quinta-feira, 21 de abril de 2011

CONCEITO DE MOVIMENTOS SOCIAIS

CONCEITO DE MOVIMENTOS SOCIAIS
Resumo:
O que são movimentos sociais? Diferentemente de outros conceitos, este, em particular, apresenta significados distintos conforme a concepção a partir da qual se desenvolve. Os mais variados tipos de ação coletiva são classificados como movimentos sociais. A intenção é, portanto, problematizar um pouco essa discussão, levantar alguns aspectos que podem apontar caminhos no sentido de elucidar certas ambigüidades relativas ao termo, sem, contudo, resolvê-las. Essa imprecisão está relacionada a algumas questões. O conceito envolve uma problemática simetria entre empiria e teoria, relacionada à apropriação do significado das lutas sociais pelos pesquisadores, muitas vezes engajados nelas, o que ajuda a tornar a utilização do conceito bastante propositiva. Este ponto se desdobra num segundo, que é a idéia de sociedade civil, locus dos movimentos sociais, como reservatório de virtudes, o que implica uma sobrevalorização do potencial político dos atores sociais e a crença numa falsa independência em relação a partidos políticos e outras organizações. De qualquer maneira, para os termos deste artigo, as características dos movimentos sociais contemporâneos apontam para uma reorientação da ação coletiva, o que implica a revisão de algumas teorias. Os atores sociais já não se enquadram nas categorias teóricas consagradas para classificar tipos de ação coletiva, embora a pertinência de algumas teses permaneça.
Palavras-chave: movimentos sociais, ações coletivas, sociedade civil

sexta-feira, 8 de abril de 2011

MIND MAP - MAPA MENTAL

MIND MAP, o “MAPA da MENTE” (mapa mental)
É uma representação gráfica de relações entre diversos conceitos. O material necessário é apenas uma folha de papel e caneta. Um especialista em desenvolver esse tipo de mapa pode até dispensar o material, pois ele cria suas figuras mentais apenas na imaginação. No centro de todo mind map fica o tema superior. A partir dele, saem linhas em todas as direções para os diversos subtemas que costumam sublinhar passagens de textos que consideram especialmente importantes. As linhas são todas ligadas entre si para que possamos acompanhá-las melhor mentalmente. Resumindo: duas das três regras básicas do mind mapping são: escrever uma palavra por linha e fazer com que todas as linhas sejam ligadas entre si. E, por último, a terceira e fundamental: ofereça aos seus olhos algo bonito: palavras podem ser substituídas por imagens (desenhos ou colagens); o uso de cores é bem-vindo, e os diferentes campos de interesse são mais visíveis quando delimitados.
Nas reuniões de trabalho, também é impossível tirar grande proveito da linguagem mental comum do mind mapping: as discussões se tornam mais concisas e funcionais, os participantes conversam de forma objetiva e voltada para a busca de soluções. Em vez de surgir espaço para os costumeiros bate-papos ou questionamentos “democráticos”, muitas vezes improdutivos, há rodadas de apresentação de idéias claramente estruturadas, onde cada pessoa tem espaço para dizer o que pensa. Para tanto, os participantes preparam, inicialmente, um pequeno mapa, segundo seus próprios critérios, e depois há uma análise comum dos cartões de cada um. Dessa forma, todos os participantes tomam conhecimento rapidamente das idéias dos outros. Após possíveis complementações e resumos, é possível iniciar imediatamente conversas objetivas.
Como se faz um mind map?
• Trabalhe sempre de forma diagonal.
• O motivo do mapa ou palavra central vem sempre no centro da folha. A partir dele, saem linhas grossas e, se possível, de cores diferentes.
• Expresse cada associação de idéias com apenas um termo (palavra-chave). Uma boa palavra-chave remete, mesmo depois de longo tempo, ao significado.
• Outras linhas mais finas de pensamento são ligadas diretamente às anteriores.
• No centro estão conceitos mais gerais, que devem se tornar cada vez mais específicos quanto mais externos forem.
• Em vez de uma palavra, podem ser usados símbolos, desenhos, colagens ou códigos (que apresentem sentido imediato ao proprietário do mapa).
• Desenhe setas de referência sempre externas, em torno do mind map, nunca

CARTA DA TERRA - Princípios Fundamentais

A Carta da Terra – princípios fundamentais


I. Respeito e cuidado pela comunidade de vida

1. Respeitar a Terra e a vida em toda a sua diversidade.
2. Cuidar da comunidade de vida com compreensão, compaixão e amor.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
4. Conservar a generosidade e a beleza da Terra para as gerações presentes e futuras.

