sexta-feira, 8 de abril de 2011

AUGUSTE COMTE

Isidore Auguste Marie François Comte (1798-1857)
Filósofo francês nascido em Montpellier, criador do positivismo, de grande influência no Brasil, filosofia seguida por muitos físicos da sua época e posteriores, que atribuía à ciência o papel único de constatação dos fatos e pesquisa das leis e as relações entre fatos. Também estabeleceu a sociologia (termo por ele criado) como uma sistemática de estudo. Aos 16 anos ingressou na Escola Politécnica de Paris, da qual foi expulso dois anos depois, por liderar um movimento de protesto, passando a viver de aulas particulares e de colaborações para jornais. Sua vida profissional firmou-se quando se tornou secretário do banqueiro Casimir Périer e discípulo de Claude-Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon. Este, um dos teóricos franceses do socialismo utópico, orientou-o para estudo das ciências sociais e transmitiu-lhe duas idéias básicas, que orientaram seu pensamento daí por diante: a de que os fenômenos sociais, como os de caráter físico, também obedecem a leis; e a de que todo conhecimento científico e filosófico deve ter por finalidade o aperfeiçoamento moral e político do homem. Conheceu Caroline Massin (1825), jovem prostituta com quem viveu algum tempo e logo depois desposou. Com problemas no casamento tentou o suicídio ao atirar-se de uma ponte nas águas do Sena (1827). Salvo por um guarda, foi internado num asilo e tratado por Jean Esquirol, pioneiro da psiquiatria científica, recuperou-se e retomou o curso. Ficou preso durante três dias (1830) por recusar-se a servir à Guarda Nacional. Dedicou os 12 anos seguintes à publicação do Cours de philosophie positive, em seis volumes, e a dar aulas gratuitas para operários. Criou, então, uma nova disciplina , que ele chamou física social ou sociologia. Com a morte de sua mãe (1837) logo depois Caroline abandonou-o definitivamente. Em outubro (1844) conheceu a escritora Clotilde de Vaux, que também tivera uma experiência conjugal frustrada, por quem se apaixonou. Ambos desfrutaram de uma bela e intensa amizade e de uma completa identidade de pontos de vista. Queriam uma nova moralidade, uma nova religião e um novo conceito de casamento. Esse foi seu relacionamento mais feliz e, ao mesmo tempo, mais melancólico. Clotilde morreu dois anos depois e ele levou a marca dessa veneração quase religiosa até o fim de sua vida. Novamente solitário, dedicou-se integralmente até sua morte, em Paris, à instituição da religião da humanidade, impregnado de misticismo, criando um sacerdócio, sacramentos e orações, além de propor para seus adeptos uma rígida disciplina. Logo se tornou influente em numerosos países, como Brasil, Chile e México e adeptos do mundo inteiro iam a sua casa em Paris, de onde saíram maravilhados pelo brilho e a serenidade do mestre. Suas principais obras dessa fase são Systeme de politique positive (1851-1854) e Catéchisme positiviste (1852).

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