando em seus vazios de atividade ou de ações tradicionais a oportunidade do surgimento de poderes paralelos sustentados pela máfias da droga, do jogo clandestino, e do contrabando de armas feito a partir das longas fronteiras desguarnecidas de policiamento e de outras formas comandadas até a partir dos presídios do país;

20ª. Finalmente a fome, flagelo da humanidade, resultado da exploração dos estados industrializados sobre os países pobres ou quando muito detentores de uma monocultura em termos de agricultura ou mineração ou resultante das guerras pelo poder como na África, Xexênia, Iraque, Afeganistão, em favor dos grandes paises fornecedores de armas de destruição em massa. Ainda a má distribuição de rendas resultantes de más políticas governamentais bem como da insensibilidade dos homens mais afortunados em socorrer pela benemerência aqueles mais humildes das periferias urbanas e rurais, etc.

Conclusão:O que a grande maioria quer é viver, trabalhar, interagir, sonhar e se realizar, mas como ela é pobre, e desempregada, não tem como abrir uma empresa e se cadastrar; só lhe resta vender pelas ruas e praças os produtos que chegam via contrabando, descaminho, e produtos de roubos de cargas que a polícia e o fisco pouco conseguem interceptar.

Se o governo é incapaz de cobrar os inadimplentes, bem entendido não aqueles das microempresas, mas aqueles que devem e podem pagar mas não o fazem, de combater eficazmente a sonegação e de desmascarar e processar ao laranjas e aqueles que os geram, não queira esse governo omisso pretender que o povo pague a conta de sua omissão, simplesmente elevando alíquotas dos impostos daqueles contribuintes que são regulares, honestos e pontuais.

Mas não nos culpemos por todo o mal que ocorre no mundo atual, afinal somos humanos e falíveis.

Foi muito confortante ouvir por ocasião do último Natal a mensagem do Rei Roberto Carlos no seu último CD a música Seres Humanos, feita em co-autoria com o seu amigo de sempre Erasmo Carlos:

“Mas que negócio é esse de que somos culpados
De tudo que há de errado sobre a face da Terra!
Buscamos apoio nas religiões
E procuramos verdades em suposições
Católicos, judeus, espíritas e ateus
Somos maravilhosos
Afinal, somos filhos de Deus”.
“Somos Seres Humanos
Só queremos a vida mais linda

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A SOCIEDADE SALARIAL ESTÁ NO FIM ?

A sociedade salarial está no fim?

Até há pouco tempo, o trabalhador podia entrar numa empresa, trabalhar anos seguidos e aposentar-se nela. Era o chamado posto fixo de trabalho. Hoje, isso está desaparecendo, conforme explica o sociólogo francês Robert Castel, em seu livro A metamorfose da questão social: uma crônica do salário. O sociólogo mostra que, na França, essa situação está dando lugar a uma nova sociedade, na qual o trabalho e a previdência já não significam segurança, o que causa transtornos terríveis em termos sociais e individuais. Ele destaca quatro aspectos que parecem estar se generalizando no mundo:

• A desestabilização dos estáveis. As pessoas que têm emprego estão sendo “invalidadas” por vários motivos. Algumas porque são consideradas “velhas” (em torno de 50 anos); outras porque não têm formação suficiente para o que se quer; há ainda aquelas que são consideradas jovens demais para se aposentar.

• A precariedade do trabalho. Há um desemprego constante nos últimos anos, e a maioria dos tabalhadores desempregados normalmente só encontra postos de trabalho instáveis, de curta duração ou em períodos alternados.

• O deficit de lugares. Não há postos de trabalho para todos, nem para os que estão envelhecendo, nem para os mais novos que procuram emprego pela primeira vez. Isso sem falar naqueles que estão desempregados há muito tempo e até participam de programas de requalificação.