Para poder cumprir estes quatro compromissos globais, é necessário:

II. Integridade ecológica

5. Proteger e recuperar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial cuidado para com a diversidade biológica e os processos naturais que sustentam a vida.
6. Encarar a prevenção dos problemas ambientais como o melhor método de proteção do ambiente e, em caso de conhecimento insuficiente, assumir medidas de prevenção.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que salvaguardem a capacidade regenerativa da Terra, os direitos humanos e o bem-estar das comunidades.
8. Fomentar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a livre troca de conhecimento e sua aplicação.

III. Justiça social e econômica

9. Erradicar a pobreza como imperativo ético, social e ambiental.
10. Garantir que as instituições econômicas de todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável.
11. Afirmar a igualdade e a equidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, aos cuidados de saúde e ao emprego.
12. Defender, sem discriminação, o direito de todos a um ambiente natural e social, promotor da dignidade humana, da saúde do corpo e do bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e das minorias.

IV. Democracia, não violência e paz

13. Reforçar as instituições democráticas, a todos os níveis, e conferir transparência e eficácia à governação, garantir a participação inclusiva na tomada de decisão e o acesso à justiça.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e competências necessárias a um modo de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.

CARTA DA TERRA

Carta da Terra para as crianças da educação pré-escolar


Vivemos um momento muito importante na história da Terra. As distâncias geográficas perderam importância face ao desenvolvimento dos meios de comunicação. Precisamos de unir todas as culturas para “escolher” o futuro: proteger a natureza, respeitar os direitos humanos e criar um mundo onde possamos viver juntos, em paz e com justiça. Temos a responsabilidade de cuidar da vida - tanto no presente como para o futuro.

Terra, Nossa Casa: A Terra é apenas um ponto do imenso universo em que vivemos. A Terra está cheia de vida, com uma variedade rica de plantas, animais, e povos. Para sobrevivermos, nós, os seres humanos, necessitamos de solo, água, ar, plantas, e animais. É nosso dever cuidar da vida na Terra.

A Situação Global: Hoje em dia, o modo como vivemos prejudica muitas vezes o ambiente. O modo como produzimos e consumimos esgota a Terra das suas reservas de água, ar e solo, colocando em perigo a vida de muitas plantas e espécies animais. O crescimento da população mundial contribui para o esgotamento dos seus recursos naturais. Simultaneamente, enfrentamos guerras, fome, miséria, ignorância, doença e injustiça.

Que podemos fazer? A escolha é nossa: podemos começar a mudar, para construir um futuro melhor para todos. A Carta da Terra mostra-nos um caminho possível a seguir.

Somos todos responsáveis. Para contribuirmos para um mundo melhor, temos de ser responsáveis pelas nossas ações porque tudo o que fazemos está interligado – tudo o que existe no nosso planeta está entrelaçado no tecido da vida. Temos de pensar no modo como usamos os recursos e no modo como cuidamos das plantas e dos animais. Temos de pensar no modo como tratamos as outras pessoas. Se todos assumirmos a responsabilidade pelas nossas ações, conseguiremos começar a trabalhar em conjunto para cuidar do bem-estar presente e futuro da “família humana” e de todos os seres vivos do planeta.

Respeito e cuidado por todos os seres vivos?

1. Respeitar a Terra e todos os seres vivos: pessoas, animais e plantas.
a. Reconhecer a importância e a interligação entre todos os seres vivos.
b. Aceitar todas as pessoas como tesouros vivos com as suas crenças e opiniões.

2. Cuidar de todos os seres vivos com compreensão, compaixão e amor.
c. Usar os recursos naturais de forma a não comprometer o futuro da Terra.
d. Proteger os direitos das pessoas e aceitar as suas diferenças.

3. Formar grupos de pessoas que atuem de forma justa, tratem equitativamente os outros e trabalhem pacificamente em conjunto.
a. Reconhecer o direito de todos à liberdade e o direito de escolher o modo como se vão desenvolver e crescer.
b. Incluir todas as pessoas e trabalhar com vista à construção de comunidades seguras, pacíficas e justas.

4. Cooperar para que as pessoas possam usufruir da beleza e dos frutos da Terra.
a. Agir com responsabilidade no presente, sem negligenciar as necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir o conhecimento adquirido e incitar as futuras gerações a cuidarem da Terra.

GILBERTO FREYRE

Gilberto Freyre
Sociólogo Brasileiro

O sociólogo Gilberto de Mello Freyre nasceu em 15 de março de 1900 em Recife.

Filho de uma família de senhores de engenho, era descendente de índios, espanhóis, portugueses e holandeses. Seu pai foi Alfredo Freyre, juiz e catedrático da Faculdade de direito do Recife.

