quarta-feira, 18 de agosto de 2010

CULTURA JOVEM

CULTURA JOVEM
Com a explosão demográfica e a expansão econômica dos EUA, durante e após a Segunda Guerra Mundial, a população jovem norte-americana aumentou consideravelmente. Apesar do progresso e da industrialização, a sociedade norte-¬americana permaneceu com valores morais arcaicos e preconceituosos, criando um vazio e uma insatisfação na juventude, principalmente da classe média.
É nesse contexto que surge na juventude ocidental uma nova cultura, reflexo de tendências comportamentais de revolta, expressa principalmente pela música. A partir daí começa a se configurar a formação de um mercado consumidor constituído basicamente por jovens de diferentes classes sociais.
Embora estivesse inicialmente fora dos padrões preconizados pela sociedade estabelecida, a cultura jovem passou a ser devidamente assimilada e comercializada pela indústria cultural, que a divulgou através dos meios de comunicação, tornando-a universal.
Apesar dessa comercialização, foi somente a partir dos anos 60 que a juventude passou a apresentar críticas mais contundentes a sociedade moderna, não só negando os seus valores, mas tentando criar e vivenciar um estilo de vida alternativo e coletivo, contra o consumismo, a industrialização indiscriminada, o preconceito racial, as guerras, etc.
Com isso, essa juventude mais crítica e politizada nega a cultura vigente, até então sustentada e manipulada em sua maior parte pela indústria cultural. Essa reação jovem e conhecida como contracultura, simbolizada principalmente pelos hippies, mas que para alguns voltaria a se repetir de maneira diferente com os punks no final dos anos de 1970.
Mesmo opondo-se à industrialização da cultura, é através da indústria cultural que esses movimentos jovens acabam se expandindo e se deixando assimilar. Por um lado, introduzem temas e questões até então ignorados ou pouco discutidos pela maioria da sociedade, como, por exemplo, drogas, sexo, racismo, ecologia, pacifismo. Por outro lado, evidenciam o aspecto transformador da cultura jovem que, expressando uma visão crítica da realidade, acaba por modificá-Ia, mesmo estando submetida a um rígido processo de industrialização e comercialização.
(BRANDÃO, Antonio Carlos e DUARTE, Milton Fernandes. Movimentos culturais do juventude.
São Paulo, Moderna, 1990,p. 9- I 2.)

CULTURA DE MASSA:A industrialização da CULTURA

CULTURA DE MASSA: A INDUSTRALIZAÇÃO DA CULTURA

A partir do final do século XIX, a industrialização em larga escala atingiu também os elementos da cultura erudita e da popular, dando início à indústria cultural.
O incessante desenvolvimento da tecnologia, tornando-a cada vez mais sofisticada, principalmente nos meios de comunicação (fotografia, fonografia, cinema, rádio, televisão, etc.), passou a atingir um grande número de pessoas, dando origem à chamada cultura de massa.
Ao contrário das culturas erudita e popular, a cultura de massa não esta ligada a nenhum grupo social específico, pois é transmitida de maneira industrializada para um público generalizado, de diferentes camadas socioeconômicas. O que temos, então, é a formatação de um enorme mercado de consumidores em potencial, atraídos pelos produtos oferecidos pela indústria cultural. Esse mercado constitui, na verdade, a chamada sociedade de consumo.
Com a industrialização dos elementos da cultura erudita e da popular, o produto cultural se apresenta de uma forma esteticamente nova e diferente. Podemos tomar como exemplo a gravação de uma sinfonia de Beethoven executada com o auxílio de sintetizadores e outros aparelhos de alta tecnologia, cujo ritmo e som diferentes quase originam uma nova obra.
Para concluir, podemos dizer que a indústria cultural, utilizando-se dos meios de comunicação, primeiramente lança o produto em grande quantidade (milhares ou milhões de discos, por exemplo) e, depois, induz as pessoas a consumirem esse produto, apelando para outras razões além de seu valor artístico.
A cultura de massa, ao divulgar produtos culturais de diferentes origens (erudita e popular), possibilita o seu conhecimento por diferentes camadas sociais, criando também um campo estético próprio e atraente voltado para o consumo generalizado da sociedade.