• A qualificação do emprego. Há tantas exigências para a formação do trabalhador que se cria uma situação aparentemente sem solução. É o caso dos jovens, que não são contratados porque não têm experiênciamas nunca poderão ter experiência se não forem contratados. Pessoas em torno de 20 anos ficam vagando de estágio em estágio ou de programas de estágio para outros programas. Há, ainda, jovens com boa qualificação que ocupam empregos inferiores, tirando o trabalho dos que têm pouca qualificação.

Todas essas situações criam indivíduos como que estranhos à sociedade, pois não conseguem se integrar nela, desqualificando-se também do ponto de vista cívico e político. Eles próprios consideram-se inúteis sociais. Ocorre praticamente uma perda de identidade, já que o trabalho é uma espécie de “passaporte” para alguém fazer parte da sociedade. No Brasil, tudo isso acontece, principalmente nos grandes centros urbanos.

SOU UMA PROFESSORA QUE PENSA...

Sou uma professora que pensa...

Sou uma professora que pensa...
Pensa em sair
correndo toda vez
que é convocada
para a reunião da AC,
que certamente
nada acontece para um maior
crescimento profissional, onde nem
sequer fala-se sobre o insucesso do aluno.
Sou uma professora que luta...
Luta cotidianamente
dentro da sala
de aula, com os
alunos, para que
eles reflitam, compreendam
os assuntos apresentados.
Que luta contra seus
próprios princípios de educação,
ética e moral.
Sou uma professora que compreende...
Compreende que
não vale a pena lutar
contra as regras do
sistema, ele é
sempre o lado mais forte.
Sou uma professora que critica...
Critica a si mesmo
por estar fazendo o
papel de vários
outros profissionais
como: psicóloga,
médica, assistente social.

Sou uma professora que tem Esperança...
E espera que a
qualquer momento
chegue um
“estranho” que
nunca entrou em
uma sala de aula
impondo o modo de
ensinar e avaliar.
Sou uma professora que Sonha...
Sonha com um
aluno interessado,
Sonha com pais
responsaveis
sonha com um
salário melhor,
um mundo melhor.
Em fim, sou uma professora que representa...
Representa a classe
mais desprestigiada
e discriminada e
que é incentivada a
trabalhar só pelo
amor à profissão.

Maria Conceição Gomes de Melo

INDÚSTRIAS CULTURAIS NACIONAIS ?

Uma das principais características da indústria cultural é ser utilizada como instrumento promocional a serviço do consumo, sobretudo via meios de comunicação de massa e mercado de entretenimento. Questões que, segundo Jameson, são reveladas quando os investidores se limitam a observar o fator econômico da cultura, gerando uma demanda cada vez maior por produção cultural, além de tornar praticamente indistinguível a identificação entre os produtos provenientes dessa indústria e a cultura propriamente dita.

Determinar as necessidades, os desejos e os interesses do consumo cultural para fortalecer e a construir uma identidade globalizada, é a característica do novo modelo econômico que vemos atuando no atual mercado cultural nacional.

Nesse sentido, a questão central da problemática enfrentada pelos indicadores culturais acerca da economia da cultura é o novo quadro cultural globalizado. Esse cenário se configura por uma nítida posição de mercado cultural de bens de consumo, no qual, segundo George Yúdice a “cultura já não é nacional, mas particular, desse ou daquele grupo local, dessa ou daquela etnia, de mulheres etc”.

Essa nova postura econômica do mercado é identificada pela cultura do consumo como pertencente a um momento no qual as identidades culturais nacionais perderam espaço frente às constantes criações de símbolos e marcas de identificação global.

A questão que devemos levantar aqui é se o Brasil deve ou não incentivar uma indústria cultural própria, capaz de promover seus referenciais simbólicos e identitários ao nível da cultura de massa.

A crise econômica recente será uma oportunidade para revermos nossos sistemas de trocas e valores éticos, ou apenas uma brecha que se abre na economia mundial para novos agentes como Brasil, com economia estável, setor financeiro fortalecido e uma democracia em fase de consolidação?