Ele teve o seu primeiro contato com a literatura através do romance As Viagens de Gulliver, mas apresentou sérias dificuldades para aprender a ler e a escrever e só conseguiu se destacar no início da vida, através dos seus desenhos.

Por volta de 1909, ele teve as primeiras impressões do interior rural, quando passou uma temporada no Engenho São Severino do Ramo, propriedade de alguns parentes. Essa experiência seria revelada mais tarde na obra Pessoas, Coisas & Animais.

Freyre estudou na Universidade de Columbia no início dos anos 20, nos Estados Unidos, onde teve contato com o intelectual Franz Boas, uma grande referência para o sociólogo. Em 1933, seu livro mais importante foi publicado: Casa-Grande & Senzala. A obra foi conseqüência de longos estudos, em que o autor foi buscar também na África e em Portugal as raízes para a concepção do homem brasileiro.

Deputado Federal constituinte pela UDN (União Democrática Nacional) em 1946, sua carreira política foi marcada pela luta contra o racismo, sendo inclusive preso por ter denunciado nazistas e racistas no Brasil. Junto com o seu pai, tentou reagir à prisão e foi solto, um dia depois, por interferência do general Góes Monteiro.

Em 1950, tornou-se diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais do Recife, defendendo uma política educacional atenta à diversidade do Brasil. No ano seguinte, a convite do governo português visitou Cabo Verde, Guiné, Goa, Moçambique, Angola e S. Tomé. Fui durante essas visitas que ele desenvolveu e utilizou pela primeira vez o conceito de tropicalismo e luso-tropicalismo, divulgado em 1959 no livro New World in the Tropics.

Gilberto Freyre morreu na sua cidade natal, Recife, em 18 de julho de 1987.

AUGUSTE COMTE

Isidore Auguste Marie François Comte (1798-1857)
Filósofo francês nascido em Montpellier, criador do positivismo, de grande influência no Brasil, filosofia seguida por muitos físicos da sua época e posteriores, que atribuía à ciência o papel único de constatação dos fatos e pesquisa das leis e as relações entre fatos. Também estabeleceu a sociologia (termo por ele criado) como uma sistemática de estudo. Aos 16 anos ingressou na Escola Politécnica de Paris, da qual foi expulso dois anos depois, por liderar um movimento de protesto, passando a viver de aulas particulares e de colaborações para jornais. Sua vida profissional firmou-se quando se tornou secretário do banqueiro Casimir Périer e discípulo de Claude-Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon. Este, um dos teóricos franceses do socialismo utópico, orientou-o para estudo das ciências sociais e transmitiu-lhe duas idéias básicas, que orientaram seu pensamento daí por diante: a de que os fenômenos sociais, como os de caráter físico, também obedecem a leis; e a de que todo conhecimento científico e filosófico deve ter por finalidade o aperfeiçoamento moral e político do homem. Conheceu Caroline Massin (1825), jovem prostituta com quem viveu algum tempo e logo depois desposou. Com problemas no casamento tentou o suicídio ao atirar-se de uma ponte nas águas do Sena (1827). Salvo por um guarda, foi internado num asilo e tratado por Jean Esquirol, pioneiro da psiquiatria científica, recuperou-se e retomou o curso. Ficou preso durante três dias (1830) por recusar-se a servir à Guarda Nacional. Dedicou os 12 anos seguintes à publicação do Cours de philosophie positive, em seis volumes, e a dar aulas gratuitas para operários. Criou, então, uma nova disciplina , que ele chamou física social ou sociologia. Com a morte de sua mãe (1837) logo depois Caroline abandonou-o definitivamente. Em outubro (1844) conheceu a escritora Clotilde de Vaux, que também tivera uma experiência conjugal frustrada, por quem se apaixonou. Ambos desfrutaram de uma bela e intensa amizade e de uma completa identidade de pontos de vista. Queriam uma nova moralidade, uma nova religião e um novo conceito de casamento. Esse foi seu relacionamento mais feliz e, ao mesmo tempo, mais melancólico. Clotilde morreu dois anos depois e ele levou a marca dessa veneração quase religiosa até o fim de sua vida. Novamente solitário, dedicou-se integralmente até sua morte, em Paris, à instituição da religião da humanidade, impregnado de misticismo, criando um sacerdócio, sacramentos e orações, além de propor para seus adeptos uma rígida disciplina. Logo se tornou influente em numerosos países, como Brasil, Chile e México e adeptos do mundo inteiro iam a sua casa em Paris, de onde saíram maravilhados pelo brilho e a serenidade do mestre. Suas principais obras dessa fase são Systeme de politique positive (1851-1854) e Catéchisme positiviste (1852).