terça-feira, 16 de março de 2010

Os SONHOS nos FAZEM CAMINHAR

OS SONHOS NOS FAZEM CAMINHAR

“A utopia está no horizonte. Caminho dois passo, ela se distancia dois passos e o horizonte fica dez passos ainda mais distante. Então para que serve a utopia? Para isso, serve para caminhar.”
Eduardo Galeano

É na virada do ano que percebemos que nossa vida e cíclica. Todo ano é a mesma história: Papai-Noel, promessas de conversão, felicidade, fraternidade, planos de emagrecimento, novas posturas frente a velhas decisões ... 2006, ano de eleições: nossa esperança se livrou do medo ou será que estamos paralisados de medo e indignação? Teremos forças para reinventar a democracia, nossa família, nosso quarto, nosso cabelo?
Passam-se os anos e seguimos não tocando a linha imaginária do horizonte; vale a pena sonhar? Penso, sinceramente, que sim! A esperança é a força motriz da mudança. Além disso, é sempre bom olharmos para trás e vermos que caminhamos, talvez nos mesmos caminhos... Mas tudo bem, a terra é redonda e o céu é sempre novo a cada dia, a cada instante. Ele é sempre o mesmo ainda que outro.
Nós também somos os mesmos, ainda que outros. Já reparaste? Uma brincadeira que tenho feito com os grupos que tenho trabalhado é propor às pessoas que escrevam uma carta para si mesmas para o final do ano e, para os mais corajosos, para daqui a cinco anos. Escreve-se o que cada um desejar. Lacram-se os envelopes pelos próprios autores, colocam-se as cartas dentro de uma caixa, que também é lacrada. Anos depois, eu as envio pelo correio. Neste ano, umas 180 pessoas receberam suas cartas de cinco anos atrás. Nos encontramos para conversar sobre o que mudou, o que ficou... percebemos, de maneira geral, que o horizonte nunca é encontrado, mas ele realmente nos faz caminhar. Os sonhos, as utopias são necessárias porque nos transformam pelo simples fato de serem uma projeção de nos mesmos, uma vontade de potência de ir além da obviedade. Nunca nos tornamos efetivamente o que desejamos. Sim, é verdade que os sonhos são ilusões e as utopias são inatingíveis. Mas os desejos têm um poder imensurável de nos metamorsear, de nos levar adiante.
O labirinto mais perigoso é a linha reta. Portanto, revise mais uma vez seu horizonte, mire as estrelas, os sóis de todo dia, Mas não siga em linha reta. Tudo o que é vivo não é reto. Desvie, circunde, dê a volta, contorne, contemple. Velocidade não combina com sensibilidade e a lentidão não é defeito, é jeito de estar e sentir o mundo.

Dinâmica
Rua dos sentimentos
√ Objetivo: Criar um ambiente positivo, proporcionando um relacionamento humano afetivo.

√ Material: sala ampla, som com música alegre (pode ser "O que é, o que é" de Gonzaguinha), folhas de jornal para a metade dos participantes.


√ Desenvolvimento:
1 – Pedir que cada participante pense num sentimento (amor, amizade, alegria, esperança, utopia, ideal etc.).
2 – Distribuir as folhas de jornal com a metade dos participantes, para que estes espalhem-se pela sala e fiquem em cima da folha de jornal (pode ser em círculo).
3 – Os outros participantes (sem jornal) irá fazer uma visita às ruas dos sentimentos (ficarão dentro do círculo)
4 – Quando este se aproximar, o participante diz: bem-vindo a rua da... (alegria, por exemplo) Eu sou... (diz seu nome), dá um abraço e cede o lugar para o visitante.
5 – O visitante passa a ser uma nova rua (com o sentimento que ele havia escolhido) para receber os outros. Procede da mesma forma diversas vezes.

Reflexão:
a) Como me senti sendo bem recebido e abraçado, com um sentimento positivo?
b) Como me senti em acolher o visitante e abraçá-lo?
c) Que motivações e ideais eu tenho para este ano que se inicia?

Extraída do livro: "Vivenciando dinâmicas – uma
metodologia sempre nova" – Ronildo Rocha, 2002.
www.vivenciandodinamicas.weblogger.com.br
Ronildo Roch

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