CULTURA ERUDITA e CULTURA POPULAR

CULTURA ERUDITA E CULTURA POPULAR

Ao analisar o Renascimento, movimento cultural surgido no norte da Itália nos séculos XIV e XV, percebemos que ele estava ligado a uma determinada parcela da população da Europa: a burguesia.
A burguesia era formada por comerciantes que tinham como objetivo principal o lucro, através do comércio de especiarias vindas do Oriente. Esse segmento da sociedade conquistou não apenas novos espaços sociais e econômicos, mas também procurou resgatar ou fazer renascer antigos conhecimentos da cultura greco-romana. Daí o nome Renascimento.
A burguesia não só assimilou esses conhecimentos como acrescentou outros, ampliando o seu universo cultural. Por exemplo, ao tentar reviver o teatro ¬de Sófocles e Eurípides (que viveram na Grécia antiga), os poetas italianos do século XVI substituíram a simples declamação pela recitação cantada dos textos, ¬acompanhada por instrumentos musicais. Dessa forma, acabaram por criar um
novo gênero - a ópera.
Desde a sua origem, a burguesia preocupou-se com a transmissão de seus conhecimentos a seus pares. A partir daí foram surgindo instituições, como as universidades, as academias e as ordens profissionais (advogados, médicos, engenheiros e outros). Com o passar dos séculos e com o processo de escolarização, a cultura dessa elite burguesa tomou corpo, desenvolveu-se e requintou-se com a tecnologia.
Essa cultura erudita ou "superior", também designada cultura de elite, foi se distanciando da cultura da maioria da população, pois era feita pela e para a burguesia.
A cultura popular, por sua vez, mais próxima do senso comum e mais identificada com ele, é produzida e consumida peia própria população, sem necessitar de técnicas racionalizadas e científicas. É uma cultura em geral transmitida oralmente, registrando as tradições e os costumes de um determinado grupo social. Da mesma forma que a cultura erudita, a cultura popular alcança formas artísticas expressivas e significativas.

CULTURA NÃO MATERIAL,IMATERIAL ou ESPIRITUAL

CULTURA NÃO MATERIAL, IMATERIAL OU ESPIRITUAL

A cultura não material abrange todos os aspectos não-materiais da sociedade, tais como: normas sociais, religião, costumes, ideologia, ciências, artes, folclore, etc.

• Folclore do dia-a-dia
Aqui se estuda tudo o que ocorre na vida do homem, no que se refere à cultura espontânea, desde o momento em que se levanta até o deitar-se, no café da manhã, no trabalho, no almoço, passeios etc.

• Usos e costumes
Ritos de passagem: quais as práticas relacionadas ao nascimento, noivado, casamento, morte, e também as formas de organização social de auxílio mútuo, tal como o mutirão de colheita ou de preparo da roça para o plantio.

• Festas
Como se realizam as diferentes festas do calendário da região e as domiciliares: seus aspectos e diferentes partes. A festa do Divino, de São João, de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, como cultura espontânea, fora da influência direta das igrejas.

• Música
As formas de canto monódico ou de uma melodia (pregões, dorme-nenês, modinhas), fabordão ou canto em terças (modas-de-viola, cururu, folia do Divino), responsorial, com solista e coro (congada, maracatu, moçambique). Forma instrumental: o lundu baiano. Toque de instrumentos, caracterizadores de várias modalidades coreográficas.

• Dança
A coreografia, isto é, os passos da desfeiteira amazônica, carimbó paraense, coco nordestino, samba do partido alto baiano, cateretê paulista, siriri matogrossense e de outras danças do folclore brasileiro.

• Folguedos populares
Estrutura e entrecho dramático do maracatu pernambucano; congadas de Minas Gerais, São Paulo e Goiás; folia de Reis com palhaços do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo; maneiro-pau cearense; diferentes folguedos do boi, de que temos referência em quase todo o Brasil, em formas mais simples e mais complexas.

• Jogos
Características e elementos de um jogo atlético: a capoeira que veio de Angola; corridas de cavalo em raia reta, o futebol de meia linha, bolinha de gude ou vidro, unha-na-mula ou sela, cabra-cega e outros.

• Grupos religiosos
Os que se organizam para angariar donativos para as festas: folia de Reis, folia do Divino, Irmãos do Divino como os de Tietê e Piracicaba; Irmandade de São Benedito, cuja finalidade é promover a festa do santo padroeiro: sua organização; a recomenda das almas, grupos de rezadores que entoam orações às almas, no período da Quaresma, de porta em porta.

• Linguagem
Termos e expressões, os ditados, os adágios, a linguagem dos gestos, os apelidos, as adivinhas, fórmulas de escolha para brincar de pegador, fórmulas de terminar histórias e de vender fiado.