* trecho do livro O Poder da Cultura.

http://www.culturaemercado.com.br/ideias/industrias-culturais-nacionais
















brasil cultura

INDÚSTRIA CULTURAL

Indústria Cultural








Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.

A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade. Os conteúdos nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando-a a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação.

No Brasil, a indústria cultural não é homogênea, pois foca temas, assuntos e culturas estrangeiras no lugar de ensinar e incentivar o interesse sobre a história e as tradições do próprio país. Infelizmente, a triste realidade brasileira é que são focados apenas objetos de compra e venda e não a propriamente cultura no qual esta se propunha. A produção realizada pela indústria cultural é centralizada no interesse lucrativo, o que impõe um determinado padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de crítica rebaixada e de mente narcotizada.

Da CULTURA à INDÚSTRIA CULTURAL

Da cultura à indústria cultural



MILTON SANTOS


Neste ano 2000, muitas iniciativas podem apenas encobrir uma vontade festeira, permanecendo na superfície das questões em lugar de aprofundá-las. Como a festa faz parte da vida, pode-se até aceitar que certos temas ganhem esse tratamento. Há outros, no entanto, que exigem uma atitude mais severa, por exemplo a cultura. Nesse último caso, o debate tem que ir mais longe que os comentários encomiásticos ou acerbos que se fazem em torno dos espetáculos e pessoas, como se pudesse ser transformado em "show business" o capítulo destinado a uma apreciação mais sisuda da questão.

Puro e profundo
O momento parece propício para enfrentar o necessário balanço da forma como evolui, no país, a própria idéia de cultura, sobretudo neste último meio século. Esse debate deve, necessariamente, incluir, a partir das definições encontradas -múltiplas definições e não apenas uma- a determinação das tarefas também múltiplas, que deveremos enfrentar nesta passagem de século, para ajudar a retratar a sociedade brasileira naquilo que ela tem de mais puro e mais profundo. O conceito de cultura está intimamente ligado às expressões da autenticidade, da integridade e da liberdade. Ela é uma manifestação coletiva que reúne heranças do passado, modos de ser do presente e aspirações, isto é, o delineamento do futuro desejado. Por isso mesmo, tem de ser genuína, isto é, resultar das relações profundas dos homens com o seu meio, sendo por isso o grande cimento que defende as sociedades locais, regionais e nacionais contra as ameaças de deformação ou dissolução de que podem ser vítimas. Deformar uma cultura é uma maneira de abrir a porta para o enraizamento de novas necessidades e a criação de novos gostos e hábitos, subrepticiamente instalados na alma dos povos com o resultado final de corrompê-los, isto é, de fazer com que reneguem a sua autenticidade, deixando de ser eles próprios. Ao longo dos séculos, a cultura se manifesta pelas mais diversas formas de expressão da criatividade humana, mas não apenas no que hoje chamamos "as artes" (música, pintura, escultura, teatro, cinema etc) ou através da literatura e da poesia em todos os seus gêneros, mas também por outras formas de criação intelectual nas ciências humanas, naturais e exatas. É a esse conjunto de atividades que se deveria denominar de cultura. As culturas nacionais desabrocham como reflexo do que se convencionou chamar de gênio de um povo, expresso pela língua nacional, que é também uma espécie de filtro, veículo das experiências coletivas passadas e também forma de interpretar o presente e vislumbrar o futuro. É verdade que na sociedade babelizada que é a nossa, as contaminações de umas culturas pelas outras tornaram-se possível industrialmente, dando lugar a uma mais forte influência daquelas tornadas hegemônicas sobre as demais, que assim são modificadas. É por isso que toda controvérsia sobre o assunto deve ser atualizada e, para ser consequente, tem de ser começada e terminada com a difícil, mas escorregadia, discussão sobre a indústria cultural: o que é, como se dão seus efeitos perversos em termos de lugar e de tempo. Sem isso o debate pode se dar hoje, mas é como se ainda estivéssemos vivendo em outro século e em outro planeta.Sem essa precaução, corremos o risco de colocar no mesmo saco as diversas manifestações ditas culturais e de avaliar com a mesma medida os seus intérpretes.