• Literatura
Formas literárias que existem independentemente da música, sejam oralmente, sejam escritas: quadrinhas, sextilhas, décimas, abecês, conto acumulativo ou lenga-lenga, mitos ou assombrações, lendas, histórias ou causos, anedotas.

• Superstições e crendices
Culto de atos, cerimônias e acidentes ocasionais que se supõem ser causadores de benefícios e malefícios.

• Medicina popular
As doenças, seus nomes, causas e maneira de preveni-las e curá-las, seja nos homens ou nos animais. Os remédios e como prepará-los.

CULTURA MATERIAL

CULTURA MATERIAL

A cultura material consiste em todo tipo de utensílios, ferramentas, instrumentos, maquias, hábitos alimentares, tipo de habitação, etc. a cultura material pode influir no estilo de vida de um grupo. Por exemplo: no interior do Nordeste a farinha de mandioca é alimento básico; as redes são usadas por grande parte das pessoas para dormir; as casas pobres são construídas com barre palmeira. Forma-se, assim, um modo ou estilo de vida fundamentado na cultura material da região.
A cultura material tem a distinção especial de ligar o comportamento do individuo a coisas externas feitas artificialmente: ARTEFATOS.
Os artefatos são feitos de matérias-primas por meio de perícias manipulativas: TECNOLOGIA.

ALIMENTO E OS COSTUMES ALIMENTARES DO HOMEM

Gêneros alimentícios são evidentemente necessários à manutenção nutricional.
Cada povo tende a concentrar o seu regime alimentar em um pequeno número de alimentos básicos.
O homem de cultura a cultura podem matar sua sede com água, leite, água de coco, suco de frutas, café, chá e chocolate.
O hábito de beber CHÁ começou no SUDESTE da Ásia, utilizando na realização de cerimônias.
O CHOCOLATE (cacau) transmitido pela AMÉRICA CENTRAL aborígine.
O CAFÉ começou na ETIÓPIA – ARÁBIA no século XV.
As BEBIDAS FERMENTADAS feitas de CEREAIS compreendem:
 CERVEJA de TRIGO – EGITO e BABILÔNIA
 CERVEJA de MILHO – AMÉRICA de SUL
 CERVEJA de ARROZ – SUL e LESTE da ÁSIA
As FRUTAS dão o VINHO de UVA e a SIDRA: MEDITERRÂNEO
CALDO DE CANA – MÉXICO

BEBIDAS ALCÓOLICAS:
 UÍSQUE – de cereais
 RUM – de cana-de-açúcar
 CONHAQUE – de uva
 VODCA – de cereais
 TEQUILA – da piteira do México

FUMO – o uso de CIGARROS e CHARUTOS passou dos índios da América Central à Europa por intermédio dos latinos.
Os índios do Norte adotaram o CACHIMBO.

FOGO – de origem INDÍGENAS com o uso de pedras e pedaço de pau.

FÓSFORO – invento moderno

CONDIMENTOS e TEMPEROS:
 MOSTARDAS – Europa
 ESPECIARIAS / CRAVO, CANELA – ÁSIA TROPICAL
 CHÁ – costume inglês

HABITAÇÃO
 Primeiros abrigos, CAVERNAS (nas rochas): EUROPA, ÁFRICA e CHINA.
 Casas de pedra, palafitas: NORTE da EUROPA, NORTE da ÁSIA, inclusive o JAPÃO.
 Casas de TIJOLOS – ORIENTE MÉDIO

VESTUÁRIO E ADORNO PESSOAL

O VESTUÁRIO reflete muito as condições de habitat em que vivem os povos.
GUARDA-ROUPA com roupas LEVES e FOLGADAS são características de regiões QUENTES. ROUPAS PESADAS e COMPRIDAS, como as dos ESQUIMÓS, no ÁRTICO.
A função mais universal do vestuário e do adorno é indicar o STATUS.
O VESTUÁRIO e o ADORNO podem também indicar a IDADE, a CONDIÇÃO CIVIL, a CLASSE, a OCUPAÇÃO, a FILIAÇÃO POLÍTICA, quem é LÍDER e quem é LIDERADO.
O VESTUÁRIO ESPECIAL pode indicar a filiação religiosa e também diferenciar cerimoniais e outras ocasiões importantes da rotina de todos os dias.
O uso de adornos no corpo humano parece ser um UNIVERSAL CULTURAL.
Na Nova Guiné, os homens usam a mais espantosa variedade de penteados e enfeites de cabeça. Podem fazer parte de adornos corporais – a TATUAGEM.