Condições particulares
O Brasil, pelas suas condições particulares desde meados do século 20, é um dos países onde essa famosa indústria cultural deitou raízes mais fundas e por isso mesmo é um daqueles onde ela, já solidamente instalada e agindo em lugar da cultura nacional, vem produzindo estragos de monta. Tudo, ou quase, tornou-se objeto de manipulação bem azeitada, embora nem sempre bem-sucedida. O Brasil sempre ofereceu, a si mesmo e ao mundo, as expressões de sua cultura profunda através do talento dos seus pintores e músicos e poetas, como de seus arquitetos e escritores, mas também dos seus homens de ciência, na medicina, nas engenharias, no direito, nas ciências sociais. Hoje, a indústria cultural aciona estímulos e holofotes deliberadamente vesgos e é preciso uma pesquisa acurada para descobrir que o mundo cultural não é apenas formado por produtores e atores que vendem bem no mercado. Ora, este se auto-sustenta cada vez mais artificialmente mantido, engendrando gênios onde há medíocres (embora também haja gênios) e direcionando o trabalho criativo para direções que não são sempre as mais desejáveis. Por estar umbilicalmente ligada ao mercado, a indústria cultural tende, em nossos dias, a ser cada vez menos local, regional, nacional. Nessas condições, é frequente que as manifestações genuínas da cultura, aquelas que têm obrigatoriamente relação com as coisas profundas da terra, sejam deixadas de lado como rebotalho ou devam se adaptar a um gosto duvidoso, dito cosmopolita, de forma a atender aos propósitos de lucro dos empresários culturais. Mas cosmopolitismo não é forçosamente universalismo e pode ser apenas servilidade a modelos e modas importados e rentáveis.

Sistema de caricaturas
Nas circunstâncias atuais, não é fácil manter-se autêntico e o chamamento é forte, a um escritor, artista ou cientista para que se tornem funcionários de uma dessas indústrias culturais. A situação que desse modo se cria é falsa, mas atraente, porque a força de tais empresas instila nos meios de difusão, agora mais maciços e impenetráveis, mensagens publicitárias que são um convite ao triunfo da moda sobre o que é duradouro. É assim que se cria a impressão de servir a valores que, na verdade, estão sendo negados, disfarçando através de um verdadeiro sistema bem urdido de caricaturas, uma leitura falseada do que realmente conta. No arrastão suscitado pelo bombardeio publicitário, o que não é imediatamente mercantil fica de fora, enquanto a sociedade embevecida mistura no seu julgamento valores e autores. Quem é gênio verdadeiro, quem é canastrão diplomado? Há quem possa ser gênio e mercadoria sem ser ao mesmo tempo gênio e canastrão, mas essa distinção não exclui a generalidade da impostura com que alhos e bugalhos se confundem. A pedra de toque do êxito legítimo, que não se mede pelo resultado imediato ou pelo sucesso apenas mercantil, estará em saber distinguir trigo e joio, cultura autêntica e indústria cultural. Como, porém, subsistir enquanto se espera? Como assegurar aos jovens que o seu esforço receberá, um dia, o reconhecimento? Esse é um grave problema do trabalho intelectual em geral e das tarefas especificamente culturais em particular, em tempos de globalização, sobretudo nos regimes neoliberais como o nosso. O Ministério da Cultura deveria promover uma reflexão nacional e pluralista sobre a questão. Em sua falta, as universidades públicas bem poderiam fazer jus à sua vocação e corajosamente assumir a responsabilidade da iniciativa. Não dá mais para fazer de conta que o problema não existe.